domingo, 31 de maio de 2020
sábado, 30 de maio de 2020
EUA: JUSTIÇA PARA GEORGE FLOYD!
English version:
Trabalhadores e jovens de todas as cores: unam-se na luta! Pela formação
de comitês de autodefesa contra a polícia! Organizar uma greve geral agora!
Declaração da Corrente Comunista Revolucionária Internacional (RCIT), 30 de maio de 2020,
Declaração da Corrente Comunista Revolucionária Internacional (RCIT), 30 de maio de 2020,
www.thecommunists.net
1. Darnella Frazier, uma mulher afro-americana de 17 anos, mostrou incrível bravura quando não só filmou como também publicou um vídeo do brutal assassinato de nosso irmão, George Floyd. Darnella Frazier recebeu muitas ameaças e insultos desde a publicação do vídeo e é o maior dever de todos os revolucionários defendê-la e protegê-la contra quaisquer ataques. No entanto, foi sua bravura que permitiu ao mundo ver a verdade por trás dos acontecimentos de 25 de maio. Foi sua bravura que provocou uma nova onda de protestos contra a violência racial das forças policiais.
2. George Floyd, um afro-americano de 46 anos, foi morto pelo policial branco Derek Chauvin que se ajoelhou no pescoço dele por 8 minutos e 46 segundos. George Floyd dizia repetidamente que não conseguia respirar e que não resistiria à prisão. Nos últimos 2 minutos e 53 segundos era óbvio que ele havia perdido a consciência. Espectadores presentes apontaram para Derek Chauvin e os outros três policiais (Thomas K. Lane, Tou Thao e J. Alexander Kueng) que ajudaram a imobilizar George Floyd que ele não está respondendo e exigiu dos policiais que verificassem seu pulso. Os referidos policiais de Minneapolis finalmente chamaram a ambulância e, surpreendentemente, George Floyd foi declarado morto no hospital. O motivo oficial da prisão foi a alegação de um funcionário de que George usou uma nota de 20 dólares de dinheiro falso. No relatório policial escrito pelos quatro assassinos uniformizados, alega-se que George Floyd estava bêbado, agressivo e que ele resistiu à prisão. É só por causa do vídeo de Darnella Frazier que neste caso específico de mais um assassinato por violência policial racista, existem evidências irrefutáveis que também fazem de Derek Chauvin e todos os outros três assassinos serem mentirosos.
1. Darnella Frazier, uma mulher afro-americana de 17 anos, mostrou incrível bravura quando não só filmou como também publicou um vídeo do brutal assassinato de nosso irmão, George Floyd. Darnella Frazier recebeu muitas ameaças e insultos desde a publicação do vídeo e é o maior dever de todos os revolucionários defendê-la e protegê-la contra quaisquer ataques. No entanto, foi sua bravura que permitiu ao mundo ver a verdade por trás dos acontecimentos de 25 de maio. Foi sua bravura que provocou uma nova onda de protestos contra a violência racial das forças policiais.
2. George Floyd, um afro-americano de 46 anos, foi morto pelo policial branco Derek Chauvin que se ajoelhou no pescoço dele por 8 minutos e 46 segundos. George Floyd dizia repetidamente que não conseguia respirar e que não resistiria à prisão. Nos últimos 2 minutos e 53 segundos era óbvio que ele havia perdido a consciência. Espectadores presentes apontaram para Derek Chauvin e os outros três policiais (Thomas K. Lane, Tou Thao e J. Alexander Kueng) que ajudaram a imobilizar George Floyd que ele não está respondendo e exigiu dos policiais que verificassem seu pulso. Os referidos policiais de Minneapolis finalmente chamaram a ambulância e, surpreendentemente, George Floyd foi declarado morto no hospital. O motivo oficial da prisão foi a alegação de um funcionário de que George usou uma nota de 20 dólares de dinheiro falso. No relatório policial escrito pelos quatro assassinos uniformizados, alega-se que George Floyd estava bêbado, agressivo e que ele resistiu à prisão. É só por causa do vídeo de Darnella Frazier que neste caso específico de mais um assassinato por violência policial racista, existem evidências irrefutáveis que também fazem de Derek Chauvin e todos os outros três assassinos serem mentirosos.
