Formar Comitês de Defesa Contra esses grupos reacionários
Declaração da Corrente Comunista Revolucionária-CCR (Seção Brasileira da
CCRI) 20 de outubro de 2018 http://www.elmundosocialista.blogspot.com;
https://www.thecommunists.net/
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https://www.thecommunists.net/home/fran%C3%A7ais/brazil-les-partisans-de-bolsonaro-assaillent-et-assassinent-la-population-de-l-opposition/
Posição
contrária a Bolsonaro foi a causa suficiente para que homens e mulheres fossem
vítimas de violência
Um
mapeamento feito pelo pesquisador e jornalista Haroldo Ceravolo do website de
notícias UOL mostrou mais de 50 casos de violência cometidos desde o início de
outubro por defensores do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL). O número aumenta após os resultados do
primeiro turno em que o candidato ultra-reacionário ficou em primeiro lugar com
46% e o candidato do PT Fernando Hadad em segundo com 29%.
Casos
de violência por motivações políticas já vinham acontecendo desde janeiro deste
ano e vieram num crescendo. No dia 24 de setembro, a administradora do grupo Mulheres Unidas Contra Bolsonaro foi
agredida no Rio de Janeiro por dois homens armados.
A
situação se mostrou com mais gravidade quando a mídia anunciou a brutal morte
do militante negro e mestre capoeirista Moa
do Katendê, assassinado com 12 facadas em Salvador, na madrugada do dia
seguinte à eleição, após uma discussão sobre os resultados das eleições. A
capoeira é uma arte marcial criada e desenvolvida pelos escravos negros e seus
descendentes. Katendê havia declarado
voto ao PT. O autor do crime, Paulo
Sérgio Ferreira de Santana, eleitor de Bolsonaro, confessou a motivação
política em favor de Bolsonaro para praticar o crime. Mas a mídia conservadora
monopolizada tentou esconder o fator Bolsonaro e afirmou que o assassinato foi “por divergência política”, sem explicar
quem os reais motivos, mas àquela altura as redes sociais já demonstravam
claramente que se travava de um assassinato inspirado pelas propagandas de
violência neofascista do candidato ultra-reacionário.
Outro
caso escandaloso aconteceu na região Sul, cidade de Porto Alegre, quando na
noite da segunda-feira 8, logo no dia seguinte à eleição de primeiro turno, uma
mulher de 19 anos, usando uma camiseta com os dizeres #EleNão e uma bandeira LGBT em sua mochila, foi abordada violentamente
por três homens. Eles questionaram a ela dos motivos para usar a camiseta, que
fazia alusão ao movimento de mulheres contrárias a Bolsonaro. Logo em seguida
foi humilhada verbalmente e agredida com socos. Dois dos homens a seguraram,
enquanto o terceiro, com um canivete, desenhava em suas costelas uma suástica,
símbolo do nazismo.
Um Boletim de Ocorrência foi registrado no dia
seguinte. O delegado titular da 1ª Delegacia de Porto Alegre, Paulo Jardim,
disse que os suspeitos de cometer agressão ainda não foram identificados e o
desenho não era um símbolo extremista com as seguintes palavras “Eu fui olhar o
desenho que fizeram na barriga dela. É um símbolo budista, de harmonia, de
amor, de paz e de fraternidade. Se tu fores pesquisar no Google, tu vai ver que
existe um símbolo budista ali. Essa é a informação", afirmou em entrevista
à BBC News Brasil. Imediatamente a
organização Rede Brasileira de Budistas
Progressistas soltou nota sobre o delegado ter associado a suástica marcada
a faca no corpo de uma moça um símbolo de harmonia. Horas depois diante das
reações indignadas o delegado teve que voltar atrás e afirmar que na verdade
era uma suástica nazista.
No
Rio de Janeiro Julyanna Barbosa, de
41 anos, foi vítima de golpes na cabeça e no pescoço, além de chutes e socos
pelo corpo. Os agressores, quatro homens, gritavam que "Bolsonaro vai
ganhar para acabar com os veados, essa gente lixo tem que morrer". Julyana
tentou argumentar, pedindo respeito, mas não havia espaço para diálogo.
