Formamos
o Movimento Unificado de Oposição Classista. Os 20 dias de greve no SINPEEM (Sindicato dos Educadores do Município de SP) foram decisivos para que no
uníssemos num bloco em que não estamos na direção da Sinpeem nem a
chamada majoritária ( Claudio Fonseca e Cia) nem no chamado grupo da
direção minoritário ( Aqueles em que mesmo em sendo parte da direção
fazem discurso de oposição-PSOL-PSTU, etc)).
Em anexo as nossas propostas para a categoria no que concerne aos
ataques do governo Haddad-PT e a reforma educacional. Ao mesmo tempo
formulamos a necessidade de termos bem claro qual o NOSSO próprio
projeto.
POR UM PROJETO
PEDAGÓGICO ORGANIZADO PELOS TRABALHADORES! FORA A MAQUIAGEM DO GOVERNO COM A
“REESTRUTURAÇÃO CURRICULAR!”
Nota do Movimento Unificado de Oposição Classista. Nosso
movimento é uma frente em construção que agrupa diversos setores de oposição e
da base que trabalham pela unificação de toda a c ategoria e da oposição de
verdade, que não integram as burocracias dirigentes do SIMPEEM e da APEOESP
Após descumprir os acordos firmados com o movimento de greve
e demonstrar seu total descaso frente às precárias condições de trabalho as
quais são submetidos os profissionais de educação, o governo Haddad, apresenta
como uma “tábua de salvação” em um oceano caótico, uma proposta obscurantista,
que veste trajes de inovação que fedem a naftalina, e onde a única coisa clara
é responsabilidade imputada aos professores pelo fracasso da Educação pública
municipal.
Tal proposta é mais um duro ataque de um governo que já
demonstrou que não medirá esforços para desmoralizar os educadores frente à
população. Finge atender os clamores por uma melhoria da educação, com uma
proposta sem coerência pedagógica ou prática, que retira ainda mais direitos
dos trabalhadores.
Podemos destacar alguns pontos de tal proposta que melhor
esclarecem o populismo demagógico presentes nela:
O retorno das notas no lugar de conceitos não é nada além de
trocar os termômetros, sem ao menos tocar nas reais causas da enfermidade que
acomete a educação. A reprovação vista por alguns como um retorno da
“autoridade” dos professores, não passa de um truque ilusionista que tem por
objetivo eximir a prefeitura de qualquer responsabilidade pelo não aprendizado
dos alunos que vão arrastando as defasagens de aprendizagem através dos anos
sejam eles divididos em dois ou três ciclos.
Por trás das cortinas desse espetáculo podemos desvelar a
realidade da velha burocracia que cai nos nossos ombros e impede que seja de
fato efetivada. Isso sem falar da inconsistência teórica de tal procedimento e
sua incoerência com o próprio documento.
A manutenção do número de alunos por sala que notadamente
inviabiliza qualquer ação didática que busque uma educação efetiva. No
Fundamental II temos salas com até 35 alunos incluindo alunos com Necessidades
Especiais. As salas de 1º ano já estão sendo formadas com até 30 alunos por
sala! Note-se que os alunos entram com seis anos incompletos!
A indução de currículo pelas avaliações externas que são
atreladas ao PDE; e também presente na “sugestão” de avaliações, aulas,
projetos que serão disponibilizados no portal da prefeitura e nos cadernos
interdisciplinares. Sabemos que na prática tais mecanismos nos encaminham para
um currículo único que tem por finalidade o treinamento dos alunos para um
conhecimento funcional e a melhora dos índices do IDEB, o que não corresponde a
uma melhora real das condições de ensino e aprendizagem e classifica os
professores como incapazes tanto de produzir, quanto de facilitar o
conhecimento.
Essas mudanças cosméticas não levarão a nenhuma melhoria na
educação na cidade de São Paulo. Muito pelo contrário, o cenário desenhado com
o de Projeto de Reestruturação Curricular, bem como o Mais Educação e o Mais
Cultura do ministério da Educação, elaborado quando o senhor Haddad era ministro,
é mais privatização, mais terceirização, precarização do trabalho eEnquanto
isto, o governo não diz como ficará a JEIF, a lotação e o acúmulo de cargos
para os professores do FUND II com a implantação do ensino de nove anos. Da
mesma forma até hoje não diz quando vais suspender a portaria que implantou as
salas mistas da aprendizagem para os nossos alunos, e mais adoecimento dos
professores.
Enquanto isto, o governo não diz como ficará a JEIF, a
lotação e o acúmulo de cargos para os professores do FUND II com a implantação
do ensino de nove anos. Da mesma forma até hoje não diz quando vais suspender a
portaria que implantou as salas mistas e, pior, em seu lugar, aprofunda essa
ação através da proposta de criar as CEMEIs o que possibilita crianças de 0 a 5
anos estudem juntas na mesma sala. Para atender a demanda, a prefeitura de
forma intencional, desconsidera o trabalho pedagógico conquistado pelas
profissionais em educação ao longo de vários anos de luta.
Para desviar a atenção das verdadeiras intenções, o governo
criou a tal “Consulta pública”, com claro interesse de se legitimar perante a
população e os professores, com isto justificará os ataques sobre a categoria,
justificando que é dela a culpa pelo fracasso escolar, já que o projeto oferece
melhores condições para aprendizagem.
Nenhum crédito ao Projeto de Reestruturação Curricular. A
diretoria do Sinpeem não pode negociar acordos com este governo que não cumpre
o que foi assinado!
DEFENDEMOS:
Por um Projeto
Pedagógico construído pelos trabalhadores em educação, conjuntamente com a
comunidade!
Pela rejeição na
íntegra do projeto populista, eleitoreiro e privatista!
Pelo cumprimento do
acordo das duas referências. Aplicação automática!
Pelo direito das duas
referências para os aposentados!
Pelo fim da portaria
das salas mistas nos CEIs e EMEIs!
Pela redução do número
de alunos em sala para garantir a aprendizagem!
Pela garantia da JEIF
para todos que optarem por essa jornada!
Campanha na mídia
denunciando o projeto
Cartazes nas escolas
para desmascarar o projeto!
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