quarta-feira, 23 de maio de 2018

VIVA A INSURREIÇÃO NA NICARÁGUA!



Pela derrubada de Ortega e Murillo pela força organizada do povo nicaraguense e de sua juventude combativa!

Declaração  da Agrupación de Lucha Socialista (ALS) e da Corrente Comunista  Revolucionária Internacional (CCRI), 21 de maio 2018, https://agrupaciondeluchasocialistablog.wordpress.com/

O mês de abril deste ano deu à luz a um protesto insurrecional na Nicarágua protagonizado por sua juventude das áreas populares que corajosamente têm estado na vanguarda da luta contra as medidas neoliberais do presidente Daniel Ortega, tal como a reforma da previdência, prejudicial aos trabalhadores. Ortega reprimiu duramente os protestos, deixando um saldo de cerca de 63 mortos, outros mais desaparecidos e mais de 100 presos, assim como prédios universitários queimados pelo governo. Em setores da esquerda latino-americana  provocou-se um debate sobre a origem dessas mobilizações, questionando até mesmo a sua própria legitimidade só porque o atual governo se baseia nas siglas e na história da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), que lutou contra a ditadura de Somoza em 1979, mas nós revolucionários marxistas  precisamos fazer uma análise séria, superando todo o dogmatismo e definir claramente uma estratégia que contribua para a luta do povo da Nicarágua pela sua libertação.

Governo "progressista" desnorteado pelas mobilizações daqueles que vêm debaixo

A crise econômica mundial do capitalismo teve como uma de suas reflexos na América Latina a Ascenção e o declínio dos chamados "governos progressistas", que nasceram como parte das mobilizações populares contra os governos neoliberais e as consequências da crise - e que a esquerda reformista capitalizou - mas também  está em decadência porque não era uma solução real e duradoura para a crise capitalista, ao contrário,  acabou implementando as medidas neoliberais que os governos de direita não conseguiam aplicar - e agora são vítimas de suas próprias contradições.

Enquanto havia um período de recuperação global dos preços das matérias-primas, esses governos puderam dar benefícios ao povo e a certas organizações que foram cooptadas, avançando lentamente na aplicação das medidas neoliberais que faltavam. No entanto, a bolha "progressista" se desmanchou em menos de duas décadas, os preços das commodities (matérias-primas) caíram, a  forte crise econômica  que  se seguiu revelou a realidade neoliberal à qual seus governos progressistas tinham conduzido o povo, sob a pressão da burguesia imperialista e nacional, foi adicionada o setor mais debaixo, a do povo traído.

Nesse processo, Daniel Ortega e o FSLN mantiveram a burguesia por perto, tanto em âmbito nacional como internacional, cada decreto foi consultado primeiro com eles, os latifundiários recebem proteção do exército e da polícia em suas fazendas, e adotam uma série de medidas para desenvolver sua produção em favor da exploração dos trabalhadores. Enquanto para os que estão abaixo, o acesso aos serviços sociais é reduzido, como no caso dos Comissariados das Mulheres, destinados a abordar a violência contra as mulheres, que foram encerradas.





Dinastía Ortega-Murillo

Com 11 anos de poder, Daniel Ortega tornou-se um governo autoritário que ficou reduzido a sua família e grupos leais. Juntamente com sua esposa Rosario Murillo como vice-presidente da Nicarágua e seus filhos, proprietários de grandes meios de comunicação, tornaram-se uma dinastia de família déspota que coloca os seus  candidatos nas posições locais e no Parlamento (incluindo um morto , René Nuñez como presidente da legislatura), impondo a censura aos seus funcionários para que eles não falem com meios de comunicação independentes, sem informação pública, com alegações de corrupção e cuja vitória nas últimas eleições presidenciais fala-se de  fraude .

