quarta-feira, 24 de junho de 2015

REVOLUÇÃO E CONTRA-REVOLUÇÃO NO MUNDO ÁRABE: UM CRUCIAL TESTE PARA OS REVOLUCIONÁRIOS




REVOLUÇÃO E CONTRA-REVOLUÇÃO NO MUNDO ÁRABE: UM CRUCIAL TESTE PARA OS REVOLUCIONÁRIOS

Resolução do Comitê Executivo Internacional da Corrente Comunista Revolucionária Internacional-CCRI (em inglês-RCIT), 31 de maio de 2015, www.thecommunists.net

1.    O processo da Revolução Árabe- marcado por lutas heroicas das massas, em vitórias parciais, assim como derrotas contrarrevolucionárias- é o mais importante evento de luta de classes desde o início do novo período histórico da decadência capitalista em 2008. Têm sido um teste crucial para revolucionários em todo o mundo. Nós confirmamos as conclusões e análises programáticas do RCIT para a Revolução Árabe assim como foram elaborados em nossos vários documentos nos últimos anos. Compreender essas lições assim como adotar o programa correto para o próximo período é crucial para os revolucionários no sentido de encontrar o caminho para os futuros turbulentas eventos de lutas de classe.

UMA REVOLUÇÃO DEMOCRÁTICA INCOMPLETA EM PERIGO DEVIDO À CONTRA-REVOLUÇÃO APOIADA PELO IMPERIALISMO.

2.    Há aproximadamente quatro anos e meio, a Revolução Árabe se iniciou na Tunísia e rapidamente se espalhou pelo Egito, Líbia, Bahrein, Síria e Iêmen. Suas causas fundamentais foram uma combinação de:
i.    A fúria das massas populares após décadas de empobrecimento.
ii.    O sofrimento decorrente da tirania de corruptas ditaduras, as quais eram todas lacaias servis do imperialismo.
iii.    A derrota dos Estados Unidos como potência imperialista hegemônica (Afeganistão, Iraque) assim como a derrota de Israel, o estreito aliado ocidental e pequeno estado imperialista da região (Guerras do Líbano e Gaza) – consequentemente as massas árabes foram encorajadas pelo visível enfraquecimento das potências imperialistas ocidentais no papel de tradicionais apoiadores dos ditadores árabes.
iv.    Finalmente incentivando a luta de libertação pelas convulsões fundamentais do mundo imperialista desde o começo do novo período histórico revolucionário em 2008.

3.    Ao mesmo tempo em que os trabalhadores e os pobres obtiveram sucessos em alguns países- pelo menos temporariamente- em derrubar velhas ditaduras e conseguindo certos direitos democráticos, em nenhum lugar tiveram sucesso em completar a revolução democrática, muito menos acabar com a pobreza e a super-exploração pelos monopólios imperialistas e as grades potências. Isto somente seria possível ao fazer a revolução permanente, assim como Leon Trotsky – líder da Revolução de Outubro (Rússia, 1917) junto com V.I.Lenin- já explicada quase um século atrás. Tal revolução permanente comporta o caráter de uma revolução social vitoriosa.- combinando a luta por direitos democráticos com a expropriação dos monopólios imperialistas e da burguesia interna e a destruição do aparato do velho estado capitalista. Desta forma, abrindo o caminho para a criação de repúblicas de trabalhadores e camponeses e a formação de federação socialista do Magreb e Mashreq (ambos respectivamente constituem o mundo árabe entre o Norte de África e Oriente Médio).


4.    Em vez disso, os levantamentos populares espontâneos da revolução árabe foram logo sequestrados por vários tipos de lideranças burguesas e pequeno-burguesas. Alguns fomentaram a ilusão que as lutas das massas podem ser vitoriosas por meio de mobilizações pacíficas e através se organizando através de redes sociais. Outros propagaram pela orientação à democracia parlamentar e o ao liberalismo. Outra tendência foi a orientação para uma combinação de democracia burguesa e agenda religiosa (al-Ikhwan-Irmandade Muçulmana e Ennahda-Partido do Renascimento-Tunisia). O que essas orientações tinham em comum era:
i.    A recusa em esmagar o velho aparato estatal- costumeiramente dominado pela burocracia das forças de repressão e intimamente alinhadas com os grandes capitalistas internos, assim como alinhadas com as potências imperialistas.
ii.    A aceitação da propriedade de setores chaves da economia por corporações privadas.


5.    A predominância de setores burgueses e pequeno-burgueses sobre os movimentos democráticos populares asseguraram que eles falhariam de seguir adiante no processo revolucionário. Como resultado, os avanços iniciais revolucionários dos trabalhadores e dos pobres- levando à derrubada de Bem Ali, Mubarak, Kadaffi e Saleh em 2011- foram em vão. Em muitos casos eles foram contidos por novos regimes burgueses. Estes regimes, ao mesmo tempo em que foram forçados a permitir mais direitos democráticos – refletindo a força da luta do povo – prepararam novos ataques contra os trabalhadores e os pobres em nome do imperialismo (Líbia depois de Kadaffi, Morsi no Egito, Ennahda na Tunísia, al-Hadi no Iêmen). No Bahrein o levante popular foi esmagado pelo reino saudita em nome do imperialismo em março de 2011.