3. Na maioria dos casos, os relatórios
policiais são vistos como a verdade por todas as autoridades, independentemente
do que os depoimentos de testemunhas oculares, áudio gravado e outras
evidências estão dizendo. Este é especialmente o caso se as testemunhas
oculares são afro-americanas. Não devemos esquecer que nossa irmã Breonna
Taylor, uma técnica médica de emergência foi morta em 13 de março deste ano em
sua própria casa por policiais enquanto ela dormia. No entanto, não existe
nenhum vídeo sobre este assassinato e as autoridades tentaram manter escondido informações sobre o assassinato
brutal de nossa irmã (como em tantos outros casos) . É altamente urgente que
todos os casos em que nossos irmãos e irmãs forem feridos ou mortos enquanto abordados por policiais se
tornem facilmente acessíveis para o público imediatamente.
4. O assassinato de George Floyd é apenas mais
um assassinato brutal na longa história de violência policial contra nossos
irmãos e irmãs. Aiyana Mo'Nay Stanley-Jones (7 anos), Tamir Rice (12y), Kendra
James (21y), Michael Brown (18y), Rekia Boyd (22y), Timothy Thomas (19y),
Gabriella Nevarez (22y), Oscar Grant (22y), Korryn Gaines (23y), Sylville K.
Smith (23y), Breonna Taylor (26y), Freddie Gray (25y), Sandra Bland (28y), Eric
Garner (43y), Atatiana Jefferson (28y), Keith Lamont Scott (43y), Kathryn
Johnston (92y) são apenas alguns dos casos conhecidos de assassinato por força
policial brutal. Nós, enquanto organização da Corrente Comunista Revolucionária
Internacional (CCRI/RCIT), nos solidarizamos plenamente com todas as vítimas, suas
famílias, amigos e colegas da violência
policial racista.
5. É de ironia ridícula que as classes dominantes
em todo o mundo tenham imposto métodos de confinamento durante a pandemia
COVID-19 com a alegação de proteger vidas enquanto seu aparato de repressão continuou
e continua matando nossos irmãos e irmãs. Mesmo em Minneapolis, foi imposto um
toque de recolher às 20h, o que é corretamente ignorado pelos ativistas. Não é
à toa que, com o lançamento do vídeo que mostra o brutal assassinato de George
Floyd, protestos de massa ressurgiram em Minneapolis e em todo os Estados
Unidos.
6. Os protestos após o brutal assassinato de
George Floyd são muitos e se tornam cada vez mais militantes. Em Atlanta,
Denver, Detroit, Houston, Los Angeles e Louisville aconteceram as maiores manifestações até
agora. Veículos da polícia e até prédios da polícia foram incendiados. Esta é
principalmente uma reação à agressiva força
policial que é dirigida até mesmo contra manifestações pacíficas. Até mesmo Omar Jimenez, um repórter afro-americano
da CNN e sua equipe de filmagem foram presos pelos oficiais de Minneapolis
enquanto tentavam relatar a prisão de um ativista. A Associated Press publicou
citações de três fontes anônimas diferentes que o Pentágono ordenou ao exército
que preparasse unidades da polícia militar para ir a Minneapolis caso o palhaço
de cabelo laranja que responde ao nome de Donald Trump vier a dar sua ordem. Os rápidos
desenvolvimentos trouxeram Minneapolis e outras cidades à beira de uma situação
de duplo poder e reviveram as mobilizações em massa nos Estados Unidos.
7. É a combinação de muitos fatores que cria
uma situação extraordinária: a administração de Trump como uma das lideranças
burguesas mais incompetentes da história dos Estados Unidos, as experiências do
Movimento Black Lives Matter (Vidas Negras São Importantes), a
opressão bonapartista durante a pandemia COVID-19 em combinação com o aumento
de números de mortes por causa da pandemia a crise do sistema de saúde dos EUA
e por último, mas não menos importante, a pior crise econômica desde 1929. O
Capitólio (centro administrativo) de Michigan foi invadido por manifestantes
armados contra o confinamento há um mês que provaram novamente que a maior
potência imperialista do mundo, mas em declínio, enfrenta uma dramática crise
política doméstica. No contexto desses desenvolvimentos, tanto as forças
progressistas quanto as reacionárias estão se mobilizando e é apenas uma
questão de tempo até que se confrontem. Um ativista de 19 anos nas atuais
manifestações da Black Lives Matter
já foi morto por um agressor anônimo que atirou nos manifestantes dentro de sua
van.
