Declaração
da Corrente Comunista Revolucionária (seção brasileira da Tendência
Internacional Comunista Revolucionária), 31 de maio de 2020,
English version:
Torcedores
de vários times de futebol, juntamente com ativistas antifascistas e vários
movimentos sociais saíram às ruas em defesa da democracia no último domingo, 31
de maio. Os atos militantes ocorreram em pelo menos cinco capitais: São Paulo,
Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Curitiba.
Em São
Paulo, o ato reuniu cerca de 2.000 pessoas na Avenida Paulista. Papel de
destaque teve o setor antifascista do clube popular "Corinthians
Paulista", incluindo torcedores de outras equipes rivais, bem como
militantes de movimentos sociais.
Durante a
manifestação, pode-se ouvir repetidamente os gritos "Democracia!"
e "eu não sou otário, onde está a meia dúzia que defende Bolsonaro
?!" (veja o vídeo abaixo) afugentando no primeiro momento os bolsonaristas
que até então ocupavam a avenida Paulista todos os domingos pedindo o retorno
da ditadura militar.
Mas como
sempre acontece quando a polícia militar controlada pelo governador de direita
João Dória-PSDB chega, manifestantes antifascistas sofreram uma forte repressão
policial, enquanto protegiam os provocadores neofascistas. Também chamou a
atenção a presença de uma bandeira do grupo de extrema-direita e
ultranacionalista da Ucrânia chamado Pravyy Sektor entre os militantes
de extrema-direita brasileiros. Dias antes de uma conhecida ativista de
extrema-direita, Sara Winter, fazer um discurso no qual afirmou que "devemos
ucranizar o Brasil!"
O que é
evidente com essas manifestações populares antifascistas espontâneas é que elas
não estão sendo convocadas pelos principais partidos de esquerda. Elas estão sendo
organizadas por organizações voluntárias dos setores populares, da juventude,
especialmente das periferias, dizendo, Basta !! Basta de governo Bolsonaro e tudo o que ele representa,
basta de violência policial, ao racismo
e aos crescentes ataques às suas condições de vida. E a grande "pergunta
não respondida" é: onde estão as lideranças dos partidos progressistas e
movimentos sociais? Estão esperando pelo quê?
* Pela
anulação do artigo 142 da Constituição!
*
Construir a greve geral política!
* Cancelar
todas as medidas de austeridade, como reforma da previdência e a reforma trabalhista!
*
Convocar assembléias populares em sindicatos, nos locais de trabalho e bairros!
* Pela
formação imediata de uma ampla frente única a de todas as organizações de massa
da classe trabalhadora e oprimida (PT, PCdoB, PSOL, PCO, CUT, MST, MTST, etc.)
para organizar uma resistência de massa!
* Por
uma Assembléia Constituinte Revolucionária!
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