            O ESTADO DO PROCESSO REVOLUCIONÁRIO


6.    Mais tarde, em julho, a elite governante do Egito liderada pelo general al-Sisi e apoiada pelas potências imperialistas derrubou o governo de Mursi e instalou uma sangrenta ditadura. A razão disso foi que o governo burguês islamita refletiu um certo equilíbrio: Por um lado o governo al-Ikwhwan assegurou a continuação do poder pela elite governante; e por outro lado teve que fazer certas concessões às lutas populares refletidas em relativa liberdade- comparado aos tempos de Mubarak antes e al-Sisi depois-  possibilitando  manifestações e greves, o movimento  militante de protesto na embaixada dos EUA em setembro de 2012 e na embaixada de Israel em novembro de 2012 assim como o alívio do isolamento de Gaza. Cedo ou tarde a classe dominante e seus mestres imperialistas teriam que resolver este equilíbrio instável em favor de uma sangrenta ditadura. O golpe estado de 03 de julho de 2013 representou uma derrota estratégica para a classe operária do Egito e os oprimidos. Vergonhosamente muitos democratas pequeno-burgueses, liberais e centristas falharam em se opor ao golpe e, pior, alguns, como por exemplo, o movimento secularista Tamerod, o Nasserista Hamdeen Sabahi, o Partido Comunista do Egito, o pseudo-trotskysta Socialistas Revolucionários (IST) e o IMT de Alan Woods até mesmo saudaram o golpe como uma “Segunda Revolução”! Os socialistas autênticos tiveram que lutar contra a ditadura militar e se juntarem aos numerosos protestos de massa. Ao mesmo tempo em que nós politicamente somos oposição ao al-Ikhwan, nós os defendemos contra o terrorismo de estado. O RCIT chama pelas organizações independentes da classe operária e dos oprimidos (sindicatos independentes, comitês de fábricas, movimentos de mulheres, novos partidos operários) no sentido de lutar por direitos democráticos e avançar na luta pelo poder dos trabalhadores.  

7.     O Iêmen é atualmente um dos países chave do processo revolucionário no mundo árabe. Após o primeiro levante popular em 2011, uma segunda onda de protestos de massa- tanto contra aumento de preços quanto contra o governo de al-Hadi- iniciou-se em agosto de 2014 que no final obteve sucesso em expulsar o governo. Enquanto no subsequente conflito estava contido o perigo de uma divisão sectária entre xiitas e sunitas, a guerra de agressão saudita que começou em 25 de março revitalizou o processo revolucionário. De fato, isso abriu uma nova fase da Revolução Iemenita. Os Socialistas apoiaram a Revolução Iemenita assim como o levante popular contra al-Hadi e lutaram por um independente programa político da classe trabalhadora. Ao mesmo tempo que os socialistas não poderiam apoiar qualquer setor num conflito sectário, o ataque da gangue de al-Saud é totalmente reacionário, o que faz da defesa do Iêmen uma tarefa para a classe operária internacional e os oprimidos. Nós damos apoio crítico à luta de defesa nacional liderada pelo movimento Houthi. Este último é um movimento islamita pequeno-burguês que surgiu durante os protestos contra o apoio do ditador Saleh à guerra conduzida no Iêmen desde 2001. O grupo Houthi participou na revolução em 2011 assim como nos levantamentos de massa iniciados em agosto de 2014. Nós condenamos fortemente a atual coalizão do grupo Houthi com as forças de Saleh. Nós chamamos por um independente programa político de luta   para o operário e os camponeses.  O RCIT no Iêmen denuncia a liderança do ex-estalinista Partido Socialista do Iêmen que se acomodou junto ao reino saudita e se opõe a qualquer autêntica luta pela instalação de uma república operária e camponesa. Nós também criticamos o documento conjunto dos Revolucionários Socialistas (IST do Egito) e da Liga dos Trabalhadores de Esquerda (mandelistas na Tunísia) e outros grupos que falharam em ficar ao lado da resistência nacional iemenita contra a agressão saudita. (Declaração de abril de 2015).

8.     Na Síria o regime de Assad reagiu com um massivo terror aos pacíficos e democráticos protestos de massa em 2011. Isto inevitavelmente levou a uma guerra civil e `a militarização da luta de libertação. Assad tentou afogar as massas revolucionarias em sangue e nessa empreitada recebeu massivo apoio militar do imperialismo russo, assim como dos seus aliados regionais, tais como os regimes de Teerã, Bagdá e o movimento libanês hezbolla. Ao mesmo tempo que, felizmente, Bashar al-Assad falhou em esmagar a revolução, ele obteve sucesso em transformar a luta numa guerra civil, e dessa forma, ajudando as forças islamitas pequeno-burguesas a ganhar influencia entre as massas. Isto levou a um massivo enfraquecimento   dos comitês locais originados de forma espontânea durante a luta das massas. Por causa da ausência de uma liderança revolucionaria, muitos lutadores contra a ditadura se juntaram as organizações islamitas, as quais pareciam ter uma característica mais militante menos corruptas do que vários grupos pró-ocidentais. No entanto, estas organizações - frequentemente seguindo uma orientação salafista - suprimiu qualquer tentativa de organização independente das massas e direcionaram para uma política sectária contra os grupos não sunitas. Eles atualmente são o principal obstáculo dentro da luta de libertação contra o regime de Assad. Democracia e justiça social autênticas podem ser conquistados apenas se eles forem substituídos por uma liderança revolucionária. A guerra civil na Síria foi significantemente influenciada pela rivalidade entre as potências imperialistas – mais evidente entre EUA e Rússia.  Bashar al-Assad está fortemente alinhado com Moscou. O imperialismo ocidental oscilou entre encontrar uma maneira de se livrar de Assad – preferivelmente através de um golpe de estado de forças dentro do aparato estatal baathista – e entre encontrar um compromisso com Assad tido como o mal menor entre dois demônios (ou seja, quando comparado com os rebeldes islamitas).

