A greve nacional por tempo
indeterminado dos bancários começou dia 19/09/ e o site da CUT informa que a
paralisação conseguiu fechar pelo menos 6.145 agências e centros
administrativos de bancos públicos e privados em quase todo o território
nacional incluída a capital do país, o Distrito Federal. Um crescimento de
19,73% comparado com a greve do ano passado. Os bancários reivindicam 11,93% de
reajuste, valorização do piso salarial, PLR maior, mais empregos e fim da
rotatividade (em 2012 cerca de 11.000 bancários foram demitidos) e das
terceirizações, melhores condições de saúde e trabalho, mais segurança nas
agências e igualdade de oportunidades.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf-CUT) representa cerca de 95% dos 490 mil bancários do país.
A forte adesão à paralisação, inclusive nos bancos privados, mostra a
indignação da categoria com a recusa dos banqueiros em atender as reivindicações,
ao propor apenas 6,1% de reajuste, “enquanto os altos executivos chegam a
receber até R$ 10 milhões por ano”, conforme declarou Carlos Cordeiro,
presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.
A imprensa nos últimos meses tem informado que seis maiores bancos
tiveram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre, uma rentabilidade
considerada das maiores do sistema financeiro internacional. O Banco do Brasil
obteve neste primeiro semestre, um lucro de mais de R$ 10 bilhões, a Caixa
Econômica Federal lucrou R$ 3,1 bilhões no mesmo período, 10,3% a mais do que
no ano passado. Os bancos privados Itaú e Bradesco também obtiveram lucros
significativos.
Mesmo com esse números mostrando exorbitantes lucros, os bancos continuam
fechando postos de trabalho e piorando as condições de trabalho. Haja vista as
metas abusivas e o assédio moral, e isso tem provocado uma verdadeira epidemia
de adoecimentos na categoria. Além disso, tem crescido o número de assaltos,
sequestros e mortes. Grupos de bandidos têm sequestrado os gerentes ou suas famílias
para que eles abram os cofres das agências. Porém os patrões se recusam a
discutir esses problemas.
A burocracia dirigente sindical da CONTRAF/CUT, aliada do governo, amortece e
controla as reivindicações, pois apresenta um índice rebaixado de 11,93%, sendo que as
perdas salariais dos trabalhadores do setor nos último anos dos bancos privados
ultrapassam os 20% e nos estatais, os 80%. Dessa forma a CONTRAF/CUT ajuda o
governo federal de Dilma Rousseff do PT a arrochar os salários.
A forte adesão à greve é a oportunidade da categoria em RECHAÇAR A reivindicação rebaixada de 11,93%., E EXIGIR a reposição de todas as perdas
salariais. Para isso tem que enfrentar não somente os patrões do setor privado
e público, como as suas próprias direções sindicais reformistas fortemente
ligadas ao governo federal-PT.
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