O autoritarismo de Daniel Ortega gerou uma reunião dentro das fileiras da FSLN, base do sandinismo, que protestaram contra a imposição de candidatos municipais por Ortega, inclusive os antigos ex-combatentes do sandinismo como Mónica Baltodano e o Poeta Gioconda Belli que criticaram o messianismo em que o casal presidencial caiu. Ambos lamentam junto com os habitantes da cidade Niquinohombo, berço de Sandino, no que se tornou a imagem do FSLN sob Ortega. Como explicar essa aparente mudança? Será necessário diferenciar que os sandinistas que chegaram ao poder em 1979 o foram a partir da mobilização popular; enquanto que os sandinistas liderados por Ortega retomaram o governo a partir de um processo eleitoral mais ligado às instituições  e aos pactos com a burguesia.

O povo e seus jovens (maioria da população, em 2012 por volta de 65%) são os que estão mais furiosos pela repressão cada vez mais acentuada da dinastia Ortega-Murillo como a única resposta oficial às exigências do povo. Os exemplos mais recentes são o incêndio da reserva indígena  Maíz que queimou mais de 5,000 hectares,  de onde o governo mostrou o sua intransigência e ineficiência, não só rechaçou  a ajuda econômica e de profissionais que foram oferecidos pela  Costa Rica para o sinistro, mas também, militarizou a área e  reprimiu severamente  os jovens ambientalistas que se manifestavam  em rejeição a essas medidas.

Os jovens são os protagonistas da insurreição nicaraguense

Dias mais tarde (16 de abril), em um terrível erro de cálculo, Ortega, obedecendo ao Fundo Monetário Internacional (FMI), aprovou a reforma do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS-Previdência), aumentando as contribuições na previdência, tanto para as empresas como para os Trabalhadores. Em 18/abril, aposentados acompanhados por jovens foram espancados pela polícia e pelos grupos de choque de Ortega; As imagens dos vovôs brutalmente espancados pela polícia inflamaram a indignação do povo nicaraguense que saíram em massa para as ruas, principalmente os estudantes universitários.

Então, Ortega enviou o exército em 19 de abril para forçar retomada da Universidade Politécnica da Nicarágua (UPOLI), sem conseguir, graças à defesa do local pela população dos bairros vizinhos. A partir desta data, várias cidades e bairros da Nicarágua, tanto a capital como a província tomaram as ruas, construíram barricadas, enquanto dezenas de pessoas em solidariedade se dirigiram aos locais para trazer comida diante do cerco da policial por parte do governo. A Nicarágua está de pé de novo!

A reforma neoliberal da previdência tem causado em países como o Brasil, a Argentina e o Chile mobilizações em massa porque leva a um estado de grave precarização do futuro dos trabalhadores e de suas famílias. A Nicarágua, além de estar inserida nesta onda, tem passado por um processo mais explosivo, uma vez que não só conseguiu revogar a lei, mas inclusive agora exigem a derrubada do autoritário governo "progressista"   de Ortega-Murillo.

A burguesia na Nicarágua, principalmente aquela agrupada no Conselho Superior da Empresa Privada na Nicarágua (COSEP), está tentando se aproveitar desta grande onda rebelde para apenas focalizar na indignação contra o governo de Ortega, e, assim, impedir que os nicaraguenses também direcionem suas forças também contra a própria burguesia, como culpada de pobreza naquele país. Nós como militantes da ALS e CCRI rejeitamos as reformas de privatização do sistema previdenciário e quaisquer medidas que afetem as aposentadorias e as rendas dos trabalhadores. No entanto, quanto à afirmação de Ortega de que os empresários aumentariam sua contribuição para o INSS, consideramos como uma medida correta, pois são enormes os lucros  dos patrões em cima do fruto do trabalho de seus trabalhadores. Mas o que nós rejeitamos totalmente é tomar mais dinheiro dos trabalhadores, de seus salários já minguados, para pagar suas próprias aposentadorias. Nas mesas de diálogo temos visto que faz parte dos interesses  dos empresários apoiar essas mobilizações sociais, abrindo aos estudantes 1/3 de sua participação no diálogo com o governo, com a cumplicidade do clero, com o objetivo obrigar o governo a definir medidas fiscais a seu favor.

