sexta-feira, 24 de julho de 2020

DERROTAR AS GANGUES PARAMILITARES DE TRUMP!

Derrotar as gangues paramilitares de Trump!

Por uma greve geral e comitês de autodefesa para defender a revolta popular nos EUA!


Declaração da Corrente Comunista Revolucionária Internacional  (CCRI/RCIT), 24 de julho de 2020,
www.thecommunists.net


1. Desde mais de uma semana, a administração do presidente Trump está mobilizando centenas de agentes federais contra manifestantes em Portland. Vestidos com camuflagem e equipamento tático, essas gangues paramilitares tomaram as ruas em vans sem identificação, apreendendo e detendo manifestantes e atirando gás lacrimogêneo. Eles atacam manifestantes todas as noites os quais continuam firmes em seus protestos contra o racismo e a violência policial. Ontem, esses agentes federais atingiram até Ted Wheeler, o prefeito da cidade, com gás lacrimogêneo. Em 20 de julho, Trump ameaçou ações semelhantes em Nova York, Chicago, Filadélfia, Detroit, Baltimore, Oakland e outras cidades.

2. Não deve haver dúvida: esta é uma cínica tentativa  de iniciar uma guerra civil à partir de cima. Trump, representando os setores mais reacionários da classe dominante, declarou abertamente desde o início que quer "dominar as ruas", ou seja, esmagar a revolta popular com força bruta. No entanto, seu plano de enviar o exército contra as manifestações em massa falhou, pois o Pentágono, como a maioria da classe dominante, considera tal guerra civil  à partir de cima como muito arriscada atualmente. Agora, Trump espera alcançar o mesmo objetivo com as forças do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos  leais a ele.

3. Os últimos acontecimentos mostram que a revolta popular espontânea, que começou no final de maio após a morte de George Floyd pela polícia, continua a moldar a situação política nos EUA. Embora essa insurreição tenha recuado em muitas partes do país nas últimas semanas, ela continua a dominar a opinião pública como tem se refletido na remoção de estátuas de figuras racistas e da bandeira confederada, bem como outras ações simbólicas.


4. Como a Corrente Comunista Revolucionária Internacional  (CCRI/RCIT) explicou em outras declarações, esta insurreição popular espontânea representa não apenas a luta de classes mais importante nos EUA desde pelo menos meio século. É também um grande evento político global, pois provocou uma onda internacional de mobilizações em massa contra o racismo e a violência policial. Esses protestos em massa são particularmente impressionantes desde que começaram em violação direta das reacionárias regras de quarentena  impostas pelos governos capitalistas em todo o mundo sob a cobertura da pandemia COVID-19. Assim, essa onda global de protestos em massa quebrou o  contra-revolucionário estado de sítio – um ataque antidemocrático da classe dominante que tinha sido vergonhosamente apoiado por numerosos partidos e grupos chamados de "esquerda" (A Esquerda da Quarentena).


5. É evidente que Trump implanta essas gangues paramilitares em uma tentativa desesperada de salvar sua condenada presidência. Ele é odiado e desprezado pelas massas populares – particularmente nas grandes cidades. Este idiota ultrarreacionário quase não tem chance de vencer as eleições presidenciais em novembro. O mesmo vale para seu Partido Republicano, que também provavelmente sofrerá pesadas perdas  nas próximas eleições para o Congresso. Assim, a Administração espera provocar condições semelhantes à uma guerra civil, a fim de manipular ou atrasar as eleições. Esta ofensiva contra-volucionária se assemelha à notória "estratégia de tensões" implantada pelas forças ultrarreacionárias e fascistas na Itália no início da década de 1970.

