domingo, 28 de janeiro de 2018

BRASIL:ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS 2018




O controle do processo eleitoral pelo judiciário e pela mídia golpista é Fraude!


O golpe de estado de abril de 2016 abriu uma temporada de profundos ataques à historicamente frágil democracia no Brasil, concretizando-se em perda de direitos democráticos e sociais. O reconhecidamente corrupto governo de Temer, o ilegítimo, está gastando bilhões de reais para comprar congressistas com o objetivo de se manter no poder e  fazer as reformas neoliberais. No que se refere aos direitos democráticos, grande parte desses ataques se expressam nas tentativas de diminuir ainda mais os direitos dos cidadãos. Os procuradores da república, que teoricamente deveriam zelar pelo cumprimento da constituição, num gesto de puro autoritarismo chegaram a propor o fim do direito ao habeas corpus. De repente, não se exigem mais quaisquer provas concretas para a condenação de um suspeito, bastam as “convicções”, ou seja, os juízes passaram a fazer uma análise moral para dar o veredito. O suspeito torna-se  culpado, com pouquíssimos direitos à defesa. A partir de agora não é o estado que tem que provar a culpa do réu; é o réu que tem que provar que é inocente. Isso  nos faz lembrar das aulas de história sobre a inquisição da Idade Média. Apesar de terem sido comprovados alguns  atos de corrupção, são inúmeras as condenações baseadas exclusivamente em delações, muitas sem provas concretas, tendo como exemplo mais escandaloso o processo contra o ex-presidente Lula da Silva. A pergunta crucial que fazemos é: Em nome do suposto combate à corrupção deve-se destruir o estado de direito e eliminar a mínimas garantias dos cidadãos?
  O Poder Judiciário, ou porque está acovardado, ou porque seja cúmplice ideológico desse neofascismo, e a Suprema Corte é parte importante nesse prcesso, é agente ativo também no avanço da agenda que restringe direitos e sufoca a democracia, dando respaldo legal ao golpe e ao regime reacionário e de exceção . A seletividade de classe social  do judiciário, ao liberar da prisão Aécio Neves, ex-candidato a presidente, e ao  proteger o presidente Michel Temer para não perder seu mandato, ambos flagrados em áudios que com fortes evidências de crimes, inclusive com malas de dinheiro é contrastante com o fato de que milhares de jovens das periferias, negros e brancos pobres, sofrem abusos por parte das polícias e as punições são raras. As manifestações dos movimentos sociais em defesa dos seus direitos são criminalizadas e brutalmente reprimidas.
  Entre as centenas de pessoas que estão sofrendo o abuso das prisões arbitrárias, conduções coercitivas, cidadãos já considerados culpadas por antecipação pelo monopólio da imprensa golpista,  as condenações baseadas em “convicções morais” e sem provas, o alvo principal está na pessoa do ex-presidente Lula da Silva. Mas enganam-se aqueles que imaginam que o alvo é somente Lula e seu partido do Trabalhadores. O alvo é toda a classe trabalhadora, assalariada brasileira. Se prenderem Lula, estará aberto o caminho para a repressão a todos os partidos de esquerda e aos movimentos sociais organizados. Ao impedirem no tapetão judiciário a candidatura de Lula, com 45% de intenção de votos, será o aprofundamento do golpe. O controle do processo eleitoral pelo judiciário e pela mídia conservadora, contando somente com seus candidatos preferenciais (Joao Dória-PSDB, Rodrigo Maia-DEM, Geraldo Alckmin-PSDB, Luciano Huck) não tem outro nome: É Fraude!
  Não estamos discutindo aqui a defesa sobre votar contra ou a favor do provável candidato Lula da Silva. Estamos discutindo sobre os direitos democráticos, em que todos os partidos que assim o queiram possam lançar suas candidaturas, e que a população brasileira possa escolher livremente seus candidatos.  Estamos discutindo também pelo fim do regime de exceção instalado no país, o qual não só está retirando direitos históricos dos trabalhadores, como carteira assinada e aposentadoria, assim como os nossos direitos políticos e civis, os quais sabemos são tão poucos e restritos para os pobres e oprimidos nas chamadas democracias burguesas.
  Por outro lado, não podemos confundir a defesa dos direitos democráticos com a defesa do programa do Partido dos Trabalhadores ou de seu candidato Lula da Silva. O Partido dos Trabalhadores sempre teve um programa político socialdemocrata, portanto, nunca foi revolucionário, mas sempre defendeu a humanização do sistema capitalista (como se isso fosse possível!). Em grande parte, o Partido dos Trabalhadores é um dos grandes responsáveis pela atual situação difícil da classe trabalhadora brasileira.
  Por força de sua grande influência junto às massas os governos do PT garantiram vários direitos sociais, sempre dentro dos restritos limites da democracia burguesa. Ao mesmo tempo em que o próprio presidente Lula uma vez declarou que “nunca os empresários ganharam tanto como no meu governo!”. Conclusão: É mentira dos conservadores “coxinhas” e do grupo de direita MBL-Movimento Brasil Livre, junto com a imprensa monopolista (Globo-Band-SBT) definir o PT como revolucionário radical pronto a instalar a  improvável “ditadura bolivariana”.
   O que nós do CCR exigimos do PT, da CUT. MST, MTST, CTB, PCdoB, PSOL é que saiam da sua imobilidade e façam um trabalho maior  para mobilizar as massas trabalhadoras com o objetivo não só de lutar por eleições verdadeiramente democráticas, como cancelar  as reformas estruturais feitas pelos golpistas, tais como: A reforma trabalhista, a terceirização total, a reestatização das bacias de petróleo do  pré-sal, a recuperação e aumento substancial do salário mínimo, a retomada dos investimentos públicos sociais cancelando a lei do congelamento de gastos por 20 anos, cancelando ( se for aprovada) a reforma da previdência, etc.
  Acima de tudo entendemos a necessidade da construção de um partido  dos trabalhadores com um programa socialista revolucionário em nível nacional e internacional. Somente tal partido pode dar a liderança necessária para essas lutas. Somente tal partido pode transmitir o programa socialista às massas. É, portanto, a tarefa central de todas as forças revolucionárias consistentes se concentrarem na construção de tal partido. A CCR exorta todos os lutadores no no Brasila lutar juntos pela fundação de tal partido.