Portanto, a intervenção da direita e da burguesia neste processo de insurreição não foi orquestrada pela direita e pela CIA, mas os ricos estão tentando tirar proveito da intensidade das mobilizações massivas, acima de tudo, na ausência de referentes revolucionárias capazes de dirigir tais mobilizações com um programa socialista.

Portanto, os jovens e o povo devem permanecer independentes da burguesia tanto no sentido político, organizacional e ideologicamente, como fizeram com a demonstração do 24/abril que, embora convocado pelos empresários, os jovens rebeldes chegaram a mudar o destino do movimento. Assim como os estudantes dissidentes conseguiram romper com suas direções burocratas do movimento estudantil da Universidade Autônoma Nacional da Nicarágua controlada pelo FSLN, recusando-se a agir como golpeadores das pessoas e a dissidência no interior suas organizações, como fez a juventude Sandinista. Há 50 anos do maio francês e dos movimentos estudantis e populares em todo o mundo, são os jovens da Nicarágua, os estudantes  e os moradores  dos bairros, que lutam na linha de frente nas ruas contra o autoritarismo e a repressão do governo de Ortega-Murillo, que juntos de trabalhadores, desempregados,  trabalhadores informais e vizinhos dos setores populares, exigem com determinação liberdades democráticas, justiça para todas as vítimas da repressão dos órgãos militares, dos  policiais e dos paramilitares e, claro, a remoção da dinastia Ortega-Murillo!

É importante que o povo nicaraguense se mova além da espontaneidade para organizar seus bairros com assembléias onde eles possam definir os próximos passos na luta sobre como derrubar a burocracia corrupta de Ortega e como administrar suas comunidades sem a Interferência ineficaz e repressiva do governo atual. Estas tarefas revolucionárias só podem ser possíveis com uma organização constante e permanente através da formação de comitês de base em cada bairro, escola e centros de trabalho que, por sua vez, devem se articular em assembléias locais, regionais e nacionais. Diante da derrocada do governo do atual FSLN sob a liderança de Ortega, que o povo organizado em seus comitês realizem um Encontro Nacional de Luta para definir um Plano econômico emergente para o resgate do povo Nicaraguense.

* Abaixo Ortega e Murillo!

* Revogar as medidas neoliberais do FMI!

* Justiça para os parentes dos assassinados pelo atual governo do FSLN!

* Liberdade imediata dos prisioneiros políticos!

* Pela formação de um Partido Revolucionário dos trabalhadores da Nicarágua!

* Para um governo de trabalhadores, de camponeses e dos setores populares!


quinta-feira, 10 de maio de 2018

France: Pour la Grève Générale – Illimitée, Militante, Multinationale!


France: Pour la Grève Générale – Illimitée, Militante, Multinationale!

Declaração da Corrente Comunista Revolucionária Internacional (CCRI), 2 de maio de 2018, www.thecommunists.net

1. A França está sendo abalada por greves militantes dos trabalhadores da Ferrovia Francesa (SNCF) e da Air France. Além disso, os alunos tomaram medidas contra as reformas da Universidade com alguns até se mesmo unindo em solidariedade aos piquetes dos trabalhadores ferroviários. Enquanto celebramos o seu 50 º aniversário, uma pequena brisa de maio de 1968 sopra no presente. O escritório europeu da Corrente Comunista Revolucionária Internacional (CCRI) apoia inteiramente os movimentos atuais do protesto dos trabalhadores e dos estudantes.

2. Nós, como como parte escritório Europeu da CCRI, também declaramos que a vanguarda da classe operária em França (assim como na Europa), é a que deve ser a responsável pela condução do movimento para o sucesso. Para isso, os trabalhadores conscientes da classe devem aprender com os erros do passado e implementar uma estratégia revolucionária para atingir seus objetivos. O mais urgente e importante é o slogan: Pela greve geral-por tempo indeterminado, militante, multinacional!