6. Este acontecimento não é uma surpresa para os marxistas. A CCRI/RCIT já advertiu em uma declaração em 2 de junho contra essa "guerra civil de cima". Explicamos: "Trump considera, não sem razão, que um golpe de estado policial-militar pode ser a única chance de permanecer no poder devido à depressão econômica, o desemprego em massa e seu manuseio incompetente e imprudente da pandemia COVID-19 (bem como de muitas outras questões). Em suma, incendiar o país pode ser sua única chance de sobreviver politicamente e esta versão moderna do insano Imperador Nero pode estar determinada a seguir em frente." (Estados Unidos: Uma contra-evolução sangrenta está se aproximando?,
https://www.thecommunists.net/worldwide/north-america/is-a-bloody-counterrevolution-looming-in-the-us/)

7. No entanto, como também enfatizamos naquele momento, a provocação de Trump pode facilmente sair pela culatra. O brutal envio de suas gangues paramilitares já provocou um clamor popular. A participação nas manifestações em Portland aumenta a cada noite. Centenas de mulheres formam uma impressionante "parede das mães" para proteger os manifestantes contra os agentes federais. Sob tal pressão, até prefeitos e outros políticos do Partido Democrata se manifestam contra à presença desses bandidos de uniforme. Se Trump continuar sua guerra civil à partir de cima, isso pode provocar um novo aumento em grande escala da insurreição popular e pode até resultar na abertura de uma situação revolucionária.

8. À  CCRI/RCIT repete que é urgente que os ativistas organizem a resistência. Para derrotar Trump, não se deve esperar pelas eleições de novembro. Não se sabe em que condições tal eleição ocorrerá. E de qualquer forma, Joe Biden do Partido Democrata é apenas mais um candidato bilionário que não merece o apoio de trabalhadores progressistas e jovens. Não, Trump deve ser derrotado nas ruas! Os trabalhadores e os jovens devem se esforçar para derrubar Trump por uma revolta popular. Os próximos passos para isso devem ser, em nossa opinião:

a) Organização de assembleias populares e formação de comitês de atuação em locais de trabalho, bairros, escolas e universidades. Tais comitês devem decidir sobre as reivindicações e os tipos de ações. Eles também precisam eleger delegados para que possa haver uma coordenação regional e nacional.


b) Construção de comitês armados de autodefesa a fim de defender as comunidades contra o chamado inimigo em azul ( cor do uniforme dos policiais) e expulsar a polícia o máximo possível das comunidades.


c) Organização de uma greve geral. A greve nacional dos trabalhadores em 20 de julho ("Greve pelas Vidas Negras") com dezenas de milhares protestando em mais de duas dúzias de cidades dos EUA contra o racismo e a desigualdade econômica foi um impressionante primeiro passo.


9. Os ativistas do movimento de massa devem trabalhar tendo em vista esses objetivos. Embora não devam ter ilusões nas concepções reformistas das lideranças de várias organizações comunitárias e populares, os sindicatos, a DSA etc., eles devem exigir dessas forças o apoio a tais ações. Ao mesmo tempo, ativistas revolucionários precisam trabalhar sob sua bandeira independente sem subordinar-se politicamente a tais lideranças reformistas.


10. Fazemos um chamado a revolucionários nos EUA e globalmente para unir forças com base em um programa de luta. Precisamos de um Partido Mundial Revolucionário que lute pela derrubada do sistema de exploração capitalista que é a base do racismo e da violência policial. Tal partido deve estar livre de todas as tendências oportunistas entre a chamada esquerda, tal como o apoio ao bonapartismo estatal (como a política de quarentena obrigatória) e o apoio reacionário a quaisquer Grandes Potências imperialistas (por exemplo, China, Rússia, UE). Camaradas, irmãos e irmãs, vamos dar as mãos para trabalhar em tais tarefas históricas! Juntem-se ao RCIT!


Secretariado     Internacional da RCIT


                                                                 * * * * *


A CCRI/RCIT publicou uma série de documentos sobre a revolta popular nos EUA que são compilados em uma sub-página especial em nosso site: (em Inglês)
https://www.thecommunists.net/worldwide/north-america/articles-on-uprising-after-murder-of-george-floyd/.

Em português:







Encaminhamos os leitores também à análise da RCIT sobre a crise do COVID-19. A partir de 2 de fevereiro, publicamos mais de 50 documentos – incluindo um novo livro – que são todos coletados em uma sub-página especial em nosso site: ( em Inglês)
https://www.thecommunists.net/worldwide/global/collection-of-articles-on-the-2019-corona-virus/.

Em Português:



terça-feira, 21 de julho de 2020

BARRAR O RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS NESTE ANO DE 2020.

CHAMADO A TODOS OS GRUPOS DE OPOSIÇÃO:  ORGANIZAR UMA PLENÁRIA DA EDUCAÇÃO PARA  CONSTRUIR  A GREVE NA CATEGORIA  PARA BARRAR O RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS NESTE ANO DE 2020.   

