sexta-feira, 25 de abril de 2014

GREVE NA EDUCAÇÃO DA CIDADE DE SÃO PAULO

MOVIMENTO UNIFICADO DE OPOSIÇÃO CLASSISTA-CCR- EDUCADORES EM LUTA/PCO-LC

https://www.youtube.com/watch?v=Nd6hFIhimBE
https://www.youtube.com/watch?v=SBiV3GgaEgA

Professores - SP
Ocupar a Paulista e parar todas as escolas em defesa do salário e do emprego
Trabalhadores da Educação da Capital deflagraram greve contra arrocho salarial em assembleia que rejeitou proposta do governo petista de manter política de abonos e arrocho salarial da era Kassab e deixou para traz enrolação da direção sindical (PPS-PSOL-PSTU), reafirmando proposta defendida desde o início da campanha salarial pela Oposição de Verdade


 Faixa na assembleia dos professores da Capital
Uma combativa assembleia, realizada nesta quarta (23), com cerca de 3 mil trabalhadores da Educação da Capital paulista marcou o início a greve por tempo indeterminado da categoria.
A categoria rejeitou a enrolação da direção sindical que há cinco “dias de paralisação”, com atos e/ou assembleias vinha dando novos prazos para o governo, mesmo com a sistemática rejeição pela categoria das propostas por ele apresentadas.
Ciente de que a única linguagem que a prefeitura do PT paulista escuta é a da greve, a Oposição de Verdade - o Movimento Unificado de Oposição Classista (CCR, LC, Educadores em Luta/PCO) vinha defendendo a paralisação desde o dia 28 de março, quando teve inicio a campanha salarial de 2014 dos trabalhadores em educação da maior cidade do país.
Apesar da revolta crescente da categoria contra a proposta de abono da prefeitura, a Oposição de Verdade MUOC foi o único setor organizado da categoria a defender a greve. Tanto a burocracia majoritária, PPS-PT-PCdoB, quanto à minoritária (PSOL, PSTU e satélites) se colocaram como obstáculo a greve desde o princípio, desmobilizando a categoria até a penúltima assembleia, quando não conseguiram mais evitar que a greve fosse decretada a partir desta quarta (23).
A cada nova mobilização, o governo foi forçado a fazer pequenos recuos e ganha tempo, sempre com o apoio da burocracia sindica. Primeiro, a prefeitura não garantia nem o cumprimento do pagamento dos 13,4% acordados e assinados pelo governo Kassab. Na véspera da segunda assembleia, 4 de abril, o prefeito ofereceu um abono sobre o piso somente para uma parcela dos professores. Na terceira assembleia, dia 11 de abril, estendeu o miserável bônus para o quadro de apoio e gestores.
Nesta quarta assembleia, realizada ontem, a prefeitura comprometeu-se apenas a pagar os dias paralisados por cada uma das cinco assembleias da campanha salarial e mais a promessa de incorporar “uma primeira parcela do abono” (sem especificar de quanto) apenas no ano que vem.
A direção do Sindicato (representadas nas “negociações” por “Claudio-Kassab” e pela dirigente do PSTU e diretora de Escola aposentada Lourdes) ainda tentou enrolar. Permaneceu por mais de duas horas no interior da Prefeitura, fazendo milhares de educadores esperarem até o começo da noite. Esperando por um esvaziamento da assembleia (que não aconteceu), vieram com mãos vazias e apresentaram (sem críticas) a proposta miserável da prefeitura, enquanto procuram disseminar a ideia de que a mobilização era fraca e que já havia avanços na proposta do governo.
Não adiantou. Entendo claramente que o governo Haddad só age sob pressão – os presentes decidiram dar continuidade e ampliar a greve.
Como assinalou o companheiro João Evangelista, da Oposição de Verdade em sua intervenção, “Haddad foi eleito para mudar a política de Kassab, mas segue os seus passos com arrocho salarial e ataques à Educação e única linguagem que o governo entende e ouve é a da greve e da mobilização”.
O governo que tanto proselitismo faz em torno da educação se nega até mesmo a cumprir as concessões arrancadas pela categoria na prefeitura anterior, comandada pela direita, filhote do PSDB, de Kassab (ex-DEM, hoje PSD). Agora é greve. É o momento da unidade de professores e pessoal de apoio para fortalecer a greve em cada local de trabalho para derrotar a política de arrocho salarial (de abonos, de terceirização, antieducação) imposta pela direita que o governo do PT continua a adotar.
A decisão dos trabalhadores de educação é importante também, porque anima os trabalhadores em educação do Estado a seguirem o exemplo dos colegas da Capital e passarem por cima da embromação de sua burocracia sindical (PT, PCdoB, PSTU, PSOL) e a também deflagrarem greve na assembleia desta sexta, dia 25, na Avenida Paulista.
Mais do que nunca é hora de uma mobilização geral de professores, funcionários, pais e alunos.
Nesta sexta, todos no MASP. Ocupar a Avenida Paulista e impulsionar uma grande mobilização UNIFICADA, contra o arrocho salarial (por 100% de reposição das perdas), pelo fim da política de abonos e bônus golpistas; fim de toda terceirização e da precarização das condições de trabalho (direitos iguais para todos os educadores); imediata redução da jornada de trabalho (com 1/3 de jornada extraclasse já!).
Na segunda, dia 28, tem paralisação geral do funcionalismo público e Ato em frente à Prefeitura.
Aprovar na assembleia da APEOESP a convocação dos companheiros da Capital, dos funcionários das Escolas Estaduais, dos pais, dos alunos das escolas e universidades públicas, dos educadores das ETEC’s, FATEC’s e da Fundação Casa, enfim de todos os que foram vítimas de 20 anos de ataques e destruição do ensino público pelos governos tucanos e de seus aliando, para uma mobilização unitária nas próximas semanas, com as escolas paradas.
No Paraná, os professores também estão em greve e há mobilizações em curso ou para começar em vários Estados.
Em São Paulo, como em todo o País, os professores e demais trabalhadores da Educação estão acendendo a chama, esquentando a temperatura nos dias que antecedem o 1º de Maio, dia de luta da classe trabalhadora. 
http://www.pco.org.br/movimento-operario/ocupar-a-paulista-e-parar-todas-as-escolas-em-defesa-do-salario-e-do-emprego/aayj,s.html

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