Obviamente não concordamos com as opiniões do sr. Noblat de que uma possível intervenção militar faça parte do jogo democrático. Como já dissemos em artigos anteriores, a nossa posição no que concerne aos atuais acontecimentos políticos e econômicos não passam de um processo evidentemente golpista. Os acontecimentos recentes, desde a tentativa de derrubar Hugo Chavez na Venezuela, passando pelos golpes em Honduras, Paraguai, Ucrânia, Egito, etc, fazem parte do mesmo processo de intervenção imperialista de EUA e UE.
Ricardo Noblat, é um jornalista brasileiro. Formado pela Universidade Católica de Pernambuco, Noblat foi editor-chefe do Correio Braziliense e da sucursal do Jornal do Brasil em Brasília. Atualmente, Noblat mantém um blog,[1] o Blog do Noblat, no portal do jornal O Globo.
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http://noblat.oglobo.globo.com/meus-textos/noticia/2016/03/crise-ganhou-um-novo-componente-e-ele-veste-farda-e-pilota-tanques.html
A crise ganhou um novo componente. E ele veste farda e pilota tanques
A condução coercitiva de Lula para depor à procuradores da Lava-Jato
não foi o fato que marcou a escalada preocupante da crise política que
abala o país e ameaça derrubar o governo.
A crise ganhou um novo componente. Ele veste farda e tem porte de arma.
Sua entrada em cena, ontem, foi o fato mais importante do dia em que o
país quase parou, surpreso com o que acontecia em São Paulo.
Não é comum ver-se um ex-presidente da República, o primeiro operário
entre nós a chegar ao poder, ser conduzido por agentes federais na
condição de investigado em bilionário escândalo de corrupção.
Nunca antes na história deste país...
O episódio serviu para demonstrar a solidez de uma democracia
reinaugurada por aqui há apenas 31 anos. A lei deve ser igual para
todos. Um ex-presidente não merece tratamento especial.
O receio de que a ordem pública virasse desordem foi o que assustou os
militares, levando-os a se manifestarem por meio dos canais disponíveis
para isso. Há muito que eles não procediam assim.
Um batalhão do Exército, em São Paulo, foi posto de sobreaviso caso os
protestos contra e a favor de Lula resultassem em violência, e as
polícias militar e civil perdessem o controle da situação.
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Geraldo Alckimin não foi o único governador avisado de que poderia
contar com a ajuda do Exército se pedisse ou se a presidente da
República a autorizasse.
Integrantes do Alto Comando do Exército telefonaram para os
governadores dos Estados mais sujeitos a conflitos entre militantes
políticos e os preveniram para a necessidade de manter a paz social.
O elenco de autoridades alcançadas pelos telefonemas de generais foi
mais amplo. E incluiu ministros de Estado e líderes de partidos, de
quase todos os partidos. Os do PT ficaram de fora.
A tensão entre os generais foi desatada quando militantes políticos se
agrediram diante do prédio onde Lula mora em São Bernardo. E atingiu seu
pico com o discurso de Rui Falcão, presidente do PT.
Enquanto Lula era interrogado na delegacia da Polícia Federal no
aeroporto de Congonhas, Falcão pregava a ida para as ruas dos adeptos do
PT e a realização de manifestações ruidosas.
Foi um duro discurso, embora pronunciado no tom ameno que caracteriza
as falas de Falcão. De imediato, as várias instâncias do partido
começaram a se mobilizar em obediência à nova palavra de ordem.
Até então, a máquina do PT parecia inativa, perplexa. No twitter, por
exemplo, os termos mais em uso se referiam à prisão de Lula. Nas horas
seguintes, os termos mais populares passaram a ser “golpe” e “ruas”.
Os generais estão temerosos com a conjugação das crises política e
econômica e com o que possa derivar disso. Cobram insistentemente aos
seus interlocutores do meio civil para que encontrem uma saída.
Não sugerem a solução A, B ou C. Respeitada a Constituição, apoiarão
qualquer uma – do entendimento em torno de Dilma ao impeachment ou à
realização de novas eleições. Mas pedem pressa.
Por inviável, mas também por convicções democráticas, descartam
intenções golpistas. Só não querem se ver convocados a intervir em nome
da Garantia da Lei e da Ordem como previsto na Constituição.
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The crisis has a new component. And they wears his
uniform and pilots tanks.
03/05/2016
- 6:21 a.m.
Ricardo
Noblat
Coercive
driving Lula to testify for prosecutors in the Lava-Jato was not the fact that
marked a worrying escalation of the political crisis that shakes the country
and threatens to bring down the government.
The crisis
has a new component. He wears uniform and have firearms (THE ARMY). Their
arrival on the scene yesterday, was the most important fact of the day when the
country almost stopped, surprised by what happened in São Paulo.
It is not common
to see a former president of the Republic, the first workers among us to come
to power, to be conducted by federal agents on condition investigated on
billionaire corruption scandal.
Never before in
the history of this country ...
The episode
served to demonstrate the strength of a democracy reopened around here for only
31 years. The law must be equal for all. A former president does not deserve
special treatment.
The fear that
public order turned into disorder was
what scared the military, causing them to manifest through the channels
available to it. There is much time that they do not proceeded this way.
An army battalion
in São Paulo, was put on standby if the protests and against Lula resulted in
violence, and the military and if civil
police lost control of the situation.
Geraldo Alckmin
Right-wing PSDB govern of the Satate) was not the only governor warned that it
could count on the army's help if asked or if the President of the Republic would
authorize.
Members of the
Army High Command telephoned the governors of the states most likely probably to conflict between political activists and
warned of the need to maintain social peace.
The list of
authorities (governs) reached by the generals by telephone calls was wider. And
it included government ministers and party leaders of almost all parties. But
from Workers Party -PT's has been left
out.
The tension
between the generals was unleashed when political militants attacked on the
building where Lula da Silva lives in São Bernardo. And it reached its peak
with the speech of Rui Falcão, president
of PT.
While Lula was
interrogated at the police station of the Federal Police at Congonhas airport,
Falcão was preaching the PT militants and supporters the necessity going
to the streets and holding noisy demonstrations.
It was a tough
speech, although pronounced in mild tone that characterizes the Falcão lines.
Immediately, the multiple instances of the party began to mobilize in obedience
to the new command.
Until then, PT
machine seemed inactive, puzzled. On Twitter, for example, have more in use
referred to Lula in prison. In the following hours, the most popular terms have
become "coup" and "on the streets".
The generals are
afraid with the combination of political and economic crises and what can
derive from it. They demandd insistently
to his interlocutors of the civil(governs)
the means to find a way out.
They do not
suggest the solution A, B or C. Respecting the Constitution, and dont given any
support to any sides – Concerning the possibility of Dilma’s impeachment or new
elections. But they ask for hurry ( to the solution).
Unfeasible, but
also for their democratic convictions, they dismiss coup intentions. Just they do not want to see called to intervene on
behalf of the Guarantee Law and Order as provided in the Constitution.
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http://www.thecommunists.net/home/portugu%C3%AAs/nao-ao-impeachment/
http://www.thecommunists.net/home/portugu%C3%AAs/contra-golpe-fascista/
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