O prefeito Bruno Covas, seguindo a mesma cartilha de Bolsonaro e Dória para satisfazer os interesses do lucro dos empresários, quer reabrir as escolas, mesmo que isto signifique  a MORTE de estudantes, profissionais da educação e até mesmo familiares de grupo de risco.      
Isso pode ser constatado na pesquisa divulgada pela FAPESP no dia 03 de julho, na qual os paulistanos, que detêm menor renda, situados principalmente em regiões periféricas, apresentam uma taxa de prevalência de anticorpos contra o vírus Sars-Cov-2 de 16%, enquanto que as pessoas residentes nos distritos mais ricos da capital paulista apresentaram índice menor, de 6,5%. Como se vê, o espalhamento da Covid-19 entre a população mais pobre é 2,5 vezes maior do que entre os mais ricos, o que revela o cálculo sórdido por trás da proposta de retorno às aulas no dia 08 de setembro.
O governo prevê a chamada "imunidade de rebanho" (60% ou mais da população com anticorpos) até o fim de
agosto, à custa da morte da população mais pobre.  Para barrar esta estratégia de deixar morrer da necropolítica de Bruno Covas, fazemos um chamado a todos os grupos de oposição que atuam no Sinpeem, para organização de uma PLENÁRIA DA EDUCAÇÃO  no sentido de forçar a direção do nosso sindicato iniciar discussão e  mobilização da categoria para construção de um forte movimento grevista, que barre o retorno às aulas presenciais, neste ano 2020, sem nenhuma segurança sanitária.

Assinam:
Comitê de Base de Representantes de Escola;
Coletivo Educadores pelo Socialismo;
Vozes da Base
Corrente Comunista Revolucionária-CCR
Tendência Petista Articulação de Esquerda
Daniela Farias, EMEF Cyro Albuquerque, Campo Limpo
Gabriela Nery, EMEF Mauro Faccio Gonçalves - Zacaria.

Jomar Souza, Emef Brigadeiro Faria Lima 
Daura Camargo, Emef  Prof Aldo Ribeiro Luz            
Dennis Fernandes da Costa, Emef General Osório                                                                                                            Maria Cristina de Jesus Novaes - EMEF João Domingues Sampaio   
Claudete Souza dos Anjos- CEI Vila Brasilândia   
Janaina Aparecida Augusto- CEI Anita Garibaldi
Vitória Keiko Vassoler -EMEF Érico Veríssimo -DRE FÓ
Vilma Maria da Silva EMEI Doracil Dina Benício na DRE São Miguel

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Apesar das armadilhas da Burguesia mundial: o Despertar do Proletariado no Coração da Besta Imperialista



A revolução e a contra-revolução se enfrentam!

Declaração Conjunta do Coletivo Emancipação Proletaria    e da Corrente Comunista Revolucionária Internacional, 3 de julho de 2020, www.thecommunists.net

O assassinato brutal de George Floyd foi a gota d’água da opressão sofrida diariamente pelas massas exploradas nos Estados Unidos. O grito contra o racismo e a opressão se espalhou em todo o mundo porque a classe trabalhadora mundial vê suas reivindicações e dificuldades refletidas nas de seus irmãos e irmãs na classe trabalhadora americana. É que o assassinato de George Floyd abriu as portas para todos os setores das massas exploradas começarem a emergir como uma força de combate: os desempregados, os estivadores, os trabalhadores de diferentes fábricas explodindo em ataques em grande escala, etc. O que se revela é que o imperialismo mais rico do mundo não pode viver se não mergulhar seu próprio proletariado na miséria, como fez com todo o mundo semicolonial e colonial.

Apesar do estado de sítio e ao mesmo tempo  contra essas limitações que a burguesia impôs sob a cobertura do COVID-19, as massas dos Estados Unidos mostraram o caminho para toda a classe trabalhadora mundial sobre como combater nossos inimigos, como conquistar nossas demandas e levantar nossa voz. Eles queriam nos apagar da cena política, trancando-nos em nossas casas, incutindo medo para controlar as massas heróicas que em diferentes partes do mundo levantaram suas vozes exigindo seus direitos, como no Chile, França, Hong Kong, Equador, para dar apenas alguns exemplos. Esses fenômenos se desenvolveram sem as lideranças traiçoeiras, que a burguesia espremeu  ao máximo e demonstraram que estavam perdendo o controle sobre o movimento operário.