3. As atuais greves dos trabalhadores ferroviários e dos trabalhadores da Air France são dirigidas tanto contra o governo neoliberal de Emmanuel Macron assim como contra a gestão da SNCF e da Air France. O governo francês quer colocar em vigor cortes maciços na previdência e nos benefícios sociais para os trabalhadores públicos, enquanto gerentes oferecem ofertas ridículas para aumentar os salários dos trabalhadores em apenas 2%. Além disso, os estudantes universitários estão lutando contra os planos para mudar as regras de admissão na Universidade, o que significaria portas fechadas para estudantes da classe trabalhadora e estudantes de famílias de baixa renda. Não é surpreendente que esses ataques ocorram, pois, o governo neo-liberal Macron é conhecido por ser um governo para os grandes patrões.

4. As centenas de estudantes que aderiram aos piquetes dos trabalhadores da SNCF são principalmente das cidades de Lille, Lyon, Bordeaux e Estrasburgo. Embora seja um sinal importante de solidariedade dos estudantes universitários, o movimento de greve precisa crescer e ganhar outros setores importantes da classe operária no sentido de construir uma greve geral (por tempo indeterminado). A onda de greves faz um apelo aos coletores de lixo e os trabalhadores da energia de aderir às greves e devem ser transformadas em uma mobilização organizada, com base em comitês de greve democraticamente eleitos que possam atingir outros setores. Além dos esforços para ganhar outros trabalhadores, o apoio de outras camadas da sociedade, como os estudantes universitários, deve ser muito bem-vindos.

5. A solidariedade dos estudantes universitários e a solidariedade de outros setores da sociedade são bem-vindas. No entanto, ela não pode e não deve substituir a unificação de vários setores da nossa classe, que é a classe operária, em um amplo movimento geral greve. Além disso, não é tarefa dos estudantes universitários realizar tal unificação para os trabalhadores, pois os estudantes universitários não são e não deverão ser a direção do movimento de greve geral. Além disso, os burocratas do movimento dos trabalhadores devem ser contestados, pois como demonstraram no passado que não atuam no interesse da base operária. Em vez da burocracia, é importante dar forma a uma liderança lúcida e militante com os líderes os mais avançados os mais talentosos da greve dentro da base dos trabalhadores.

6. As atuais ações de greve dos trabalhadores ferroviários e dos trabalhadores da Air France devem, portanto, basear-se em comandos de greve democraticamente eleitos, que devem ser nomeados pelos conjuntos de greve dos trabalhadores. As tarefas dos comandos de greve não devem ser apenas para organizar as ações de greve dos trabalhadores locais. Além disso, é necessário coordenar as ações de greve de toda a região e em nível nacional. Eles devem se reunir em apoio a outros setores da classe operária, tentando ganhá-los para participar das ações de greve. Devem fazer campanha por ações solidárias dos estudantes, não só das universidades, mas também das escolas não universitárias e pelo apoio dos desempregados e dos aposentados. Com base nos desenvolvimentos recentes, torna-se mais do que óbvio que a organização da auto-defesa é também uma tarefa crucial para estas comissões.


7. Em 22 de março, homens mascarados com porretes e bastões de beisebol atacaram o local dos estudantes em Montpellier, a fim de oprimir os estudantes que estavam protestando. O reitor da Universidade, bem como um professor foram presos, pela razão de que os alunos os reconheceram como parte do grupo de agressores mascarados. É muito importante aprender com a lição deste incidente, embora por menor que seja: auto-defesa, auto-defesa, auto-defesa! Mesmo que o grupo fascista baseado na Universidade avançou contra os 50 estudantes em Montpellier pode não ser a ameaça mais perigosa para um movimento militante de greve geral, não deixa de ser  a extrema direita junto com o aparelho da opressão do estado da França, ou seja, a polícia e o exército, que inevitavelmente  vão se tornar uma enorme ameaça física para os trabalhadores se eles não se renderem.