9.    Na Tunísia o levante popular em dezembro de 2010 e janeiro de 2011 obteve sucesso em acabar com a ditadura de Bem Ali. No entanto, assim como nos outros países, a classe operária falhou em esmagar o velho aparato e expropriar os grandes capitalistas e proprietários latifundiários. O governo Ennahda (corrente sunita) fez grande esforço para estabilizar o país no interesse do imperialismo e da burguesia doméstica. Usou de frases religiosas no intuito de fazer as massas populares acreditarem que não era um regime que trabalhava pelos interesses dos gananciosos ricos. Durante o seu governo, dois proeminentes líderes da oposição progressista – Chokri Belaid e Mohamed Brahmi – foram mortos muito provavelmente pelas mãos de salafistas reacionários.  No entanto, o governo Ennahda não era visto pela maioria da burguesia doméstica e pelo imperialismo como seu preferido para um regime fantoche, uma vez que sob seu governo o aparato estatal não poderia exercer o mesmo poder executivo como era nos dias de Bem Ali. Desta forma, a classe dominante começou uma campanha contra o governo Ennahda e finalmente obteve sucesso em trazer de volta a velha-guarda de Bem Ali ao poder através do governo burguês pró-imperialista de do Partido Nidaa Tounes- “Partido-O chamado da Tunisia. Sintomaticamente, o partido oportunista Ennahda se juntou a este governo como um parceiro menor. Vergonhosamente, um número significante de partidos de esquerda-  muitos de tradição Hoxhaista (partidários de Enver Hoxha- falecido antigo líder estalinista de Albânia) e influenciados pelo nacionalismo burguês na tradição de Nasser e Saddam Hussein -  deram apoio a Nidaa Tounes em sua luta pelo poder contra o Ennahda. Isto reflete as raízes profundas da estalinista estratégia de Frente popular, ou seja, a política de subordinar a classe operária a uma aliança com um setor da burguesia. Sintomaticamente, a principal aliança de esquerda – uma coalizão de partidos reformistas e partidos centristas operários com as pequenas-burguesias nacionalistas – é denominada Frente Popular pela realização dos objetivos da revolução (al-jabha). A RCIT e Tunísia se opõe a tais alianças políticas com organizações de classe não-operárias. Nós chamamos pela criação de um novo Partido Operário- algo que poderia começar pela iniciativa de vários partidos de esquerda e setores radicais da Central Sindical UGTT, baseado num programa revolucionário.

   10.   Na Líbia, a revolução não terminada em 2011, a falha da classe operária em tomar o poder, e a desesperada tentativa do imperialismo ocidental de instalar um regime fantoche resultou numa aberta guerra civil. Os EUA e a União Europeia-EU, assim como os reacionários regimes do reino saudita e da ditadura egípcia, apoiam o pseudo-governo pró-imperialista liderado pelo general Haftar baseado em Trobuk e que tem muitos ex-membros das forças de Kadafi entre suas fileiras.   Os imperialistas ocidentais, assim como o general al-Sisi tentar usar o crescimento dos reacionários salafistas-Takfiri Daash para justificar uma intervenção militar estrangeira. O governo em Trípoli é liderado por forças islamitas burguesas denominadas Fajr Líbia (Alvorecer Líbia) e que representa muitos rebeldes que se opõem tanto à intervenção imperialista ocidental quanto à contínua influência das forças ex-Kadafi no aparato estatal. Nesse contexto os socialistas devem mobilizar a classe operária e as massas oprimidas para defender a Líbia contra qualquer agressão pelas potências imperialistas, assim como contra os lacaios reacionários como a ditadura militar egípcia do general al-Sisi e contra as forças de Trobuk do general Haftar.
11. No seu todo, a Revolução Árabe sofreu um número significante de derrotas e abertos movimentos contra-revolucionários.  Os perigos contra-revolucionários são especialmente agudos a partir do momento em que a Arábia Saudita lidera uma aliança de monarcas e ditadores formando uma junta militar contando com aproximadamente 40.000 tropas de elite, apoiada por jatos e navios de guerra, isto manifesta o desejo deles em intervir em toda a região contra os levantamentos populares e finalmente esmagar a Revolução Árabe, para dessa forma retornar à antiga ordem estabelecida antes de 2011.
12. No entanto, o processo revolucionário  não está acabado pelo que pode ser visto não somente na continuidade da luta popular contra Assad na Síria ou contra o general al-Sisi no Egito, mas também em novas heroicas  lutas de massas tais como a vitoriosa defesa dos  palestino de Gaza contra os assassinos sionistas nos meses de julho e agosto de 2014, ou o levantamento de massa contra o regime do Iêmen no outono (hemisfério norte) de 2014, e a atual guerra de  defesa nacional no próprio Iêmen contra a gangue de agressores de al-Saud.