 *      Não à interferência do judiciário e da mídia monopolista e conservadora nas eleições presidenciais de 2018!

*  Resistir e Lutar pelos direitos democráticos : Eleições livres, diretas e secretas!


*   Pelo cancelamento das reformas neoliberais: Trabalhista; do Ensino Médio, privatizações da Petrobrás e poços de Pré-Sal, das terceirizações. Não à Destruição da Previdência disfarçada com o nome de Reforma.

*  Não às ameaças de intervenção militar!

*  Por um verdadeiro partido revolucionário dos trabalhadores!






domingo, 21 de janeiro de 2018

TUNISIE: SOLIDARITÉ AVEC LES MANIFESTATIONS DE MASSE!







À bas les hausses de prix! Pour la création de comités d'action et d'unités d'autodéfense! Pour un Front Unique pour organiser une grève générale! Unissez les luttes populaires en Tunisie, en Palestine, en Syrie, en Iran et au Yémen! Pour une Intifada géneral dans tout le Moyen-Orient!
Déclaration conjointe du Secrétariat International de la Courante Communiste Révolutionnaire Internationale (CCRI) et des Supporteurs Tunisiens de la CCRI, 10.01.2018, www.thecommunists.net
1. Depuis le 7 janvier, la Tunisie connaît une nouvelle vague de manifestations de masse spontanées, de nombreux travailleurs et jeunes s'affrontent avec les forces de sécurité. C'est la réponse du peuple au nouveau budget du gouvernement qui, avec effet au 1er janvier, a augmenté les prix du pétrole et d'autres articles et augmenté les taxes sur les voitures, les appels téléphoniques, l'utilisation d'Internet et l'hébergement dans ces réformes économiques. Comme un soulèvement similaire il y a deux ans, les manifestations ont commencé spontanément après que les militants ont tagué l'expression #Fech_Nestannew [qu'attendons-nous?] sur les murs et sur les médias sociaux. Depuis lors, des manifestations se sont étendues à plus de 20 villes dont Fernaneh, Bouhajla, Ouslatia, Moulouche, Sabitla, Gtar, Gafsa et Kef ainsi qu'à Tunis. Les jeunes manifestants bloquent les routes et lancent des pierres. À Tunis, une foule a pris d'assaut un marché Carrefour. À Nefza, des manifestants ont pris d'assaut un poste de police. Le porte-parole du ministère de l'Intérieur, Khelifa Chibani, a déploré que des "criminels" aient pillé et brûlé des centres de sécurité, incendié des voitures de police et attaqué des bureaux du gouvernement. Les gens chantent des slogans comme "ne pas peur" et "Les prix ont grimpé". L'Etat réagit par une répression brutale qui a entraîné le meurtre d'un homme de 55 ans à Tebourba et l'arrestation de plus de 237 personnes. Une cinquantaine de policiers ont été blessés dans des affrontements. La Courante Communiste Révolutionnaire Internationale(CCRI) déclare son soutien total à ces manifestations!

