SÃO PAULO-BRAZIL
É preciso uma oposição de
Verdade no Sinpeem
Burocracia, liderada por
"Claudio Kassab" e pelo
PSTU/Conlutas, decide sabotar a greve nacional, mesmo diante dos novos ataques
do governo Haddad e da mobilização nacional
A direção executiva do Sindicato
dos Trabalhadores da Educação do Município de São Paulo (Sinpeem) liderada pelo
ex-vereador da base do famigerado governo de Gilberto Kassab (ex-DEM, hoje
PSD), “Claudio Fonseca (PPS) – conhecido na categoria como “Claudio-Kassab” e
integrada também pelo PSTU e PSOL, fechou um acordo contra a greve nacional dos
trabalhadores da Educação e decidiu, impor na assembleia desta terça – dia 18 –
que a categoria só deve realizar uma paralisação em abril.
Para a burocracia, como para os
patrões e seu governo, a união faz mal. E uma mobilização geral dos professores
e demais servidores da Educação pode comprometer os planos destes sindicalistas
de manter tudo na mesma paralisia, principalmente quando se preparam para
enfrentar eleições e defenderem aquilo que consideram mais importante do que as
reivindicações da categoria: seus cargos e privilégios.
Essa posição reacionária foi
acompanhada por quase todo os minúsculos grupos que se vinculam à estas duas
alas da burocracia e se recusam a dar a luta pela construção de uma necessária
alternativa independente desses sindicalistas traidores.
As duas alas se acertaram em dar
o golpe. Desta feita, por meio da realização de um “ato” antes da assembleia –
para permitir a fala desmoralizadas de vários sindicalistas (por quase 2
horas), enquanto professores da base do Sinpeem não podiam falar e mostrar sua
indignação.
Mostrando a sintonia da diretoria
contra os trabalhadores, os dois blocos da
diretoria, se revezaram ao microfone, impedindo de falar setores de
oposição como MUOC (Movimento Unificado de Oposição Classista) e, depois de tentar vencer pelo cansaço, abriram para defesa de posições sobre a
mobilização. Mais uma vez a diretoria se mostrou unida contra a greve. Somente
o representante da MUOC interveio a unidade com a categoria em nível nacional e
a greve geral por tempo indeterminado.
Depois de 17 falas das entidades,
representante da burocracia sindical dos vários sindicatos subiram para a
prefeitura entregar as reivindicações. Passou-se então a mais discurso de
“vice- lideres” dos 17 sindicatos.... totalizando quase três horas de pura
enrolação da categoria.
Depois de informarem que não
havia nenhuma proposta por parte do governo que prometeu se reunir com os sindicalistas
apenas no dia 28 de março, a comissão de diretores afirmou que para “manter a
unidade” vai elaborar um calendário de atividades que poderia se extender até o
dia 18 de abril, prazo imposto pela própria prefeitura.
Só aí o presidente do Sinpeem
“Claudio Kassab” abriu finalmente a assembleia.e apenas o representante do MUOC
– Oposição de Verdade defendeu a paralisação da categoria junto com a
mobilização nacional e como forma de lutar por suas reivindicações, contra
todas as alas da burocracia que defenderam esperar e nada fazer, de fato.
Além de defender a unidade com a
luta nacional dos educadores, a Oposição, representada pelo professor João
Evangelista, defendeu que só por meio da mobilização era possível estabelecer
uma unidade real dos servidores da prefeitura contra os ataques do governo.
A “unidade” de todas as alas da
diretoria (de Claudio PPS ao PSTU/Conlutas) contra a greve a categoria
evidencia a necessidade de avançar na construção de um verdadeiro movimento de
oposição, uma oposição de verdade para as lutas e para as próximas eleições
para a diretoria do Sinpeem.
Este tema estará em pauta na
Plenária de Educadores em Luta junto com o MUOC e outros setores classistas no
dia 28, após a assembleia da APEOESP na Praça da República, e nas próximas semanas.
(elaborada com base em relato do
companheiro João Evangelista, do MUOC e do Coletivo Comunista Revolucionário)
http://www.pco.org.br/movimento-operario/-preciso-uma-oposicao-de-verdade-no-sinpeem/aaip,e.html
* O SINPEEM- SINDICATO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
O MUOC- MOVIMENTO DE OPOSIÇÃO UNIFICADA CLASSISTA é a atuação conjunta do CCR- Corrente Comunista Revolucionária; Liga Comunista e Partido Causa Opérária-PCO contra as burocracias tradicionais dos sindicatos de professores na APEOESP (estadual) e SINPEEM (munícipio de São Paulo).
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