A Corrente Comunista Revolucionária publica aqui um manifesto da APEOESP e da ASPESCS
MANIFESTO -CONTRA A DEMISSÃO POR JUSTA CAUSA DA PROFESSORA CATARINA TROIANO
As Entidades, Coletivos, autoridades e profissionais da educação que assinam
este Manifesto tornam pública sua enorme perplexidade mediante parecer
conclusivo da Corregedoria Geral do Município de São Caetano do Sul que indica
demissão - por justa causa - da professora Catarina Troiano da rede municipal
de ensino da cidade. A informação foi veiculada ontem (dia 27 de dezembro) por
documento subscrito pela Associação dos Profissionais da Educação de São
Caetano do Sul - ASPESCS - e pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial
do Estado de São Paulo - APEOESP (Subsede de São Caetano do Sul).
Como se sabe, a professora responde a processo administrativo disciplinar por
criticar, abertamente, o retorno às aulas presenciais no período mais complexo
da Pandemia, em fevereiro deste ano, pouco antes da Região do Grande ABC e do
Estado de São Paulo decretarem a fase roxa (a mais grave) no combate ao Novo
Coronavírus. São Caetano do Sul foi a única cidade da Região a impor aulas
físicas a essa altura, deixando de poupar, inclusive, grávidas, profissionais
com comorbidades ou com mais de 60 anos, todos submetidos, compulsoriamente, ao
trabalho presencial.
Certamente, as ‘faltas graves’ imputadas à professora Catarina Troiano, nesse
contexto, expressam apenas a reação da docente à extrema violência da gestão da
Pandemia, pela Secretaria Municipal de Educação, imposta às comunidades
escolares de São Caetano do Sul: gestão pautada pelo negacionismo, pelo
desrespeito à ciência, pelo desprezo à vida e à saúde dos estudantes e dos
profissionais da educação da cidade. É sempre bom lembrar que foram 7 os
servidores públicos municipais da educação que vieram a óbito por Covid-19 no
Município. Dentre eles, uma professora que atuava com Catarina Troiano, àquela
altura, na EME Alcina Dantas Feijão - professora Elizabeth Zacaleski Veloso,
obrigada a trabalhar presencialmente, com mais de 60 anos, a partir de
fevereiro de 2021, na contramão do que decidiam o Consórcio Intermunicipal do
Grande ABC e demais redes de ensino da Região e do Estado.
Assistimos, portanto, com profunda indignação, ao assédio judicial vivenciado
pela professora Catarina Troiano e DENUNCIAMOS, por meio deste Manifesto, mais
um passo na materialização dessa injustiça, com tal parecer favorável à
demissão por justa causa da profissional, emitido pela Comissão Processante da
Corregedoria Geral do Município. Tanto mais porque o parecer, assinado em 15 de
dezembro de 2021, chegou ao conhecimento da professora em período de recesso
(durante as comemorações de fim de ano), o que dificulta, consideravelmente, a
defesa da docente (a ser realizada em prazo máximo de 10 dias).
Observe-se, por fim, que a Professora Catarina Troiano atua na rede municipal
de ensino de São Caetano do Sul há pelo menos uma década, sem nunca ter tido
seu trabalho pedagógico questionado pela rede. Ao contrário: é reconhecida por
seus pares como excelente profissional, dedicada e comprometida com a formação
integral de seus estudantes. Catarina está sendo condenada por suas ideias, por
exercer sua liberdade de expressão e expor a péssima gestão educacional do
Município: o autoritarismo do Secretário Fabrício Coutinho de Faria e o
obscurantismo do Prefeito interino Tite Campanella.
EXIGIMOS JUSTIÇA PARA A PROFESSORA CATARINA TROIANO! Repudiamos o relatório da
Corregedoria de São Caetano do Sul que aprofunda as arbitrariedades cometidas
contra a profissional! Conclamamos todos os profissionais da educação da Região
a levantarem-se contra a censura, o assédio moral e judicial, o ataque à vida
como projeto político! CATARINA TROIANO NÃO ESTÁ SOZINHA!