8. A CCRI/RCIT convoca todos os militantes e
todas as organizações progressistas a participar dos atuais protestos
espontâneos e organizar novas ações solidárias. É crucial transformar os protestos
locais espontâneos espalhados por todo o país em uma luta nacional organizada.
O objetivo deve ser organizar uma greve geral e expulsar a polícia das
comunidades onde isso for possível. Para isso, é essencial realizar reuniões e
assembleias em massa em locais de trabalho e bairros para discutir e planejar
como evoluir desses protestos espontâneos a um movimento organizado. Essas
reuniões também devem organizar unidades armadas de autodefesa, a fim de
proteger os protestos contra ataques da polícia, exército ou forças racistas e também
dos fascistas. Essas unidades de
autodefesa devem ser compostas por trabalhadores e oprimidos que sejam pessoas
de confiança de suas comunidades e que possam ser substituídos, se necessário.
É de maior importância rejeitar qualquer desmobilização desse movimento, seja
em nome da paz, seja em nome da
segurança ou seja em nome da luta contra
a pandemia. Muito pelo contrário, os ativistas devem exigir de organizações
comunitárias, sindicatos e todas as forças progressistas que apoiem tal plano
de luta!
9. Exigimos justiça para George Floyd e todas
as outras vítimas de violência policial. Mas também exigimos justiça para todos
os nossos irmãos e irmãs que foram mortos por supremacistas brancos como Ahmaud
Arbery, Meshon Cooper, Trayvon Martin e muitos outros. Exigimos justiça para
todos os nossos irmãos e irmãs que sofreram violência por causa de sua cor de
pele. Casos como o do policial Daniel Holtzclaw, que estuprou pelo menos 13 mulheres
durante o serviço (a maioria delas mulheres afro-americanas) mostram que a vida
de nossos irmãos e irmãs está permanentemente sob perigo. Enquanto esses criminosos
esperarem que a lei racista possa absolvê-los
de uma acusação se eles enfrentarem qualquer acusação, eles continuarão nos
atacando. A CCRI/RCIT exige que todos os casos de violência (incluindo
assassinato) contra afro-americanos e pessoas de cor em geral devem ser
revistos por um júri nomeado pelo movimento trabalhista e pelas comunidades.
Tal júri deve ser composto por afro-americanos e outras pessoas de diferentes
etnias, deve ser composto por mulheres e jovens. Só um órgão do nosso povo é
capaz de julgar.
10. Finalmente, é óbvio que a opressão dos
negros não começa somente com violência policial e ataques racistas. É o
sistema capitalista que incorpora o racismo, resultando na super-exploração do
trabalho afro-americano. Nossos irmãos e irmãs recebem salários mais baixos
pelo mesmo trabalho. Embora façam grande parte dos chamados trabalhadores
essenciais, eles estão em maior perigo de adoecer por causa de alimentos
baratos com pouco ou nenhum valor nutricional, enorme estresse no trabalho e
pouco ou nenhum acesso aos cuidados de saúde. Mesmo afro-americanos ricos
recebem cuidados médicos piores do que os brancos. O sistema
capitalista-racista não é apenas responsável pelo constante assassinato de nossos irmãos e irmãs por supremacistas
brancos e policiais. Também é responsável por muitas mortes de afro-americanos
por causa de problemas de saúde que desenvolveram, da pobreza que enfrentaram,
dos maus tratos que receberam e do estresse que foram submetidos. A CCRI/RCIT
diz: o único caminho para a libertação negra é aniquilar o racismo, esmagando o
sistema capitalista subjacente. Isso só
pode ser alcançado através de uma revolução socialista da classe trabalhadora e
dos oprimidos. Chamamos ativistas nos EUA e em todo o mundo para se juntarem a
nós na construção pela construção de um partido revolucionário dedicado a
alcançar esse objetivo!
A CCRI/RCIT convoca todos os militantes e as
forças progressistas a exigir justiça para nossos irmãos e irmãs mortos – AGORA MESMO!
Secretariado Internacional da CCRI/RCIT
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