Organizar a autodefesa da classe trabalhadora diante dos ataques armados do bolsonarismo e das forças de repressão.
Na noite do último sábado, 9 de julho, um dirigente do PT da cidade de Foz do Iguaçu, Estado do Paraná, Marcelo de Arruda, foi assassinado a tiros por um militante bolsonarista, Jorge José da Rocha Guaranho. Marcelo. Em 2020, Marcelo foi candidato a vice-prefeito pelo partido em 2020. Ele e sua família estavam a comemorar seu aniversário de 50 anos quando o policial penitenciário, José da Rocha Guaranho, invadiu a festa disparando contra todos os presentes, gritando “aqui é Bolsonaro” e que “mataria todos os militantes petistas”.
Marcelo, que faz parte da Guarda Civil da cidade, revidou os disparos do agressor e, num ato de legítima defesa, chegou a atingi-lo. O agressor também policial se encontra hospitalizado. Infelizmente, Marcelo de Arruda não resistiu aos três tiros que o atingiram e acabou falecendo.
Esse ataque irracional à uma festa de aniversário, pelo simples fato da vítima ser um militante do Partido dos Trabalhadores é um evidente ataque armado com motivações políticas. Um ataque que, longe de ser um ato meramente individual e isolado, segue o discurso extrema direita incentivado pelo presidente Jair Bolsonaro contra qualquer adversário político, e às liberdades democráticas.
A CCR, seção brasileira da Corrente Comunista Revolucionária Internacional (CCRI/RCIT) se solidariza com a família e amigos de Marcelo e com a militância do PT, e exige punição exemplar para o assassino provocador bolsonarista.
Nossa resposta: Autodefesa dos trabalhadores contra os ataques da ultradireita e tentativa de autogolpe
O assassinato de Marcelo é reflexo da tentativa de Bolsonaro e da ultradireita de instalarem um clima de intimidação diante da proximidade das eleições, num momento em que o ex-presidente Lula da Silva está amplamente à frente nas pesquisas de intenções de votos. Tal assassinato segue a onda de violência e ataques políticos como o ataque a drone contra um ato com Lula na cidade de Uberlândia, e a bomba caseira lançada contra militantes petistas no últiomo dia 7 numa manifestação n no centro do Rio de Janeiro.
Acuado e desesperado, vendo-se cada vez mais próximo da possibilidade de uma derrota eleitoral, Bolsonaro incentiva sua militância para ataques como o que estamos vendo nos últimos dias. Bolsonaro vem provocando sua base milícias de extrema direita, sua base mais radicalizada. Entre outras afirmações, há pouco mais de uma semana, Bolsonaro fez uma live com mensagens explícitas a seus milhares de seguidores ameaçando não reconhecer o resultado das eleições. “Vocês sabem como devem se preparar, não para um novo Capitólio, ninguém quer invadir nada, nós sabemos o que temos que fazer antes das eleições”, ordenou Bolsonaro.
Por mais que diga que não quer um “Capitólio”, é cada vez mais evidente que é exatamente isso que Bolsonaro quer. Exatamente Trump, Bolsonaro vem estimulando o conflito com o objetivo de armar uma confusão generalizada e, junto à sua cúpula militar mais próxima, tentar impor uma espécie de auto-golpe bonapartista.
Não podemos aceitar mais ataques a ativistas e ameaças de autogolpe. Também não podemos depositar nossa confiança de que as instituições desse regime burguê (Suprema Corte, Parlamento, etc) vão resguardar as liberdades democráticas diante da ofensiva da ultradireita.
É preciso avançar na mobilização, organização e autodefesa da classe trabalhadora. Tanto para defender os ativistas diante das milícias bolsonaristas dos ataques da ultradireita, como diante da ameaça de auto-golpe bonapartista.
Além de tudo é preciso construir uma verdadeira alternativa revolucionária para os trabalhadores.
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