                         O IMPERIALISMO E A REVOLUÇÃO ÁRABE

13. A Revolução Árabe tem sido um sério golpe para as grandes potências imperialistas, que por si mesmo explica o porquê todas essas potências trabalham para conter e esmagar essa Revolução. O imperialismo ocidental ( EUA, EU, Japão) dependeu da dominação do Oriente Médio por várias décadas através de numerosas ditaduras burguesas: Ao mesmo tempo em que ocasionalmente essas potências tiveram conflitos limitados com alguns governantes ( ou seja,  com os vários regimes árabes em 1973 resultando no boicote do petróleo, e com Kadafi em 1986) , estes regimes asseguraram as necessidades de energia ao imperialismo ocidental com vastos suprimentos de petróleo, enquanto enchia os banco ocidentais com vastas somas de dinheiro. As grandes potências ocidentais até mesmo colaboraram muito proximamente com os denominados regimes “anti-imperialistas” como o de Assad, tanto o pai como o filho. Por exemplo, desde a primeira guerra do Líbano, a Síria nunca deu um tiro contra Israel e atualmente assegura a fronteira norte a favor do sionismo; e Assad pai até mesmo participou junto dos EUA na guerra contra o Iraque em 1991, e colaborou com o programa de tortura da CIA desde 2001. Com relação a Kadafi, seu regime foi considerado bem-vindo por Bush, Blair e Sarkozy após 2001, quando o seu regime abriu suas companhias de petróleo aos investimentos estrangeiros. E a EU dependeu das forças de repressão da Líbia em impedir os imigrantes de entrar na Europa pelo Sul, e assim como Assad, colaborou com os programas de tortura da CIA.  Os imperialismos   Russo e da Chinês também de maneira similar colaboraram estreitamente com várias ditaduras da região. A Rússia é o maior apoiador do regime de Assad e tem laços estreitos com o regime islamita burguês do Irã. Este último foi construído sobre os cadáveres de uma geração inteira de lutadores da liberdade que sofreram um massacre em 1990. Moscou e Pequim também estão construindo laços estreitos com o regime de al-Sisi no Egito. E a China é o principal parceiro comercial dos exportadores de petróleo do Oriente Médio.

14. Após o imperialismo ocidental reconhecer que o avanço na região dos levantamentos populares não era possível ser detido eles tentaram conte-los procurando por colaboradores entre as lideranças dos movimentos populares.  No caso da guerra civil na Líbia em 2011 eles tentaram ganhar influência entre o movimento rebelde lançando ataques aéreos limitados contra as forças de Kadafi. Sob tais circunstâncias, os revolucionários tiveram que enfrentar uma guerra em duas frentes: continuar a luta pela derrubada do regime de Kadafi enquanto ao mesmo tempo se opor aos ataques aéreos da OTAN. No final, as potências imperialistas ocidentais obtiveram somente limitado sucesso, pois as massas líbias continuam a odiar os imperialistas, como exemplo, o assassinato do embaixador americano em 2012 e a expulsão das embaixadas ocidentais em 2014.

15. Com o objetivo de justificar suas intervenções militares no Oriente Médio e ´África, assim como seu apoio a ditaduras reacionárias, todas as potências imperialistas – desde a UE, aos US até a Rússia e China – estão fomentando o chauvinismo anti-muçulmano. A onda reacionária que se espalhou pela Europa após o ataque ao jornal racista Charlie Hebdo em janeiro de 2015 é somente a mais recente campanha que começou no começo deste século. Como socialistas, nós nos opomos fortemente a tais ataques como o feito ao racista jornal Charlie Hebdo, pelo motivo de que somente serve às classes dominantes como justificativa para uma campanha histérica anti-muçulmana, também para a mobilização do exército para aumentar a repressão interna e para justificar a que a França, a UE e os EUA façam guerra no Oriente Médio e na África. O RCIT defende os imigrantes muçulmanos contra todas as formas de opressão (ou seja, contra a prática de salários diferenciados, contra a proibição do hijab-véu, contra a discriminação policial). Nós apoiamos a resistência contra a intervenção imperialista e as ocupações tais como foram feitas no Afeganistão, Iraque, síria, Mali, África Central, etc. Nós condenamos fortemente os reformistas de esquerda ( tais como o ex-estalinista Partido da Esquerda Europeia) o qual falhou ao não se posicionar contra ás guerras imperialistas  e a contra as campanhas racistas contra os imigrantes muçulmanos e inclusive se juntou  às reacionárias manifestações pela “unidade nacional” em 11 de janeiro na França. Ao mesmo tempo, os socialistas devem trabalhar com as massas de imigrantes na sua luta contra a discriminação.  Eles devem convocar os movimentos operários a dar apoio aos imigrantes nessas lutas. Baseados em tais posições principistas internacionalistas é possível ganhar os imigrantes no sentido de afastá-los das atuais direções islamitas pequeno-burguesas e orientá-las para uma perspectiva socialista.

