Para a Liga Comunista e para El Mundo Socialista, as greves da educação do Estado de São Paulo, dirigida pela APEOESP, e da capital paulista, SIMPEEM, estão dentre as mais ricas experiências políticas já vividas pelos trabalhadores em educação do Brasil . Nesse processo, nossos agrupamentos defenderam de forma consequente a unificação prática dos dois setores da categoria, unificação imensamente desejada pela base, mas que foi frustrada pela direção burocrática dos sindicatos, sendo crucial a sabotagem orquestrada pela direção da APEOESP ligada ao PT contra um dos anseios mais sentidos e inquestionável da própria base deste sindicato.
Antes e durante as greves denunciamos o papel das correntes oportunistas que dirigem o sindicato (PT, PCdoB, PSOL e PSTU) e dos grupos centristas despossuídos de independência de classe e que se mostraram incapazes de organizar uma oposição à altura das tarefas históricas necessárias para o triunfo de nossas lutas. A partir da experiência prática comum de elaboração de documentos sindicais agitativos e analíticos orientados pela teoria marxista; a partir da experiência que ganhamos com a colaboração de outros grupos classistas e combativos de oposição que resultou na criação e impressão de panfletos específicos para todas e cada uma das assembleias de greve do SIMPEEM resolvem LC e EMS construir uma corrente de caráter sindical comum que nasce com militância simultânea nos professores do município e do Estado do mais populoso e da maior cidade do país. Neste processo, reivindicamos os documentos elaborados em comum, as concepções sindicais de Marx, Engels, Lenin e Trotsky e, particularmente, o documento "Os sindicatos na época da decadência imperialista", bem como em breve e sob este legado, elaboraremos um programa para a luta sindical na atualidade.
Essa nova corrente sindical é um acordo onde os seus componentes não renunciam a sua independência política nem ao direito de critica mútua. Convidamos aos trabalhadores combativos, que já não se deixam iludir por falsas oposições que auxiliam política e objetivamente às direções burocráticas, a se juntarem a nós. A partir de agora nossa intervenção comum se chamará Organização Classista dos Trabalhadores em Educação – OCTE.
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