.
Uma
jornalista do portal NE10 foi
agredida e ameaçada de estupro no domingo 7, na cidade do Recife, quando
deixava o local em que tinha acabado de votar. Ela foi abordada por dois homens
que a seguraram pelo braço. Um deles usava uma camiseta preta com a foto do
presidenciável e os dizeres “Bolsonaro
Presidente”. Ao verem seu crachá de jornalista, afirmaram que ela era “de esquerda” e que “quando o capitão (Bolsonaro) ganhasse, a imprensa toda ia morrer”. “Um
deles disse: ‘vamos logo estuprar ela. O
outro afirmou que era melhor me cortar toda”, relatou a jornalista.
Um
jovem arquiteto foi espancado na cidade de Teresina (PI) por estar vestindo uma
camiseta vermelha e ter respondido às agressões verbais de um grupo de
eleitores de Bolsonaro. De acordo com o depoimento, os agressores gritavam
palavras de ordem, como “é comunista!”.
Na
noite de terça-feira 9, um estudante recém-formado foi agredido na Universidade
Federal do Paraná (UFPR) por usar um boné do MST. O jovem sofreu lesões na
cabeça causadas por garrafas de vidro quebradas pelos agressores.
O
website https://www.excelsior.com.mx/funcion/roger-waters-abucheado-por-criticar-a-bolsonaro-en-brasil/1270694
informou que "Rogers Waters do Pinky
Floyd, 75 anos, conseguiu dividir o cerca de 45 mil espectadores que
compareceram ao concerto no estádio Allianz Parque, em São Paulo, e destacam a
polarização que existe no Brasil entre a extrema direita e o socialista
Fernando Haddad, seu rival na segunda rodada das eleições presidenciais de 28
de outubro próximo.” Waters, conhecido por seu ativismo político, publicou
em uma tela gigante em que seu show foi transmitido simultaneamente no estádio
uma lista de líderes mundiais que ele descreveu como neofascistas, nos quais
incluía a extrema direita brasileira, bem como o presidente dos EUA, Donald
Trump.
No
fechamento desse artigo dia 19 de outubro, surge noticia do website https://www.apostagem.com.br/2018/10/19/bolsonaristas-invadem-a-cnbb-ameacam-padres-e-gritam-histericos-contra-o-comunismo-assista/ afirmando que “A histeria
bolsonarista contra o “comunismo” que julgam ameaçar o país, chegou a um novo
nível de loucura. Adeptos do “naziburrismo”, invadiram a Confederação Nacional
dos Católicos do Brasil- CNBB, em evento destinado à instituição católica e,
aos gritos, acusaram os bispos e padres católicos de comunistas.”
A posição da CCR diante das agressões
Nós,
como CCR, repudiamos fortemente as agressões fascistas cometidas por
seguidores do candidato Bolsonaro e o responsabilizamos por incentivar tais
ataques fascistas. Da mesma forma, denunciamos a cumplicidade das autoridades
em investigar e punir os culpados de tais atos desprezíveis (detestáveis).
A
única defesa que o povo brasileiro tem contra esses grupos fascistas é a nossa
organização independente do regime através dos Comitês de Defesa Popular ou das milícias populares. Não vamos deixar o fascismo crescer! Vamos
organizar nossas próprias forças como trabalhadores, mulheres, negros,
indígenas, da comunidade LGBTs! Vamos recuperar a experiência dos
Panteras Negras nos EUA que se organizaram em milícias para defender suas
comunidades contra o racismo.
* Pela criação de comitês de ação em fábricas,
sindicatos, bairros, favelas e regiões periféricas em defesa de nossos
direitos, bem como contra o governo do golpe e qualquer intervenção militar.
Por comitês de autodefesa dos trabalhadores e pobres nos bairros e periferias!
* Por uma Assembléia Constituinte
Revolucionária!
* Por um governo dos trabalhadores em parceria
com os pobres urbanos e rurais!
* #EleNão!
* Derrotar Bolsonaro nas ruas!
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