16. Um dos limitados ganhos da revolução democrática não terminada no mundo Árabe é o enfraquecimento do aparato da repressão centralizada nas fronteiras. Isto possibilita que muitos dos pobres ao sul cheguem aos ricos países na Europa Ocidental e América do Norte onde eles tentam encontrar as bases por uma vida decente. O crescente número de refugiados é o resultado da dominação imperialista e da super-exploração dos países semi-coloniais e das consequentes convulsões políticas, sociais e ecológicas, incluindo sangrentas guerras civis, as quais continuamente forçam milhares de pessoas a fugir de seus países natais todos os anos.  A União Europeia imperialista transformou o continente em uma fortaleza configurada a condenar muitos refugiados à morte enquanto exploram aqueles que conseguiram entrar na UE como força de trabalho barata. Da mesma forma, a administração dos EUA construiu 1.125 quilômetros de muro de aço, com altura de 6,5 metros, com equipamentos de vigilância moderna ao longo de sua fronteira com o México.

17. Os socialistas se opõem vigorosamente aos controles de fronteiras e lutam pela sua abertura. As portas dos estados imperialistas, cuja riqueza é baseada na super-exploração dos povos ao sul não devem ser fechadas às mesmas pessoas que são vítimas das consequências desta super-exploração! À reacionária afirmação de que “ o barco está cheio”, ou seja, de que os a UE e a América do Norte não podem suportar mais refugiados, nós respondemos: “Absurdo! Olhem aos mais ricos dos ricos: por exemplo, os trinta e cinco mais ricos cidadãos americanos possuem uma riqueza combinada de 941 bilhões de dólares. Apenas expropriem uma pequena quantidade de sua riqueza e milhões de refugiados poderão encontrar empregos e habitação. ”. Nós principalmente não denunciamos as quadrilhas de contrabando de imigrantes ilegais, mas sim os governos imperialistas. Sem o reacionário controle de fronteira da UE e dos EUA não haveria motivo para as quadrilhas traficarem pessoas! São os imperialistas que são responsáveis pelas cifras oficiais de 1.776 refugiados que morreram ou declarados desaparecidos desde o começo deste ano. Os movimentos operários, as organizações de imigrantes, e todas as organizações progressivas e democráticas nos países imperialistas devem trabalhar para destruir o regime de fronteiras e ajudar os refugiados a entrar em seus países por todos os meios possíveis.

             LIÇÕES PARA A VANGUARDA REVOLUCIONÁRIA

18. Uma lição essencial da derrota preliminar da Revolução Árabe é que, para se tornar vitoriosa, os trabalhadores e camponeses devem prosseguir a revolução até o seu final, e não a encerrar no meio. Isto significa essencialmente que, a democrática, para não dizer socialista, revolução deve esmagar o velho aparato estatal o qual é dramaticamente exagerado tanto no Maghreb quanto no Mashreq.  Assim como esta enorme “máquina burocrática militar” (Karl Marx) incluindo o exército, os serviços secretos, os juízes, etc. No seu centro estas forças continuam a existir, a classe dominante sempre possuirá uma arma imbatível para derrotar o povo rebelde. De fato, o topo da burocracia do aparato opressivo representa uma componente chave da burguesia árabe. Historicamente, o aparato tem se constituído como a base para o caráter autoritário bonapartista específico dos regimes políticos do mundo árabe, que se baseia na formação tardia da classe capitalista nativa no Norte de África e no Médio Oriente devido à ocupação colonial da região pelas Grande Potências. Como resultado, quando estes países se tornaram formalmente independentes após a Segunda Guerra Mundial, o Estado burguês desempenhou um papel indispensável em impulsionar a acumulação de capital interno de cada país. Consequentemente, em vários países, regimes estatais-capitalistas - independentemente de algumas das suas políticas "progressistas" - não eram de forma algumas socialistas, ao contrário do mito disseminado por vários nacionalistas estalinistas- Ainda que, no entanto, tenham desempenhado um papel de liderança no mundo árabe (por exemplo, os regimes de Gamal Abdel Nasser no Egito, Saddam Hussein no Iraque, Bashar al-Assad na Síria, Habib Bourguiba da Tunísia, e Houari Boumediene na Argélia). Como resultado, a burocracia militar tornou-se um componente-chave da classe dominante. Mais tarde, no período das reformas neoliberais e privatizações, a casta burocrática militar transformou-se cada vez mais em diretamente capitalistas. Por exemplo, no Egito, o Exército ainda controla até 40% da economia! Assim, a fim de concluir com êxito a revolução, o aparelho estatal - e com ele a base material para o regime bonapartista-autoritário, como um sector-chave da classe capitalista - devem, como já dissemos, ser esmagado e substituído por um novo estado controlado por conselhos e pelas milícias dos trabalhadores e camponeses. Sendo assim, a utopia reformista de uma revolução pacífica é uma ilusão perigosa. A Revolução Árabe tem mais uma vez confirmada a máxima de Lenin: " A substituição do Estado burguês pelo Estado proletário é impossível sem uma revolução violenta" (O Estado e a Revolução, 1917).