8. Uma greve geral por tempo indeterminado é a única opção para acabar com os cortes na previdência, a privatização do sistema social e do sistema educacional pelo neoliberalismo. No entanto, uma greve geral desse tipo é para a classe dominante algo como o pano vermelho é para o touro: o início de uma fúria incontrolável e sangrenta contra os trabalhadores. Por isso que as unidades de auto-defesa dos trabalhadores devem se preparar para se armar durante a greve geral em curso e estar preparado contra os ataques durante suas assembléias e manifestações de protestos. Qualquer ilusão pacifista durante uma greve geral por tempo indeterminado significa comprometer seriamente a segurança de todos os militantes do movimento de greve e, portanto, deve ser evitado! A fim de concretizar isso, devem ser realizados debates sérios e tomar decisões claras. No entanto, todos os trabalhadores que não pretendem participar em unidades de auto-defesa devem, pelo menos, apoiar a ideia de auto-defesa e a sua implementação democrática.

9. A tarefa mais importante para o movimento de greve atual é crescer em escala nacional, ganhando outros setores da classe operária; Organizar-se democraticamente através de assembléias de greve e de comitês de greve eleitos, em que cada membro dessas unidades pode ser chamado a qualquer momento por meios democráticos; Preparem-se para lutar contra as agressões dos ativistas extrema direita e do aparato repressivo do Estado francês. E: Tornem-se o mais multinacional possível! Na Europa e principalmente em França, o número de ataques islamofóbicos e racistas em geral está a aumentar. Ao mesmo tempo, a classe operária tem uma parcela de imigrantes de alto e rápido crescimento. Este caráter multinacional é uma grande vantagem, porque significa que muitas experiências da luta da classe internacional enriquecem o movimento de greve e a classe trabalhadora na França. Precisamos ganhar o apoio da juventude militante nos subúrbios, os quais têm muita experiência para compartilhar. Estas experiências devem ser ativamente integradas no arsenal de combate de toda a nossa classe. Para estes trabalhadores que possuem um perfil migrante não só deve que ser ouvido, mas eles também têm de desempenhar um papel principal no movimento de greve geral!

10. Além disso, o Estado francês é absolutamente racista não só na sua política concreta de gentrificação, mas também nos seus ataques racistas contra a maioria dos povos árabes e/ou muçulmanos por restrições de direitos religiosos e práticas brutais de expulsão. Cada demonstração de racismo dentro do movimento de greve geral, mesmo os mais sutis, devem ser repelidos por uma ampla, séria e permanente campanha anti-racista. Essa campanha também significa formar estruturas do tipo conselhos. O mesmo vale para a luta contra o sexismo e outras formas de opressão. Em um movimento de grande greve cada camada oprimida, como migrantes, mulheres, jovens, LGBTs e outros devem ter a oportunidade de formar um Conselho apoiado por todos os outros trabalhadores. Além do mais, o movimento de greve geral deve ser conduzido principalmente por camaradas dos estratos oprimidos da classe operária. Eles sofrem por demais nos sistemas capitalistas e têm experiências extremamente valiosas e disponibilidade para contribuir.


11. Por fim, o movimento de greve geral deve ser um movimento político e não se limitar somente às exigências econômicas. Isto significa que o movimento não deve repetir os erros do passado. Embora a classe trabalhadora desempenhasse um papel fundamental no início, o movimento estudantil dominou o chamado movimento de 1968 por suas fantasias pequeno-burguesas de criar um universo alternativo dentro do capitalismo. Desempenharam um papel ideológico dominante e, no final, um papel político. Uma lição ainda mais importante é o papel contra-revolucionário da burocracia reformista. Foi a gestão stalinista do PCF (Partido Comunista Francês) e da central sindical CGT que vendeu o poderoso movimento de greve geral. Hoje, o perigo de traição pela burocracia reformista não é menor. É por isso que é crucial que a vanguarda da classe operária construa um partido revolucionário. Armado com tal partido, a vanguarda dos trabalhadores, em sua composição multinacional, poderia conduzir o movimento geral de greve à vitória.
 