Hoje, em diferentes partes do mundo, como França, Grã-Bretanha, Bélgica, etc., as massas estão lutando nas ruas e apoiando lutas nos Estados Unidos. Isso reflete uma mudança dramática na situação mundial que pode até levar em um  futuro próximo, à abertura de uma situação mundial revolucionária. Isso mostra que o que começou é uma enorme luta internacional contra o sistema imperialista. As massas, em muitos países do mundo, identificaram o verdadeiro inimigo, que não é um vírus que vem dos morcegos, mas os estados burgueses que matam com balas, até mesmo com fome. O controle do imperialismo  estadunidense sobre as massas foi enfraquecido como resultado dos levantamentos revolucionários que combateram os processos de controle e manipulação que o imperialismo usava até agora. Exemplos disso são a queima da sede da AFL-CIO, a falta de confiança por parte dos setores avançados das massas com o Partido Democrata, etc.

Não há tempo a perder! Em Seattle, um setor das massas pegou seis quarteirões e fez uma lista de reivindicações progressistas que expressam o ódio dos explorados em relação ao estado, tais como a dissolução da polícia, os  comitês de trabalhadores e tribunais populares, etc. No entanto, o isolamento do movimento dentro de alguns quarteirões resultará apenas em um processo de desgaste. Ao mesmo tempo, dará à burguesia tempo para organizar suas forças reacionárias. Então hoje, na comuna de Seattle, devemos estabelecer a sede da Revolução Americana. É necessário organizar um congresso de todas as massas que lutem para derrubar o governo Trump e estabelecer um governo provisório revolucionário organizado pelas massas que em luta, ou seja, um governo operário e popular, baseado em assembleias de trabalhadores e milícias populares.

Os trabalhadores armados poderão formar milícias com seus próprios trabalhadores e avançarão para a dissolução das forças repressivas (a polícia, CIA, a guarda nacional) e, de uma vez por todas, varrerão o regime da REPUBLICRATA ( expressão que resume as semelhanças entre o Partido Republicano e o  Democrata). Somente governo operário e popular, baseado em assembleias de trabalhadores e milícias populares que  possa varrer o regime reacionário responsável pelos maiores genocídios do planeta, pode parar a fome, o desemprego e a falta de moradia no país mais rico e avançado do mundo. Somente esse tipo governo pode acabar com a opressão racista e capacitar todos os trabalhadores imigrantes, como os latinos, a ter os mesmos direitos que os trabalhadores nativos americanos.
"Com o fascismo não há discussão"

Funcionários graduados do governo dos EUA argumentam que a iniciativa com a qual Trump ameaça levar as forças armadas para as ruas seria insana. Não é porque se preocupam com a constituição, uma vez que as leis são respeitadas pelo imperialismo apenas na medida em que servem contra o proletariado. A realidade é que o imperialismo sabe que os soldados comuns podem recusar-se a reprimir e até insubordinar-se e unir-se ao campo das massas com suas armas. É por isso que setores da burguesia ianque mantêm gangues fascistas e movimentos supremacistas brancos atacando as mobilizações das massas combatentes. Hoje, esses grupos são pequenos, mas, com o passar do tempo, podem crescer, alimentando-se dos setores desesperados da classe média que desejam voltar à sua "ordem" anterior. Por essa razão, organizando as milícias dos trabalhadores subordinadas às organizações das massas combatentes, seremos capazes de esmagar e acabar de uma vez por todas com as gangues fascistas da KKK que assolam os Estados Unidos há mais de 100 anos.

Outro setor da burguesia americana tenta conter as massas, fazendo concessões limitadas tais como acusações legais contra alguns policiais assassinos, removendo estátuas de figuras racistas reacionárias na história do país, propondo algumas reformas policiais etc. Naturalmente, essas são apenas reformas falsas que confundirão e pacificarão as massas combatentes!