MANIFIESTO _CONTRA EL DESPIDO POR JUSTA CAUSA DE LA MAESTRA
CATARINA TROIANO
Las Entidades, Colectivos, autoridades y profesionales de la educación que
firman este Manifiesto hacen pública su enorme perplejidad por el dictamen
concluyente de la Oficina de Procedimientos Internos del Municipio de São
Caetano do Sul( Estado de São Paulo) que señala el despido - con justa causa -
de la maestra Catarina Troiano de la red municipal de educación de la ciudad.
La información fue publicada ayer (27 de diciembre) en un documento firmado por
la Asociación de Profesionales de la Educación de São Caetano do Sul - ASPESCS
- y por el Sindicato de Profesores de Enseñanza Oficial del Estado de São Paulo
- APEOESP (Subsede de São Caetano do Sul).
Como se sabe, la maestra responde a un proceso administrativo disciplinario por
criticar abiertamente el regreso a clases en el período más complejo de la
pandemia, en febrero de este año, justo antes de que la región del Gran ABC y
el Estado de São Paulo declararan la fase púrpura (la más grave) en la lucha
contra el Nuevo Coronavirus. São Caetano do Sul fue la única ciudad de la
Región que impuso clases físicas en ese momento, sin incluir a las mujeres
embarazadas, a los profesionales con comorbilidades o a los mayores de 60 años,
todos sometidos obligatoriamente a un trabajo presencial.
Ciertamente, las "faltas graves" imputadas a la maestra Catarina
Troiano, en este contexto, expresan sólo la reacción de la maestra a la extrema
violencia de la gestión de la Pandemia, por parte de la Secretaría Municipal de
Educación, impuesta a las comunidades escolares de São Caetano do Sul: gestión
guiada por el negacionismo, por la falta de respeto a la ciencia, por el
desprecio a la vida y a la salud de los alumnos y de los profesionales de la
educación de la ciudad. Siempre es bueno recordar que hubo 7 servidores
públicos municipales de la educación que murieron por Covid-19 en la ciudad.
Entre ellos, una maestra que trabajaba con Catarina Troiano, en ese momento, en
la Escuela Municipal Alcina Dantas Feijão
- la maestra Elizabeth Zacaleski Veloso, obligada a trabajar en persona, con
más de 60 años, a partir de febrero de 2021, en contra de lo decidido por el
Consorcio Intermunicipal del Gran ABC y otras redes educativas de la Región y
del Estado.
Asistimos, por tanto, con profunda indignación, al acoso judicial sufrido por
la maestra Catarina Troiano y denunciamos, a través de este Manifiesto, un paso
más en la materialización de esta injusticia, con un tal dictamen favorable al despido
por justa causa de la profesional, emitido por la Comisión Procesal de la
Dirección General Municipal de Asuntos Internos. Más aún porque el dictamen,
firmado el 15 de diciembre de 2021, llegó a conocimiento de la maestra en un
periodo de receso (durante las celebraciones de fin año), lo que dificulta
considerablemente la defensa de la maestra (que debe realizarse en un plazo
máximo de 10 días)
.
Por último, cabe señalar que la maestra Catarina Troiano trabaja en el sistema
escolar municipal de São Caetano do Sul desde hace al menos una década, y su
labor pedagógico nunca ha sido cuestionado por el sistema de evaluación
escolar. Al contrario: es reconocida por sus compañeros como una excelente
profesional, dedicada y comprometida con la formación integral de sus alumnos.
Catarina está siendo condenada por sus ideas, por ejercer su libertad de
expresión y exponer la terrible gestión educativa del municipio: el
autoritarismo del secretario Fabrício Coutinho de Faria y el oscurantismo del
alcalde interino Tite Campanella.
EXIGIMOS JUSTICIA PARA LA MAESTRA CATARINA TROIANO ¡Repudiamos el informe de la
Oficina de Procedimientos Internos de São Caetano do Sul que profundiza las
arbitrariedades cometidas contra el profesional! ¡Llamamos a todos los profesionales
de la educación de la región a levantarse contra la censura, el acoso moral y
judicial, el ataque a la vida como proyecto político! CATARINA TROIANO NO ESTÁ SOLA
São Caetano do Sul, 28 de diciembre de 2021.
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