19. Outra lição crucial nos anos recentes é que a revolução não pode colocar um fim à pobreza e ao desemprego das massas populares, se não livrar o seu país da servidão à dominação imperialista. Infelizmente, as revoluções no mundo árabe que explodiram em 2011 deixaram intactas a propriedade privada das grandes empresas, da imprensa, etc., as quais ainda estão nas mãos dos oligarcas. Somente quando a classe operária expropriar as corporações estrangeiras e os poderosos capitalistas domésticos – os quais são estreitos aliados dos imperialistas – e puser fim à subordinação do país aos programas de austeridade sanguessugas do FMI e aos acordos de “livre comercio” com as grandes potências, somente então poderão os operários e camponeses começar a reconstruir e planejar a economia de forma que ela seja baseada nas necessidades da população.

20. Além disso, os revolucionários têm que renunciar a qualquer colaboração política com as potencias imperialistas, sejam as potências Ocidentais como a UE, os EUA e o Japão ou as grandes potências do Leste como a Rússia e China- nenhuma dessas potências são amigas dos povos árabes. Pelo contrário, todas as potências almejam os recursos naturais e a mão de obra barata que possibilitam a geração de lucros extraordinários para elas mesmas. A U.E e os EUA tem sido consistentemente colaboradores com Israel e numerosas monarquias e ditaduras da região. Rússia e China são amigos íntimos do açougueiro Bashar al-Assad a da ditadura teocrática capitalista do Irã. E todas as grandes potências beijaram os pés do general al-Sisi! Os Revolucionários devem denunciar todos aqueles que chamam por uma aliança do povo árabe com uma das potências imperialistas.  Tais chamados não vão levar a nada, somente vão levar à subordinação política da classe operária ao imperialismo. Nós condenamos todos Que procuram alinhar as massas rebeldes com os EUA e U.E como pró-ocidentais social-imperialistas.

21. A Revolução Árabe também serviu como uma prova espetacular na natureza contra-revolucionária e das forças burguesas liberais e liberais de esquerda, tais como o islamismo burguês e o reformismo. A burguesia liberal, assim como os reformistas, todos apoiaram o golpe de estado do general al-Sisi no Egito, o qual resultou numa sem precedentes onda de terrorismo. Na Tunísia, estas forças contra-revolucionárias apoiaram o partido burguês Nidaa Tounes e a velha guarda de Bem Ali na luta pelo poder contra o Ennahda. Os islamismos burgueses se mostraram como guardiães leais do poder e da riqueza capitalista, assim como foi demonstrado tanto pelos governos de Mursi quanto o do Ennahda. O islamismo salafista demonstrou sua natureza reacionária nas ações do grupo Estado Islâmico e seu demente terrorismo. Somente a classe operária, em aliança com os camponeses, sob a liderança de um partido revolucionário pode liberar as massas árabes da miséria da pobreza do capitalismo e das guerras imperialistas.

22.  . Com o objetivo de completar com sucesso as tarefas da Revolução Árabe, ou seja, fomentar uma revolução permanente, as classes operárias nas nações árabes necessitam da liderança de um partido revolucionário na tradição de Lenin e Trotsky como parte de um Partido Socialista Mundial da Revolução. No entanto, até agora tal partido tem sido extremamente ausente em todos os países, e esta ausência é o mais importante fator nas derrotas que o proletariado árabe enfrentaram nos últimos poucos anos. Disso se conclui que a mais importante tarefa para os revolucionários atualmente é a criação de uma organização bolchevique internacional- como precursora de tal partido mundial- com seções através do mundo, incluindo os países do mundo árabe.
23. No sentido de avançar na criação de tal organização internacional revolucionária com seções nos países árabes, militantes terão que intervir na Revolução Árabe armadas com um revolucionário programa de ação. Tal programa – baseado no método do Programa de Transição – deve apoiar os direitos democráticos para ganhos sociais, e culminar na luta pela expropriação da classe capitalista, a nacionalização das grandes empresas e dos bancos sob controle dos trabalhadores, e a formação de um governo de operários aliados com os camponeses e os pobres urbanos e baseados nas milícias e conselhos locais!

24. Os revolucionários devem combinar a luta por tal programa com sua ativa participação na base dos operários militantes e jovens lutam contra as ditaduras do tipo de Bem Ali, Mubarak, Kadafi e Saleh no passado e do tipo do general al-Sisi atuais. Independentemente de suas lideranças inadequadas, nenhuma organização pode pretender ser revolucionária, a menos que participe dos movimentos de massa em curso de luta pelos direitos democráticos e sociais. Revolucionários autênticos devem lutar de dentro das massas para avançar uma independente organização da classe operária e das massas populares, ou seja, a formação de comitês de ação e milícias populares em locais de trabalho, bairros urbanos e vilas. Ao mesmo tempo, os revolucionários devem opor-se rigorosamente a todas as tentativas por parte das potências imperialistas em intervir nestas lutas de libertação. Eles devem lutar contra as diversas lideranças pequeno-burguesas islâmicas e seculares (não religiosas) que tão frequentemente possuem influência significativa entre as massas populares, bem como contra várias forças reformistas e centristas que muitas vezes se juntam ao campo das contra-revoluções abertas, ou mesmo em vez tomar uma posição neutra sobre os lados em batalhas de vida e morte.