"Um povo que oprime outro não pode ser libertado"

Mas a luta contra o estado burguês dos Estados Unidos não é apenas uma luta do proletariado americano, mas dos explorados de todo o mundo, especialmente daqueles do mundo semi-colonial e colonial que são oprimidos e esmagados pelo exército ianque. Somente na Colômbia, os Estados Unidos têm 7 bases militares, tropas que controlam os poços de petróleo do Oriente Médio na Síria e no Iraque, o estado racista dos colonos sionistas de Israel que ocupam a Palestina, e assim por diante. Como país imperialista dominante, os Estados Unidos têm bases militares e intervenções armadas em todo o mundo. Há muito tempo, as massas dos países coloniais e semi-coloniais não tinham condições tão favoráveis ​​para enfrentar seus próprios governos. Hoje, esses governos fantoches das potências imperialistas enfrentam inquietação e resistência das massas em seus próprios países. É por isso que, em um congresso das massas populares de combate aos Estados Unidos, é de extrema importância lutar pela derrota das tropas de ocupação ianques nos países onde estão e pelo desmantelamento de qualquer base militar imperialista. A luta por esses objetivos é uma obrigação não apenas do proletariado dos países oprimidos, mas também, e fundamentalmente,  do proletariado dos países opressores. Enfatizamos que um Estado que oprime o mundo não pode ser derrotado apenas em um país.
Tal chamada da classe trabalhadora dos EUA uniria os oprimidos em todo o mundo através das fronteiras. Primeiro, poderia unir, como disse Trotsky, o proletariado americano do Alasca à Terra do Fogo.

Crise de liderança

Hoje, na luta das massas, é visível como todo o seu potencial se desenvolve quando elas agem ignorando os conselhos dos líderes que as subjugam. Elas conseguem identificar mais rapidamente o inimigo e ir além dos limites da legalidade, ou seja, podem realizar insurreições e até estabelecer suas agências de combate autodeterminadas. Mas raramente na história a falta de liderança revolucionária foi observada tão notoriamente quanto agora. Os revolucionários sabem muito bem que o imperialismo está preparando novas mediações ou formas  de contenção. As frentes populares servem para desviar a luta das massas que mudaram o mundo. No entanto, depois disso, nada será como era antes. Os revolucionários alertam que as lideranças de organizações comunitárias, o movimento Black Lives Matters, Sanders, etc.  tentarão canalizar e pacificar as massas em combate.

O que as massas precisam para ter sucesso é um partido revolucionário, isto é, para re-fundar o SWP de 1938, liderado pela Quarta Internacional. As forças sãs dos revolucionários e do trotskismo devem se concentrar na luta pela refundação desse partido que, conquistando as massas nos  sovietes, poderá levar o proletariado a tomar o poder. Sejamos claros: a luta nos Estados Unidos é de fundamental importância não apenas para o futuro do proletariado mundial, mas para toda a humanidade.

Coletivo de Emancipação Proletária (Argentina, Chile)

Corrente Comunista Revolucionária Internacional (Brasil, México, Paquistão, Caxemira, Sri Lanka, Coréia do Sul, Israel / Palestina Ocupada, Iêmen, Nigéria, Quênia, Rússia, Grã-Bretanha, Alemanha e Áustria)

domingo, 5 de julho de 2020

Mendoza (Argentina): Libertem todos os trabalhadores militantes presos! / Liberdade para os trabalhadores que foram presos por lutar!


Declaração da Corrente Comunista Revolucionária Internacional (CCRI/RCIT), 05 de Julho de 2020

Abaixo, republicamos um comunicado de imprensa que foi emitido há alguns minutos pelos camaradas argentinos da Emancipação Coletiva Proletária-CEP. Naturalmente, a Corrente  Comunista Revolucionária  Internacional (CCRI/RCIT) categoricamente apoia e clama pela  libertação imediata e incondicional dos trabalhadores presos em Mendoza!

                                                   * * * *

Mendoza (Argentina): Liberdade para os trabalhadores que foram  presos por lutar!
Hoje, domingo 5/7 foram detidos, sob a acusação de violar a quarentena, trabalhadores municipais no  "Paseo Sarmiento", província de Mendoza os quais  estavam fazendo um protesto reivindicando um salário digno. Entre eles estão nossos colegas militantes do Coletivo de Emancipação Proletária (CEP) e também foram presos lutadores  da Assemblea Oeste que foram apoiar a luta . Isso mostra que a quarentena nada mais é do que um estado de sítio com o único propósito de reprimir  trabalhadores  em luta . Chamamos todos os trabalhadores, organizações populares e dos Direitos Humanos a estar em solidariedade com os companheiros detidos.

