terça-feira, 2 de junho de 2020

TORCEDORES DE FUTEBOL ORGANIZAM MANIFESTAÇÕES ANTI-FASCISTAS


Declaração da Corrente Comunista Revolucionária (seção brasileira da Tendência Internacional Comunista Revolucionária), 31 de maio de 2020, 

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Torcedores de vários times de futebol, juntamente com ativistas antifascistas e vários movimentos sociais saíram às ruas em defesa da democracia no último domingo, 31 de maio. Os atos militantes ocorreram em pelo menos cinco capitais: São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Curitiba.

Em São Paulo, o ato reuniu cerca de 2.000 pessoas na Avenida Paulista. Papel de destaque teve o setor antifascista do clube popular "Corinthians Paulista", incluindo torcedores de outras equipes rivais, bem como militantes de movimentos sociais.

Durante a manifestação, pode-se ouvir repetidamente os gritos "Democracia!" e "eu não sou otário, onde está a meia dúzia que defende Bolsonaro ?!" (veja o vídeo abaixo) afugentando no primeiro momento os bolsonaristas que até então ocupavam a avenida Paulista todos os domingos pedindo o retorno da ditadura militar.

Mas como sempre acontece quando a polícia militar controlada pelo governador de direita João Dória-PSDB chega, manifestantes antifascistas sofreram uma forte repressão policial, enquanto protegiam os provocadores neofascistas. Também chamou a atenção a presença de uma bandeira do grupo de extrema-direita e ultranacionalista da Ucrânia chamado Pravyy Sektor entre os militantes de extrema-direita brasileiros. Dias antes de uma conhecida ativista de extrema-direita, Sara Winter, fazer um discurso no qual afirmou que "devemos ucranizar o Brasil!"

O que é evidente com essas manifestações populares antifascistas espontâneas é que elas não estão sendo convocadas pelos principais partidos de esquerda. Elas estão sendo organizadas por organizações voluntárias dos setores populares, da juventude, especialmente das periferias, dizendo, Basta !! Basta de  governo Bolsonaro e tudo o que ele representa,  basta de violência policial, ao racismo e aos crescentes ataques às suas condições de vida. E a grande "pergunta não respondida" é: onde estão as lideranças dos partidos progressistas e movimentos sociais? Estão esperando pelo quê?

* Pela anulação do artigo 142 da Constituição!

* Construir a greve  geral política!

* Cancelar todas as medidas de austeridade, como reforma da previdência e  a reforma trabalhista!

* Convocar assembléias populares em sindicatos, nos  locais de trabalho e bairros!

* Pela formação imediata de uma ampla frente única a de todas as organizações de massa da classe trabalhadora e oprimida (PT, PCdoB, PSOL, PCO, CUT, MST, MTST, etc.) para organizar uma resistência de massa!

* Por uma Assembléia Constituinte Revolucionária!

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