                 OS SLOGANS-CHAVES PARA A REVOLUCIONÁRIA LUTA DE CLASSES

25. Os mais importantes slogans para os atuais focos de conflito de luta de classes no Mundo Árabe são:

* Defender o Iêmen contra a gangue de agressores de al-Saud! Apoiar a resistência liderada pelos rebeldes Houthis enquanto, ao mesmo tempo, não dar qualquer apoio político às suas lideranças! Não ao retorno do reacionário lacaio “presidente” al-Hadi! Por um movimento de massas que unifique os trabalhadores sunitas e os xiitas e os camponeses, baseados na solidariedade e respeito por todos os grupos! Pela criação de Conselhos Populares e Milícias Armadas para defender o Iêmen contra a agressão e avançar para a Segunda Revolução! Construir um Partido independente operário revolucionário para lutar por uma liderança revolucionária nos milícias e conselhos populares de ação!

* Defender o povo palestino contra Israel, o estado sionista de Apartheid! Em qualquer conflito defendemos uma vitória militar da resistência palestina e pela derrota de Israel! Por uma campanha popular de boicote Internacional dos Trabalhadores contra Israel! Nenhum apoio político para a liderança colaboracionista dos partidos palestinos de Abbas / Fatah ou para a liderança burguesa do Hamas! Pelo direito irrestrito de retorno para todos os palestinos e seus descendentes que foram expulsos pelos sionistas desde 1948! Por uma Livre e Vermelha Palestina desde o rio até o mar! Não ao reconhecimento do estado sionista defendido pelo Partido reformista da Esquerda Europeia, pelos estalinistas ou pelo CWI liderado por Peter Taaffee!

* Abaixo a ditadura militar do general Sisi no Egito! Apoiar as greves e protestos em massa contra a ditadura! Defender a Irmandade Muçulmana contra a repressão, mas não dar apoio político para sua liderança burguesa! Denunciar o apoio do Partido Comunista Egípcio para o regime Sisi! Que vergonha para esses pseudo-revolucionários que não condenaram o golpe de Estado em 3 de julho de 2013 e que falharam em defender os protestos em massa liderada pelos islamitas, quando milhares deles foram abatidos pelo exército!

* Apoiar a revolução na Síria! Abaixo o regime Assad, um fantoche do imperialismo russo! Não a qualquer intervenção do imperialismo americano e da União Europeia! Não a qualquer colaboração com os imperialistas! Apoiar os rebeldes contra o regime de Assad, mas sem dar apoio político para a pró-ocidental FSA ou paras as lideranças islâmicas! Pelos conselhos populares e milícias operárias para organizar a guerra civil contra a ditadura Assad! Pelas brigadas internacionais de solidariedade! Defender o direito dos curdos à sua auto-determinação nacional!

* Defender a insurreição popular sunita contra o exército iraquiano! Abaixo o sectarismo reacionário! Expulsar as forças do EI-Daash (Estado Islâmico) para fora do movimento de resistência! Defender o povo curdo e o povo Yazidi contra as forças de do Estado Islâmico! Apoiar ao direito de auto-determinação do povo curdo! Por um Curdistão unido e socialista!

* Barrar a contra-revolução da velha elite na Tunísia! Nenhum apoio ao governo burguês pró-imperialista liderado por Nidaa Tounes ou ao burguês partido Ennahda! Não ao terrorismo salafista (Estado Islâmico) os socialistas não devem formar alianças com grupos de pequeno-burgueses nacionalistas como testemunhamos no caso do Front Populaire pour la réalisation des objectifs de la revolução (Frente Popular pela Realização de Objetivos da Revolução (al-Jabha)! Por um Partido dos Trabalhadores independentes com base em um programa revolucionário!

* Derrotar o General Haftar e sua camarilha pró-imperialista na Líbia! Lutar contra as tentativas das potências imperialistas e seus lacaios em trazer a Líbia sob seu controle e para aniquilar as conquistas da revolução democrática inacabada contra a ditadura Gaddafi! Embora atualmente o principal inimigo seja a pró-imperialista camarilha do General Haftar, os socialistas devem trabalhar pela a formação de conselhos populares e milícias que sejam independentes dos islamitas!

* Abaixo a cruzada de Obama no Oriente Médio! Derrotar a intervenção militar do imperialismo estadunidense e seus aliados em todos os países (Afeganistão, Iraque, Síria, Iêmen, Somália, etc.)! Ficar ao lado com a luta de resistência contra a guerra de agressão liderada pelos Estados Unidos, mesmo que seja liderada por forças islâmicas! Mas não dar nenhum apoio político a essas lideranças! Pela luta de massas independente liderada pela classe trabalhadora contra os imperialistas e seus lacaios! Denunciar os social-democratas, os stalinistas e centristas que ora apoiam a guerra imperialista de agressão ora permanecem neutros!