Liberdade incondicional e imediata aos companheiros detidos e pelo cancelamento de  qualquer acusação judicial!

                                                * * * * *

quinta-feira, 2 de julho de 2020

FIT (ARGENTINA) : UMA ESCANDALOSA TRAIÇÃO CONTRA O HERÓICO POVO PALESTINO


Declaração Conjunta do Coletivo de Emancipação Proletária-CEP e da Corrente Comunista Revolucionária Internacional-CCRI/RCIT, 2 de julho de 2020, www.thecommunists.net

Version en espanol: 


1. Em 18 de junho de 2020, os três deputados da Frente de Izquierda y de los Trabajadores-Unidad-FIT-U da Assembleia Legislativa da cidade de Buenos Aires votaram a favor de um projeto de lei que abre as portas para criminalizar aqueles que se manifestarem contra o Estado sionista de Israel e seus crimes contra o povo palestino. (*) Este projeto de lei foi baseado na notória definição de "antissemitismo" por parte da Aliança Internacional de Recordação do Holocausto-(conhecida pela sigla em inglês-IHRA) que denuncia qualquer forma de anti-sionismo. Esta definição da IHRA é defendida pelo governo israelense e muitos estados imperialistas. Já foi usado pelos governos europeus para criminalizar ativistas pró-palestinos. Portanto, socialistas e ativistas pró-palestinos em todo o mundo, incluindo o movimento de boicote à Israel denominado Boicote, Desinvestimento e Sanções-BDS, condenaram há anos a definição pró-sionista da IHRA.

2. O marxismo autêntico deve ser intransigentemente oposto ao antissemitismo e ao sionismo, que é inerentemente racista. O Coletivo de Emancipação Proletária (CEP) e a Corrente Comunista Revolucionária Internacional (CCRI/RCIT) e seus companheiros na Palestina ocupada pedem o direito irrestrito de devolver todos os refugiados palestinos à sua terra natal, a abolição do Estado sionista fascista e a criação de um único Estado democrático em toda a  histórica Palestina  ("desde o  rio até o mar") que terá uma população palestina majoritária. Apoiamos incondicionalmente a luta de libertação palestina e defendemos a derrota do inimigo sionista. Pedimos a abolição imediata de todas as leis que discriminam e criminalizam o anti-sionismo.

3. O apoio do Projeto de Lei Sionista representa uma capitulação sem precedentes dos parlamentares do FIT-U. Sem surpresa, isso levou à rejeição de numerosos ativistas, incluindo muitos militantes dos partidos FIT-U. Quando a pressão pública dos ativistas progressistas tornou-se muito forte, os três deputados publicaram nove (!) dias após uma declaração anunciando a "retificação de seu erro". Eles forneceram a  desculpa esfarrapada de que eles não tiveram tempo suficiente para ler o projeto de lei. Não é possível  acreditar nisso. Os três deputados com seu aparato de assessores realmente não leem os projetos em que estão votando? E eles nem leem esses projetos nos dias após a votação? Parece que estão achando que a base  da FIT-U são tolos! Na verdade, outro deputado de esquerda (do "Autodeterminação e Liberdade") votou contra esse projeto e o denunciou no mesmo dia em público. O FIT-U neste momento faz uma confissão involuntária, uma vez que eles mostram que "na dúvida" eles votam junto com o inimigo de classe.

4. O CEP e a CCRI/RCIT denunciam firmemente a capitulação pró-sionista dos membros da FIT-U. Apoiar um projeto pró-imperialista e pró-apartheid não é "um erro" que pode ser "corrigido". Ela está apoiando o campo inimigo imperialista. Ainda mais que os deputados obviamente não consideraram isso um erro por si só, mas somente fizeram uma fraca "autocrítica" nove dias depois, quando um grande repúdio não lhes deixou alternativa. O voto da FIT-U é particularmente cínico, pois ocorreu nas  mesmas semanas em que o Estado sionista prepara novas anexações do território palestino na Cisjordânia. Para fazer uma analogia histórica, não foi apenas um "erro" quando os deputados social-democratas votaram a favor do orçamento de guerra em agosto de 1914. Foi uma traição reformista contra a classe trabalhadora internacional!