12. Para poder avançar sem repetir os erros dos falsos líderes reformistas e centristas do passado, uma greve geral por tempo indeterminado vai precisar de uma força revolucionária corajosa, um partido de lutadores pela libertação honestos desejosos para liderar a greve General por tempo indeterminado em direção a uma revolta armada da classe operária para esmagar o sistema de opressão e exploração, para esmagar o capitalismo. Nós, da CCRI, acreditamos que tal novo partido dos trabalhadores deve ser baseado em um programa revolucionário consistente com uma orientação internacionalista. Acreditamos que deve estar composto dos elementos mais experientes e oprimidos da nossa classe. Por isso, pedimos a todos os trabalhadores e oprimidos na França que se unam agora, que lutem por uma greve geral por tempo indeterminado e que se preparem para a construção de um novo partido revolucionário.









segunda-feira, 7 de maio de 2018

France: Pour la Grève Générale – Illimitée, militante, multinationale!

Statement by the European Bureau of the Revolutionary Communist Internationalist Tendency (RCIT), 2 May 2018,www.thecommunists.net
 
1.             France is shaken to its grounds by the militant strikes of the workers at French Railways (SNCF) and Air France. In addition students took action again the university reforms with some even joining the picket lines of the rail workers in solidarity. A small breeze from May 1968 is blowing into the present, as we mark its 50th Anniversary. The European Bureau of the Revolutionary Communist International Tendency (RCIT) fully supports the current protest movements of both the workers and the students.

2.             We, as the European Bureau of the RCIT, also state that it is the vanguard of the working class in France (as well as in Europe as such) which must be the one in charge of leading the movement to its success. For this, the class-conscious workers need to learn from past mistakes and implement a revolutionary strategy in order to achieve its goals. Most urgent and important is the slogan: Pour la Grève Générale – Illimitée, militante, multinationale! For the General Strike – indefinite, militant and multinational!

3.             The current strikes of the railway workers as well as the workers from Air France are directed against both the neo-liberal government of Emmanuel Macron and the management of SNCF and Air France. The French government wants to implement massive cuts in the pensions and social benefits for public workers while the managements propose ridiculous offers to raise workers wages only by 2%. In addition the university students fight back against plans to change the university admissions rules which would mean closed doors for working class students and students from low-income families as such. It is no surprise that these strikes occur as the neo-liberal Macron government is known to be a government for the big bosses.

4.             The hundreds of students who joined the picket lines of the SNCF workers are mainly from Lille, Lyon, Bordeaux and Strasbourg. While it is an important signal of solidarity by the university students, the strike movement as such needs to grow and win other major parts of the working class for a (indefinite) general strike. The vague calls for rubbish collectors and energy sector workers to join the strikes must be turned into an organized mobilization, based on democratically elected strike committees which reach out to other sectors. In addition to the efforts to win other workers, the support of other layers of the society such like the university students must be highly welcome.

5.             The solidarity of the university students as well as the solidarity of other layers of the society is welcome. However, it cannot and should not replace the unification of various sectors of our class, the working class in a broad general strike movement. Furthermore it is not the task of the university students to achieve such unification for the workers as the university students will not and should not be the leadership of the general strike movement. Also, the bureaucrats of the labour movement must be challenged as they have shown in the past that they don't act in the interest of the rank-and-file. Instead of the bureaucracy, it is important to form a vivid and militant leadership by the most advanced and talented strike leaders inside of the rank-and-file.

6.             The current strike actions of the railway workers as well as the Air France workers have therefore to be based on democratically elected strike committees, which should be nominated by strike assemblies of the workers. The tasks of strike committees should not only be to organize the strike action of the local workers. Moreover they have to coordinate the strike actions of the whole region and nationwide. They have to rally for support by other sectors of the working class, trying to win them to join the strike actions. They have to campaign for solidarity actions by students not only of the universities but also from schools and for the support of the unemployed and the pensioners. Based on recent developments it becomes more than obvious that organizing of self-defence is also a crucial task for such committees.

