Declaração Conjunta da Convergência Socialista (Argentina) e da Corrente Comunista Revolucionária Internacional (CCRI/RCIT), 4 de maio de 2021, https://convergenciadecombate.blogspot.com/ e www.thecommunists.net
O movimento de massas colombiano saiu às ruas, retomando o caminho iniciado no ano anterior, quando os trabalhadores se sintonizaram com a mesma frequência rebelde que explodiu no Chile, Equador e Haiti. Agora, com muito mais força e experiência, os que estavam na base alcançaram um enorme triunfo, fazendo com que o presidente Iván Duque desistisse da reforma tributária que tentava impor com a força das balas.
Iván Duque informou ontem ao país sua decisão de pedir ao Congresso da República a retirada do projeto de reforma tributária - que ele prefere chamar de “reforma de transformação social sustentável” -. O que se busca agora, conforme indicado, é processar, “com urgência”, uma nova iniciativa que seja “fruto de consenso e, assim, evitar incertezas financeiras”. (El Espectador, Bogotá, 3 de maio)
A mobilização tem sido tão grande que na cúpula do poder já se fala na substituição do ministro da Fazenda, Carrasquilla, que havia apresentado formalmente o projeto. Esta situação apenas encoraja um povo muito resiliente, cansado dos abusos deste governo e de governos anteriores, habituado a reprimir duramente, não só através de forças “oficiais”, mas também com forças irregulares que assolaram o país assassinando milhares.
Um detalhe - ou um sinal - a ter em conta é que ontem, por altura do anúncio de Duque da retirada do projeto, Carrasquilla não estava entre os que o acompanhavam. No final desta edição, rumores de sua renúncia iminente foram ouvidos. “O efeito político deveria ser a renúncia, mas parece que isso não depende do presidente, o que é lamentável”, disse o analista Héctor Riveros. (The Spectator, 3 de maio)
Porém, o governo, em meio a sua maior fragilidade, tenta se manter de pé, intensificando a repressão e levando as Forças Armadas às ruas, o que, por sua vez, tem sido respondido com o aprofundamento da luta e da Greve Geral. Por isso, do Comitê de Ligação constituído pelo CS e pela Corrente Comunista Revolucionária Internacional, conclamamos os trabalhadores e os povos de todo o mundo a se solidarizarem com as massas colombianas. A estes dizemos que, agora, mais do que nunca, a tarefa deve ser acabar com o governo de Iván Duque e impor sua própria saída, que para os socialistas nada mais é do que a construção de um governo da classe trabalhadora e do povo pobre, o único capaz de satisfazer as demandas básicas insatisfeitas da maioria.
Dias atrás, dissemos em nosso site, que o fantasma da rebelião mais uma vez percorreu nosso continente, começando com a grande greve portuária no Chile, que, como na Colômbia, fez o governo Piñera retroceder, e teve que concordar com as reivindicações de os grevistas, que exigiam a possibilidade de fazer um "terceiro saque" dos fundos de pensão, que pertencem a empresas privadas.
Esta dinâmica rebelde, que veio para ficar e se espalhar, se manifestou na Argentina, onde os trabalhadores da saúde da província patagônica de Neuquén, não por acaso vizinha do Chile, conseguiram uma vitória fantástica, depois de uma greve de mais de dois meses, com piquetes e bloqueios das principais rotas que transportam petróleo na região ou que permitem o acesso ao país vizinho.
Desde o Comitê de Enlace , formado pela CCRI/RCIT - Corrente Comunista Revolucionária Internacional - e A Convergência Socialista da Argentina, saudamos esses triunfos, convocando as massas a seguirem esses exemplos, assumindo que fazem parte de uma tendência de enfrentar os planos contrarrevolucionários da burguesia mundial, e que aproveitando a Covid-19 procura desmobilizar os trabalhadores e o povo com o objetivo de impor uma feroz superexploração a serviço das multinacionais mais concentradas do planeta.
Fazemos um chamado à vanguarda operária e popular e à militância das organizações de esquerda, que estão - como um todo - presas à onda dos governos burgueses, aceitando mansamente suas políticas de confinamento, ou até mesmo encorajando tal política, a se aproximarem de nosso Comitê de Enlace, de forma a construir uma direção revolucionária que se coloque à altura das circunstâncias atuais, uma nova direção que impulsione as rebeliões a acabar com o capitalismo e imponha governos que iniciem o caminho para o socialismo.