5. Este escândalo mostra o quanto os setores centrais dos líderes da FIT-U (os três deputados pertencem aos dois partidos mais fortes nesta aliança: PTS e PO), já se adaptaram oportunistamente à pressão do público burguês. Também vimos isso nos últimos meses, quando os líderes da FIT-U de fato capitularam à pressão da classe dominante e apoiaram a política de quarentena reacionária sob à cobertura da pandemia COVID-19. Esta política pró-quarentena é uma capitulação social-bonapartista à política antidemocrática da burguesia que expande o repressivo aparato estatal  durante um período da pior crise da economia mundial capitalista. Porque a quarentena e o estado de sítio é o que amarra as mãos da classe trabalhadora e dos setores populares que defendem as massas palestinas. Essa esquerda defensora do regime de quarentena é a que sustenta este ataque em âmbito mundial, impedindo que as massas se levantem contra o atual ataque sionista aos palestinos.

6. A Esquerda da Quarentena "suspendeu" a luta de classes no meio de uma guerra com a burguesia amarrando as mãos da classe trabalhadora. Porque hoje, na Argentina, a verdadeira instituição que governa  é um regime bonapartista de um homem só, baseado na polícia e nas forças armadas. As "sessões" do parlamento são apenas uma decoração para validar  um disfarce "democrático" o estado de sítio e o "apartheid" nos bairros da classe trabalhadora como vimos  acontecendo na Villa Azul ou em bairros da classe trabalhadora de Córdoba, o ataque à Assembleia Oeste de Mendoza aprisionando a companheira Micaela. A repressão e o "gatilho fácil" é moeda comum. Em Tucumán há poucos dias, a polícia assassinou, do mesmo modo como a polícia dos EUA assassinou George Floyd, um trabalhador em Tucumán.  ao mesmo tempo há um draconiano aumento do custo de vida, das demissões e suspensões de contratos de trabalho, etc.

7 . Todos os revolucionários ativistas da FIT-U não devem aceitar a  desculpa esfarrapada  dos três deputados pelo seu voto pró-sionista. Pois isso não é apenas uma questão de repudiar um voto "errado" de três legisladores que estariam dormindo e acordaram para votar. Insistimos que confessem que votaram leis com a burguesia. O tempo passa e o estado sionista fascista de Israel está fazendo mais avanços nesta guerra de extermínio, por isso propomos:

Convocamos todos os trabalhadores das listas de oposição à burocracia, todos os centros estudantis, das  estruturas,  das fábricas que a FIT-U lidera e  tem influência a convocar  assembleias da base e que eles exijam  que a direção  da FIT-U rompa com a política burguesa, opondo-se a todas as leis que permitem o estado de sítio e  à política de quarentena , rejeitando todas as formas de apoio ao sionismo, etc.! Além disso, a FIT-U deve romper com sua política eleitoral, ou seja, deve se afastar de seu foco em participar de eleições parlamentares, e concentrar-se na organização da luta de classes em locais de trabalho, bairros e ruas.
Propomos que essas assembleias básicas convoquem uma marcha para a embaixada israelense contra a ofensiva do Estado sionista à Cisjordânia, contra  à  continuação da colonização  do território palestino!

Nestas assembleias de trabalhadores e estudantes combativos chamamos no sentido de que a luta pela causa palestina seja a bandeira da luta do movimento dos  trabalhadores e dos estudantes!

Façamos manifestações, comícios, atos, defendendo as massas palestinas e contra a agressão sionista!

Pela destruição do Estado sionista de Israel! Por uma Palestina revolucionária, operária e socialista!

Todos os militantes que ainda acreditam no projeto da FIT-U devem agir agora!

(*) Enquanto o CEP vê Israel como um estado fascista, o RCIT caracteriza-o como um estado racista colonialista

Coletivo de Emancipação Proletária (Argentina, Chile)

Corrente Comunista Revolucionária Internacional (Brasil, México, Paquistão, Caxemira, Sri Lanka, Coreia do Sul, Israel/Palestina Ocupada, Iêmen, Nigéria, Quênia, Rússia, Grã-Bretanha, Alemanha e Áustria)