7.             On the 22th March masked men with sticks and bats stormed the student sit-in in Montpellier in order to beat up the protesting students. The university dean as well as one professor were arrested as students recognized them in the group of the masked aggressors. It is highly important to learn the lesson of this albeit small incident, which is: Self-defence, self-defence, self-defence! While the university based fascist group which mobilized against the 50 student small sit-in in Montpellier might not be the most dangerous threat for a militant general strike movement, it is indeed the far right together with the oppression apparatus of the French state, i.e. the police and the military, which will inevitably become a huge physical threat to the workers if they don’t give in.

8.             An indefinite general strike is the only possibility to stop the cuts of the pensions, the neo-liberal sell-out of the social system and the education system. However, an indefinite general strike is for the ruling class what the red cloth is for the bull: the start of an unstoppable and bloody rage against the workers. For this the self-defence units of the workers have to prepare themselves to get armed during the ongoing general strike and to be prepared for attacks during their assemblies and protests. Any pacifist illusion during an indefinite general strike means to seriously endanger the safety of all activists of the strike movement and must be avoided! For this, serious debates have to take place and clear decisions have to be made. However, all workers who don't want to participate in self-defence units by themselves should at least support the idea of the self-defence and its democratic implementation.

9.             The most important tasks for the current strike movement is to grow nationwide by winning other sectors of the working class; Organize itself democratically via strike assemblies and elected strike committees, of which each and every member can be recalled at any time by democratic means; Prepare to fight back aggressions by far right activists and the repression apparatus of the French state. And: Become as multinational as possible! In Europe and mainly in France the number of Islamophobic and racist attacks in general is increasing. In the same time the working class has a high and rapidly growing share of migrants. This multinational character is a big advantage as it means that numerous experiences from the international class struggle enrich the strike movement and the working class in France. We need to win the support of the militant youth in the banlieues, who have a lot of experience to share. These experiences have to be actively incorporated in the fighting arsenal of our whole class. For this workers with a migrant background have not only to be heard but they also have to play a leading role in the general strike movement!

10.          Furthermore the French state is perfectly racist not only in its concrete policy of gentrification but also in its racist attacks against mainly Arab people and/or Muslim people via restrictions of religious rights and brutal deportation practices. Each and every shade of racism inside the general strike movement, even the thinnest one, has to be repulsed by a broad, serious and permanent anti-racist campaign. Such a campaign means also to form structures like a caucus. The same is the case for the struggle against sexism and other forms of oppression. In a broad strike movement every oppressed layer, like migrants, women, youth, LGBT and others should have the possibility to form a caucus supported by all other workers. In addition, the general strike movement has to be led mainly by comrades from the oppressed layers of the working class. They suffer the most by the capitalist systems and have extremely valuable experiences and willpower to contribute.

11.          In the end, the general strike movement has to be a political movement and not to limit itself to economic demands. This means that the movement must not repeat the mistakes of the past. Although the working class played a key role in the beginning, the student movement dominated the so-called movement of 1968 by its petty-bourgeois fantasies of creating an alternative universe inside of capitalism. They played a dominant ideological and in the end political role. An even more important lesson is the counterrevolutionary role of the reformist bureaucracy. It was the Stalinist leadership of the PCF (French “Communist” Party) and the CGT trade union which sold out the powerful general strike movement. Today, the danger of a betrayal by the reformist bureaucracy is not smaller. This is why it is crucial that the vanguard of the working class builds a revolutionary party. Armed with such a party, the workers vanguard, in its multinational composition, could lead the general strike movement to victory.

12.          In order to move forward without repeating the mistakes of the false reformist and centrist leaderships of the past, an indefinite general strike will need a brave revolutionary force, a party of honest liberation fighters willing to lead the indefinite general strike into an armed uprising of the working class to smash the system of oppression and exploitation, to smash capitalism. We as the RCIT think that such a new workers party should be based on a consistent revolutionary program with an internationalist orientation. We think it should consist of the most experienced and most oppressed elements of our class. We therefore call all workers and oppressed in France to unite now, to fight for an indefinite general strike and to prepare for the building of a new revolutionary party.