O movimento de massas colombiano saiu às ruas, retomando o caminho iniciado no ano anterior, quando os trabalhadores se sintonizaram com a mesma frequência rebelde que explodiu no Chile, Equador e Haiti. Agora, com muito mais força e experiência, os que estavam na base alcançaram um enorme triunfo, fazendo com que o presidente Iván Duque desistisse da reforma tributária que tentava impor com a força das balas.
Iván Duque informou ontem ao país sua decisão de pedir ao Congresso da República a retirada do projeto de reforma tributária - que ele prefere chamar de “reforma de transformação social sustentável” -. O que se busca agora, conforme indicado, é processar, “com urgência”, uma nova iniciativa que seja “fruto de consenso e, assim, evitar incertezas financeiras”. (El Espectador, Bogotá, 3 de maio)
A mobilização tem sido tão grande que na cúpula do poder já se fala na substituição do ministro da Fazenda, Carrasquilla, que havia apresentado formalmente o projeto. Esta situação apenas encoraja um povo muito resiliente, cansado dos abusos deste governo e de governos anteriores, habituado a reprimir duramente, não só através de forças “oficiais”, mas também com forças irregulares que assolaram o país assassinando milhares.
Um detalhe - ou um sinal - a ter em conta é que ontem, por altura do anúncio de Duque da retirada do projeto, Carrasquilla não estava entre os que o acompanhavam. No final desta edição, rumores de sua renúncia iminente foram ouvidos. “O efeito político deveria ser a renúncia, mas parece que isso não depende do presidente, o que é lamentável”, disse o analista Héctor Riveros. (The Spectator, 3 de maio)
Porém, o governo, em meio a sua maior fragilidade, tenta se manter de pé, intensificando a repressão e levando as Forças Armadas às ruas, o que, por sua vez, tem sido respondido com o aprofundamento da luta e da Greve Geral. Por isso, do Comitê de Ligação constituído pelo CS e pela Corrente Comunista Revolucionária Internacional, conclamamos os trabalhadores e os povos de todo o mundo a se solidarizarem com as massas colombianas. A estes dizemos que, agora, mais do que nunca, a tarefa deve ser acabar com o governo de Iván Duque e impor sua própria saída, que para os socialistas nada mais é do que a construção de um governo da classe trabalhadora e do povo pobre, o único capaz de satisfazer as demandas básicas insatisfeitas da maioria.
Dias atrás, dissemos em nosso site, que o fantasma da rebelião mais uma vez percorreu nosso continente, começando com a grande greve portuária no Chile, que, como na Colômbia, fez o governo Piñera retroceder, e teve que concordar com as reivindicações de os grevistas, que exigiam a possibilidade de fazer um "terceiro saque" dos fundos de pensão, que pertencem a empresas privadas.
Esta dinâmica rebelde, que veio para ficar e se espalhar, se manifestou na Argentina, onde os trabalhadores da saúde da província patagônica de Neuquén, não por acaso vizinha do Chile, conseguiram uma vitória fantástica, depois de uma greve de mais de dois meses, com piquetes e bloqueios das principais rotas que transportam petróleo na região ou que permitem o acesso ao país vizinho.
Desde o Comitê de Enlace , formado pela CCRI/RCIT - Corrente Comunista Revolucionária Internacional - e A Convergência Socialista da Argentina, saudamos esses triunfos, convocando as massas a seguirem esses exemplos, assumindo que fazem parte de uma tendência de enfrentar os planos contrarrevolucionários da burguesia mundial, e que aproveitando a Covid-19 procura desmobilizar os trabalhadores e o povo com o objetivo de impor uma feroz superexploração a serviço das multinacionais mais concentradas do planeta.
Fazemos um chamado à vanguarda operária e popular e à militância das organizações de esquerda, que estão - como um todo - presas à onda dos governos burgueses, aceitando mansamente suas políticas de confinamento, ou até mesmo encorajando tal política, a se aproximarem de nosso Comitê de Enlace, de forma a construir uma direção revolucionária que se coloque à altura das circunstâncias atuais, uma nova direção que impulsione as rebeliões a acabar com o capitalismo e imponha governos que iniciem o caminho para o socialismo.
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