Nos últimos
dias de 2016 o desemprego atingiu 12,1 milhões de pessoas, o que equivale a
11,9% de pessoas desocupadas no trimestre. Os dados foram em 29 de dezembro,
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) e são semelhantes aos do trimestre imediatamente anterior,
quando a taxa de desocupação fechou em 11,8%. Em relação ao mesmo trimestre do
ano anterior, foi registrada uma alta de 2,9 pontos percentuais.
A recessão
brasileira aprofundou-se no terceiro trimestre deste ano, com destaque com
ênfase especial na queda dos investimentos e do nível consumo. Tal fato
dificulta ainda mais qualquer recuperação da atividade esperada para 2017 em
meio ao aumento do desemprego.
De janeiro
a setembro de 2016, o PIB registra queda de 4% em relação ao mesmo período
2015. Segundo o IBGE, essa é a maior baixa para o período desde 1996. Esse
resultado foi pior do que o projetado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em
relatório divulgado em outubro no manteve a projeção de queda de 3,3% do
Produto Interno Bruto em 2016 e de alta de 0,5%, em 2017.
A Organização Internacional do Trabalho-OIT
estima que o Brasil terá 1,2 milhão de desempregados a mais na comparação com
2016, passando de um total de 12,4 milhões para 13,6 milhões, e chegará a 13,8
milhões em 2018.
Em termos
absolutos, o Brasil terá a terceira maior população de desempregados entre as
maiores economias do mundo, superado apenas pela China e Índia. Na China, a OIT
prevê que o número subirá de 37,3 milhões para 37,6 milhões em 2016. Já na
Índia, de 17,7 milhões para 17,8 milhões.
A OIT
projeta o índice de desemprego no Brasil neste ano em 12,4%, um ponto acima do
percentual de 2016. Para 2018, a projeção também é de 12,4%.
O golpe
institucional que levou Michel Temer (PMDB) à condição de presidente do Brasil
prometia o fim da corrupção e da crise. Não ocorreu nem uma coisa, nem outra.
Seis ministros do governo tiveram de deixar seus cargos por denúncias de
corrupção, outros 16 estão sendo investigados e o desemprego não para de
crescer.
Para o
Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o
fracasso econômico tem como principais fatores uma fórmula que mistura crise
política com queda nos investimentos públicos, privados e a política recessiva
responsável pelo aumento do desemprego e pela queda da demanda e da arrecadação
pública.
Secretário
de Administração e Finanças da CUT, Quintino Severo, explica os impactos
negativos que a informalidade provoca no país. “Quando aumenta a informalidade,
aumenta a precarização e temos de tomar cuidado para isso não acabar reforçando
a tese da reforma trabalhista e da terceirização. Precisamos combater o argumento
de que desemprego se combate retirando direitos.
Na última
quinta-feira (9), em São Paulo, 23 representantes nacionais da CUT e
representantes de 14 setores trabalhistas se reuniram com a direção Executiva
da entidade para a apresentação da campanha contra a Reforma da
Previdência.
Sob o slogan
“Reaja agora ou morra trabalhando”, a
CUT pretende dar início a um movimento que deve tomar as ruas do país pela
preservação de direitos históricos conquistados pela classe trabalhadora. O
presidente nacional da Central, Vagner Freitas, alertou que “a reforma da previdência, pretendida pelo
governo Temer, está diretamente ligada ao golpe que derrubou a presidenta Dilma
Rousseff. ”
Segundo
Vagner, esse governo, que não foi eleito, "precisa
fazer essas reformas para pagar o preço dos que financiaram o golpe e a reforma
da previdência faz parte desse projeto para se adequar ao congelamento dos
gastos primários por 20 anos. A proposta dos golpistas não é reformar a
Previdência e sim acabar com ela, para que os bancos vendam planos de
previdência privada. Estamos debatendo com as demais centrais de que não
devemos emendar essa reforma e sim derrotar essa reforma”, afirmou Vagner
Freitas.
A
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) comunica que a categoria
decidiu por uma greve nacional do setor a partir de 15 de março. A paralisação,
decidida em congresso realizado entre os dias 12 e 15 de janeiro, deve se dar
em torno das bandeiras de combate à reforma da Previdência proposta pelo
governo Temer e pelo cumprimento integral da Lei do Piso Nacional do
Magistério.
A CNTE
considera "inevitável" a
realização da greve nacional em função dos desdobramentos do golpe que
instaurou o atual governo, que “afronta o Estado democrático de direito"; também
“ataca políticas de distribuição de
renda, substituindo-as por terceirização e privatização; e promove o congelamento
dos gastos públicos, comprometendo o crescimento. ”
Nós
afirmamos categoricamente que A derrota da reforma da Previdência, assim como da
reforma trabalhista, não será concretizada por meio de negociações com o ultraconservador
congresso nacional ou negociações com os partidos de direita. Qualquer
negociação entre a burocracia reformista dirigente dos movimentos sociais ou
centrais sindicais, na prática significará algum tipo de perda para a classe
trabalhadora. Nesse sentido, a CCR
defende que é preciso derrotar todo o projeto de reforma da Previdência, sem
concessões. Mas isso somente será possível por meio da mobilização dos
trabalhadores com seus próprios método de luta, como é o caso da greve geral.
Tal greve geral não pode se limitar aos trabalhadores do setor público, mas
abranger todos os trabalhadores das fábricas, do comércio e do campo.
* Por um programa de
obras públicas para combater o crescente desemprego!
* Abaixo a reforma da
previdência!
* Por uma greve geral contra o regime dos
golpistas! Por mobilizações de massa contra a ofensiva pró-austeridade da
extrema-direita! Pela a criação de comitês de ação nas fábricas, sindicatos,
bairros, favelas e regiões periféricas em defesa dos nossos direitos e contra o
governo dos golpistas!
* Por um governo da
classe operária em aliança com os camponeses pobres urbanos e os sem-terra! Nós
só podemos garantir o nosso futuro e nossos direitos se derrubarmos o
capitalismo, a fonte de nossa miséria!
* Todo apoio à greve nacional dos trabalhadores
da Educação em 15 de março!
* Por um partido
operário revolucionário- um novo partido mundial da revolução socialista!
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