* Derrotar as guerras coloniais do imperialismo francês no Mali e na República Centro Africana! Solidariedade com a resistência, ao mesmo tempo não dando nenhum apoio político suas lideranças islâmicas pequeno-burguesas! Denunciar a recusa do "Partido Comunista Francês-PCF" em votar no parlamento (em 2015/01/14) contra a extensão da participação da França na guerra imperialista no Iraque!

* Pelas mobilizações de massa internacionais para derrotar a agressão dos Estados Unidos! Pelas manifestações, greves e ações diretas nos países que participam da cruzada de Obama no Oriente Médio e em todos os outros países!

* Barrar o racismo islamofóbico contra os imigrantes muçulmanos na Europa e na América do Norte! Defender os muçulmanos contra os ataques racistas! Pelas unidades de auto-defesa de muçulmanos e trabalhadores não-muçulmanos e jovens para defender os locais dos imigrantes, as escolas e as mesquitas! Remover a proibição de usar o hijab ou burca!

* França: Não à "l'unité nationale" (Unidade Nacional) com o Governo Hollande e os capitalistas! Abaixo o Estado Policial! Não ao envio de soldados nas ruas da França! Denunciar o apoio do PCF às manifestações de"unidade nacional" no dia 11 de janeiro!
* "Je ne suis pas Charlie" - Nós NÃO somos Charlie! Opor-se ao terrorismo individual, como o ataque ao escritório da revista francesa Charlie Hebdo! Mas nenhuma solidariedade com o sexismo da Charlie Hebdo, nem com o seu racismo contra os muçulmanos e sua religião! O movimento dos trabalhadores deveria boicotar a distribuição de Charlie Hebdo - não transportar, não vender, e não comprar esta revista! Não à solidariedade dos partidos de esquerda (PCF, FDG, NPA, LO) para com a revista racista Charlie Hebdo!

* Abrir as fronteiras aos refugiados! Não às fortalezas (para barrar entrada de imigrantes) da União Europeia e dos Estados unidos! Os movimentos de trabalhadores e todas as forças democráticas devem sabotar o regime de patrulha de fronteiras no sentido de ajuda os refugiados a entrar na Europa e na América do Norte! Por um programa público de emprego para prover os refugiados com trabalho e habitações financiada pela enorme riqueza dos super-ricos!

* Direitos plenos e iguais para os imigrantes! Por salários iguais aos dos nativos! Apoiar o direito dos imigrantes de usar a sua língua nativa na administração pública e nas escolas! Pelo pleno direito de votos para os imigrantes não importando qual seja o seu passaporte!

* Por uma república de operário e camponeses e uma federação socialista do Oriente Médio!

* Adiante na construção de partidos operários revolucionários como parte de um novo Partido Mundial da Revolução Socialista!

sexta-feira, 19 de junho de 2015

A CRISE DO IMPERIALISMO, AS NOVAS POTENCIAS E A LUTA PELA REVOLUÇAO PERMANENTE NO SECULO XXI

"A CRISE DO IMPERIALISMO..." 2a EDIÇÃO

Vem aí a 2a. edição de "A CRISE DO IMPERIALISMO, AS NOVAS POTENCIAS, E A LUTA PELA REVOLUÇÃO PERMANENTE NO SÉCULO XXI”

O debate “A CRISE DO IMPERIALISMO, AS NOVAS POTENCIAS, E A LUTA PELA REVOLUÇÃO PERMANENTE NO SÉCULO XXI” terá sua segunda edição em julho de 2015.

O objetivo desta atividade é apresentar um panorama amplo da atual conjuntura da luta de classes, desde a crise capitalista de 2008; a atual guerra fria entre a OTAN e o bloco de países liderados por Rússia e China; os golpes de Estado (Honduras, Equador, Líbia, Paraguai, Egito, Tailândia, Ucrânia); os governos do PT e ascensão da direita no Brasil. O conjunto destes temas será abordado para clarificar a tática e a estratégia da luta pela defesa dos interesses imediatos e históricos dos trabalhadores.

Neste ano, a atividade conta com debatedores da Áustria, Argentina e Brasil. É promovido por duas organizações internacionais: O Comitê de Ligação pela IV Internacional (CLQI), que tem como seção no Brasil a Frente Comunista dos Trabalhadores (FCT), e o Revolutionary Communist International Tendency (RCIT), cuja seção brasileira é a Corrente Comunista Revolucionária (CCR). Pelo CLQI, participarão a Tendencia Militante Bolchevique, da Argentina, e a FCT. Representarão o RCIT o Revolutionär-Kommunistischen Organisation Befreiung (RKOB) austríaco e a CCR. Todo o debate terá tradução simultânea.

Esta importante atividade será realizada no domingo, 5 de julho às 15h, no Espaço Cultural Latino Americano. O ECLA se localiza na Rua Abolição número 244, no centro da cidade de São Paulo, próximo a Câmara de Vereadores e ao Metrô Anhangabaú. Não perca!