segunda-feira, 20 de maio de 2019

1,5 MILHÃO DE MANIFESTANTES RESISTEM AOS ATAQUES DO GOVERNO BOLSONARO



 


Declaração de Corrente Comunista Revolucionária, seção brasileira da CCRI, 20 de maio de 2019

No dia 30 de abril deste ano, o presidente Bolsonaro através do Ministério da Educação anunciou um corte de 30% do orçamento das universidades federais. O governo declarou que dinheiro retirado das universidades federais seria investido na educação básica. Para justificar o corte Bolsonaro afirmou  que “a educação no Brasil é como uma casa com um excelente telhado e paredes podres”. Obviamente, com exceção dos fanáticos seguidores de Bolsonaro, ninguém acreditou que haveria qualquer vantagem em retirar dinheiro das universidades públicas e muito menos que essas verbas seriam enviadas ao ensino básico. Na verdade, trata-se de um profundo ataque à educação como um todo. O movimento de resistência não precisou de muito tempo para se organizar. A convocação dos movimentos estudantis da  data de 15 de maio  para uma greve geral da educação contra o corte de 30% se somou à greve geral dos educadores contra a reforma da previdência anteriormente marcada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação-CNTE.
Como foi o movimento dos alunos e educadores de 15 de maio-15M
O dia 15 de maio, que devido ao seu sucesso recebeu o apelido de  15M,  foi marcado por verdadeiras manifestações de massas em todo o país. Levantamentos de órgãos de imprensa dão conta que ocorreram protestos e paralisações em ao menos 220 cidades dos 26 estados e na Capital Federal, reunindo não só estudantes, mas professores, outros profissionais da educação, pais de alunos, e diversas outras categorias. Seguramente,  pouco mais de 1,5 milhão de pessoas foram às ruas naquele dia. Atenderam ao ato  não só os funcionários públicos da educação, mas também a  adesão de um setor significativo de alunos e professores de escolas particulares,  sem dúvida uma demonstração de que um importante setor de classe média não só apoiou como compareceu ao movimento. Essa mobilização também ganhou enorme simpatia da classe operária e da população. O movimento também contou com representantes de outros setores de trabalhadores, que chegaram a paralisar parcialmente em apoio à luta e a participar dos atos,  tais como metalúrgicos, petroleiros e os metroviários em São Paulo.
Quando nos EUA Bolsonaro foi questionado sobre a greve sua resposta foi chamar os manifestantes de “imbecis” e “idiotas úteis”.  Porém isso só serviu para que muito mais milhares de pessoas atendessem ao ato.
Continuar a resistência e   construir a Greve Geral
Esse 15 de maio mostrou que o movimento de massas pode e deve derrotar os ataques do governo. Essa grande mobilização que contou  com 1,5 milhão  de manifestantes deve ser o grande preparatório da greve geral já convocada para o próximo dia 14 de junho. Porém, o que deveria ser uma luta contra à reforma da previdência deve-se somar a defesa da educação e o cancelamento de todas as medidas econômicas ultraliberais dos governos Temer e Bolsonaro. O 15M  provou que a nossa luta é possível.










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