2. Le budget d'austérité révèle, une fois de plus, la nature réactionnaire du gouvernement capitaliste ainsi que de l'ordre mondial impérialiste. Le gouvernement est une coalition dirigée par Nidaa Tounes, un parti bourgeois et pro-impérialiste représentant la vieille garde de la dictature de Ben Ali, et le parti bourgeois-islamiste Ennadah comme un partenaire junior. Il gouverne le pays dans l'intérêt de la classe capitaliste super-riche et des monopoles impérialistes. Alors que ces élites s'enrichissent ces dernières années, les masses populaires vivent dans des conditions moins bonnes que celles d'avant la Révolution en janvier 2011. Selon les chiffres officiels, le chômage dépasse les 15% et le chômage des jeunes dépasse même les 35%! Le programme d'austérité du gouvernement est le résultat direct de son récent accord avec un programme de prêts de quatre ans avec le Fonds Monétaire International (FMI) d'environ 2,8 milliards de dollars en échange de réformes économiques. Et plus d'attaques se profilent. Ce gouvernement veut réduire la masse salariale du secteur public à 12,5% du PIB en 2020 contre environ 15% maintenant.
3. La CCRI  déclare que «l'accord» du FMI n'est rien d'autre qu'un dicté de cette institution des puissances impérialistes contre les intérêts des travailleurs et des pauvres tunisiens. De tels dictons continueront aussi longtemps que la classe ouvrière et les opprimés tunisiens ne renverseront pas la classe dirigeante capitaliste et ne libéreront pas le pays de la domination impérialiste.

4. Ej-Jabha (Front Populaire, abréviation de "Front Populaire pour la réalisation des objectifs de la Révolution"), une alliance d'opposition petite-bourgeoise de gauche représentant une coalition de partis issus pour la plupart d'um groupe stalinien / hoxhaiste comme la tradition nassériste / baathiste, a appelé à la poursuite des manifestations. Son leader Hamma Hammami a déclaré que "nous resterons dans la rue et nous augmenterons le rythme des manifestations jusqu'à ce que la loi financière injuste soit abandonnée". En outre, Nourredine Taboubi, chef de la fédération syndicale UGTT, demande que le gouvernement augmente le salaire minimum et l'aide aux pauvres en une semaine. Les révolutionnaires en Tunisie devraient appeler ces partis et syndicats à soutenir pleinement le mouvement, à créer un front unique et à transformer les manifestations en une grève générale.
5. La CCRI considère comme une tâche cruciale de former des comités d'action dans les lieux de travail, les quartiers, les écoles et les universités afin d'organiser la lutte de manière démocratique. De plus, le mouvement doit créer des unités d'autodéfense pour pouvoir se défendre contre les attaques de l'appareil de répression. En outre, ces comités devraient organiser des unités d'autodéfense pour lutter contre la répression d’état. Pour l'instant, les demandes centrales devraient être le retrait de toutes les mesures d'austérité. Pour lutter contre le chômage et la pauvreté, les militants devraient lancer un programme publique d'emploi sous le contrôle de l'UGTT et d'autres organisations de masse, financées par l'expropriation des super-riches tunisiens, dont beaucoup sont proches du clan Ben Ali. Les révolutionnaires doivent combiner ces exigences dans la perspective de se battre pour un authentique gouvernement ouvrier et populaire. Un tel gouvernement servirait exclusivement les intérêts des masses populaires et retirerait le pouvoir et la richesse des mains de la petite élite corrompue, des politiciens super-riches et des généraux de l'armée. Il exproprierait également les corporations impérialistes étrangères qui exploitent la Tunisie semi-coloniale.
6. Plus important encore, les révolutionnaires en Tunisie devraient travailler pour faire avancer la formation d'un parti révolutionnaire. Sans un tel parti, tout nouveau soulèvement populaire risque d'échouer comme le premier soulèvement après 2011. Un tel parti doit également faire partie du nouveau parti révolutionnaire mondial, puisque le capitalisme en Tunisie et la lutte des classes y sont étroitement liés aux relations avec le capitalisme international. Nous appelons les révolutionnaires à unir leurs forces sur la base d'un programme d'action révolutionnaire sans ambiguïté.

7. Le soulèvement spontané actuel est un événement crucial non seulement pour la classe ouvrière et opprimée en Tunisie mais aussi pour toute la région du Moyen-Orient. C'est une autre puissante confirmation de la thèse de la CCRI selon laquelle le processus révolutionnaire qui s'est ouvert dans le monde Arabe à la fin de 2010 se poursuit toujours. En fait, le renouveau de la lutte de libération palestinienne contre l'État sioniste (les manifestations d'Al-Aqsa l'été dernier et la manifestation régulière de Jérusalem depuis l'annonce de Trump), le récent soulèvement populaire en Iran, la lutte de libération du peuple syrien contre la dictature d'Assad et ses maîtres russes et iraniens, la juste guerre de défense du peuple yéménite contre l'invasion saoudienne ainsi que les récentes manifestations de masse militantes contre les hausses de prix sur la nourriture au Soudan - tout cela indique qu'une nouvelle phase de relance des luttes populaires  ont commencé dans toute la région du Moyen-Orient. La CCRI appelle tous les révolutionnaires à unir leurs forces pour réunir ces luttes en une seule Intifada dans tout le Moyen-Orient et se battre pour un programme socialiste de révolution permanente et le pouvoir de la classe ouvrière dirigé contre toutes les grandes puissances impérialistes (États-Unis, UE, Russie, Chine, Japon) ainsi que les régimes bourgeois locaux!
Pour notre analyse de la lutte des classes en Tunisie ainsi que de la Révolution arabe, nous renvoyons les lecteurs à la section correspondante de notre site web: https://www.thecommunists.net/worldwide/africa-and-middle-east/