sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A GREVE NACIONAL DOS TRABALHADORES DO SETOR BANCÁRIO-PÚBLICO E PRIVADO






  A greve nacional por tempo indeterminado dos bancários começou dia 19/09/ e o site da CUT informa que a paralisação conseguiu fechar pelo menos 6.145 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em quase todo o território nacional incluída a capital do país, o Distrito Federal. Um crescimento de 19,73% comparado com a greve do ano passado. Os bancários reivindicam 11,93% de reajuste, valorização do piso salarial, PLR maior, mais empregos e fim da rotatividade (em 2012 cerca de 11.000 bancários foram demitidos) e das terceirizações, melhores condições de saúde e trabalho, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades.

 A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) representa cerca de 95% dos 490 mil bancários do país.

 A forte adesão à paralisação, inclusive nos bancos privados, mostra a indignação da categoria com a recusa dos banqueiros em atender as reivindicações, ao propor apenas 6,1% de reajuste, “enquanto os altos executivos chegam a receber até R$ 10 milhões por ano”, conforme declarou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

 A imprensa nos últimos meses tem informado que seis maiores bancos tiveram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre, uma rentabilidade considerada das maiores do sistema financeiro internacional. O Banco do Brasil obteve neste primeiro semestre, um lucro de mais de R$ 10 bilhões, a Caixa Econômica Federal lucrou R$ 3,1 bilhões no mesmo período, 10,3% a mais do que no ano passado. Os bancos privados Itaú e Bradesco também obtiveram lucros significativos.
Mesmo com esse números mostrando  exorbitantes lucros, os bancos continuam fechando postos de trabalho e piorando as condições de trabalho. Haja vista as metas abusivas e o assédio moral, e isso tem provocado uma verdadeira epidemia de adoecimentos na categoria. Além disso, tem crescido o número de assaltos, sequestros e mortes. Grupos de bandidos têm sequestrado os gerentes ou suas famílias para que eles abram os cofres das agências. Porém os patrões se recusam a discutir esses problemas.
A burocracia dirigente  sindical da CONTRAF/CUT, aliada do governo, amortece e controla as reivindicações, pois apresenta um índice rebaixado  de 11,93%, sendo que as perdas salariais dos trabalhadores do setor nos último anos dos bancos privados ultrapassam os 20% e nos estatais, os 80%. Dessa forma a CONTRAF/CUT ajuda o governo federal de Dilma Rousseff do PT a arrochar os salários.
A forte adesão à greve é a oportunidade da categoria em RECHAÇAR A reivindicação rebaixada de 11,93%., E EXIGIR a reposição de todas as perdas salariais. Para isso tem que enfrentar não somente os patrões do setor privado e público, como as suas próprias direções sindicais reformistas fortemente ligadas ao governo federal-PT.

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