segunda-feira, 16 de setembro de 2013

MOVIMENTO UNIFICADO DE OPOSIÇÃO CLASSISTA-SINPEEM


Formamos  o  Movimento Unificado de Oposição Classista. Os  20  dias de  greve no SINPEEM  (Sindicato dos Educadores do Município de SP) foram decisivos para que no uníssemos num bloco em que não estamos na direção da Sinpeem nem a chamada majoritária ( Claudio Fonseca e Cia) nem no chamado grupo da direção minoritário ( Aqueles em  que mesmo em sendo parte da direção fazem discurso de oposição-PSOL-PSTU, etc)).
Em anexo as nossas propostas para a categoria no que concerne aos ataques do governo Haddad-PT e a reforma educacional. Ao mesmo tempo formulamos a necessidade de termos bem claro qual o NOSSO próprio projeto.


POR UM PROJETO PEDAGÓGICO ORGANIZADO PELOS TRABALHADORES! FORA A MAQUIAGEM DO GOVERNO COM A “REESTRUTURAÇÃO CURRICULAR!”
Nota do Movimento Unificado de Oposição Classista. Nosso movimento é uma frente em construção que agrupa diversos setores de oposição e da base que trabalham pela unificação de toda a c ategoria e da oposição de verdade, que não integram as burocracias dirigentes do SIMPEEM e da APEOESP
Após descumprir os acordos firmados com o movimento de greve e demonstrar seu total descaso frente às precárias condições de trabalho as quais são submetidos os profissionais de educação, o governo Haddad, apresenta como uma “tábua de salvação” em um oceano caótico, uma proposta obscurantista, que veste trajes de inovação que fedem a naftalina, e onde a única coisa clara é responsabilidade imputada aos professores pelo fracasso da Educação pública municipal.
Tal proposta é mais um duro ataque de um governo que já demonstrou que não medirá esforços para desmoralizar os educadores frente à população. Finge atender os clamores por uma melhoria da educação, com uma proposta sem coerência pedagógica ou prática, que retira ainda mais direitos dos trabalhadores.
Podemos destacar alguns pontos de tal proposta que melhor esclarecem o populismo demagógico presentes nela:
O retorno das notas no lugar de conceitos não é nada além de trocar os termômetros, sem ao menos tocar nas reais causas da enfermidade que acomete a educação. A reprovação vista por alguns como um retorno da “autoridade” dos professores, não passa de um truque ilusionista que tem por objetivo eximir a prefeitura de qualquer responsabilidade pelo não aprendizado dos alunos que vão arrastando as defasagens de aprendizagem através dos anos sejam eles divididos em dois ou três ciclos.
Por trás das cortinas desse espetáculo podemos desvelar a realidade da velha burocracia que cai nos nossos ombros e impede que seja de fato efetivada. Isso sem falar da inconsistência teórica de tal procedimento e sua incoerência com o próprio documento.
A manutenção do número de alunos por sala que notadamente inviabiliza qualquer ação didática que busque uma educação efetiva. No Fundamental II temos salas com até 35 alunos incluindo alunos com Necessidades Especiais. As salas de 1º ano já estão sendo formadas com até 30 alunos por sala! Note-se que os alunos entram com seis anos incompletos!
A indução de currículo pelas avaliações externas que são atreladas ao PDE; e também presente na “sugestão” de avaliações, aulas, projetos que serão disponibilizados no portal da prefeitura e nos cadernos interdisciplinares. Sabemos que na prática tais mecanismos nos encaminham para um currículo único que tem por finalidade o treinamento dos alunos para um conhecimento funcional e a melhora dos índices do IDEB, o que não corresponde a uma melhora real das condições de ensino e aprendizagem e classifica os professores como incapazes tanto de produzir, quanto de facilitar o conhecimento.
Essas mudanças cosméticas não levarão a nenhuma melhoria na educação na cidade de São Paulo. Muito pelo contrário, o cenário desenhado com o de Projeto de Reestruturação Curricular, bem como o Mais Educação e o Mais Cultura do ministério da Educação, elaborado quando o senhor Haddad era ministro, é mais privatização, mais terceirização, precarização do trabalho eEnquanto isto, o governo não diz como ficará a JEIF, a lotação e o acúmulo de cargos para os professores do FUND II com a implantação do ensino de nove anos. Da mesma forma até hoje não diz quando vais suspender a portaria que implantou as salas mistas da aprendizagem para os nossos alunos, e mais adoecimento dos professores.
Enquanto isto, o governo não diz como ficará a JEIF, a lotação e o acúmulo de cargos para os professores do FUND II com a implantação do ensino de nove anos. Da mesma forma até hoje não diz quando vais suspender a portaria que implantou as salas mistas e, pior, em seu lugar, aprofunda essa ação através da proposta de criar as CEMEIs o que possibilita crianças de 0 a 5 anos estudem juntas na mesma sala. Para atender a demanda, a prefeitura de forma intencional, desconsidera o trabalho pedagógico conquistado pelas profissionais em educação ao longo de vários anos de luta.
Para desviar a atenção das verdadeiras intenções, o governo criou a tal “Consulta pública”, com claro interesse de se legitimar perante a população e os professores, com isto justificará os ataques sobre a categoria, justificando que é dela a culpa pelo fracasso escolar, já que o projeto oferece melhores condições para aprendizagem.
Nenhum crédito ao Projeto de Reestruturação Curricular. A diretoria do Sinpeem não pode negociar acordos com este governo que não cumpre o que foi assinado!
DEFENDEMOS:
Por um Projeto Pedagógico construído pelos trabalhadores em educação, conjuntamente com a comunidade!
Pela rejeição na íntegra do projeto populista, eleitoreiro e privatista!
Pelo cumprimento do acordo das duas referências. Aplicação automática!
Pelo direito das duas referências para os aposentados!
Pelo fim da portaria das salas mistas nos CEIs e EMEIs!
Pela redução do número de alunos em sala para garantir a aprendizagem!
Pela garantia da JEIF para todos que optarem por essa jornada!
Campanha na mídia denunciando o projeto

Cartazes nas escolas para desmascarar o projeto!

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