domingo, 6 de março de 2016

RICARDO NOBLAT, JORNALISTA E ARTICULISTA DAS ORGANIZAÇÕES GLOBO ANALISA A POSSIBILIDADE DE INTERVENÇÃO MILITAR NO BRASIL/RICARDO NOBLAT,JOURNALIST AND WRITER OF THE GLOBO TV NETWORK ORGANIZATIONS ANALYSES THE POSSIBLE MILITARY INTERVENTION IN BRAZIL

 Portuguese and English Version

Obviamente não concordamos com as opiniões do sr. Noblat de que uma possível intervenção militar faça parte do jogo democrático. Como já dissemos em artigos anteriores, a nossa posição no que concerne aos atuais acontecimentos  políticos e econômicos não passam de um processo evidentemente golpista. Os acontecimentos recentes, desde a tentativa de derrubar Hugo Chavez na Venezuela, passando pelos golpes em Honduras, Paraguai, Ucrânia, Egito, etc, fazem parte  do mesmo processo de intervenção imperialista de EUA e UE.


Ricardo Noblat, é um jornalista brasileiro. Formado pela Universidade Católica de Pernambuco, Noblat foi editor-chefe do Correio Braziliense e da sucursal do Jornal do Brasil em Brasília. Atualmente, Noblat mantém um blog,[1] o Blog do Noblat, no portal do jornal O Globo.
--


http://noblat.oglobo.globo.com/meus-textos/noticia/2016/03/crise-ganhou-um-novo-componente-e-ele-veste-farda-e-pilota-tanques.html

A crise ganhou um novo componente. E ele veste farda e pilota tanques

Militares (Foto: Arquivo Google)
Ricardo Noblat
A condução coercitiva de Lula para depor à procuradores da Lava-Jato não foi o fato que marcou a escalada preocupante da crise política que abala o país e ameaça derrubar o governo.
A crise ganhou um novo componente. Ele veste farda e tem porte de arma. Sua entrada em cena, ontem, foi o fato mais importante do dia em que o país quase parou, surpreso com o que acontecia em São Paulo.
Não é comum ver-se um ex-presidente da República, o primeiro operário entre nós a chegar ao poder, ser conduzido por agentes federais na condição de investigado em bilionário escândalo de corrupção.
Nunca antes na história deste país...
O episódio serviu para demonstrar a solidez de uma democracia reinaugurada por aqui há apenas 31 anos. A lei deve ser igual para todos. Um ex-presidente não merece tratamento especial.
O receio de que a ordem pública virasse desordem foi o que assustou os militares, levando-os a se manifestarem por meio dos canais disponíveis para isso. Há muito que eles não procediam assim.
Um batalhão do Exército, em São Paulo, foi posto de sobreaviso caso os protestos contra e a favor de Lula resultassem em violência, e as polícias militar e civil perdessem o controle da situação.
ADVERTISEMENT
Geraldo Alckimin não foi o único governador avisado de que poderia contar com a ajuda do Exército se pedisse ou se a presidente da República a autorizasse.
Integrantes do Alto Comando do Exército telefonaram para os governadores dos Estados mais sujeitos a conflitos entre militantes políticos e os preveniram para a necessidade de manter a paz social.
O elenco de autoridades alcançadas pelos telefonemas de generais foi mais amplo. E incluiu ministros de Estado e líderes de partidos, de quase todos os partidos. Os do PT ficaram de fora.
A tensão entre os generais foi desatada quando militantes políticos se agrediram diante do prédio onde Lula mora em São Bernardo. E atingiu seu pico com o discurso de Rui Falcão, presidente do PT.
Enquanto Lula era interrogado na delegacia da Polícia Federal no aeroporto de Congonhas, Falcão pregava a ida para as ruas dos adeptos do PT e a realização de manifestações ruidosas.
Foi um duro discurso, embora pronunciado no tom ameno que caracteriza as falas de Falcão. De imediato, as várias instâncias do partido começaram a se mobilizar em obediência à nova palavra de ordem.
Até então, a máquina do PT parecia inativa, perplexa. No twitter, por exemplo, os termos mais em uso se referiam à prisão de Lula. Nas horas seguintes, os termos mais populares passaram a ser “golpe” e “ruas”.
Os generais estão temerosos com a conjugação das crises política e econômica e com o que possa derivar disso. Cobram insistentemente aos seus interlocutores do meio civil para que encontrem uma saída.
Não sugerem a solução A, B ou C. Respeitada a Constituição, apoiarão qualquer uma – do entendimento em torno de Dilma ao impeachment ou à realização de novas eleições. Mas pedem pressa.
Por inviável, mas também por convicções democráticas, descartam intenções golpistas. Só não querem se ver convocados a intervir em nome da Garantia da Lei e da Ordem como previsto na Constituição.

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


The crisis has a new component. And they wears his uniform and pilots tanks.


03/05/2016 - 6:21 a.m.
Ricardo Noblat
Coercive driving Lula to testify for prosecutors in the Lava-Jato was not the fact that marked a worrying escalation of the political crisis that shakes the country and threatens to bring down the government.
The crisis has a new component. He wears uniform and have firearms (THE ARMY). Their arrival on the scene yesterday, was the most important fact of the day when the country almost stopped, surprised by what happened in São Paulo.
It is not common to see a former president of the Republic, the first workers among us to come to power, to be conducted by federal agents on condition investigated on billionaire corruption scandal.
Never before in the history of this country ...
The episode served to demonstrate the strength of a democracy reopened around here for only 31 years. The law must be equal for all. A former president does not deserve special treatment.
The fear that public order turned into  disorder was what scared the military, causing them to manifest through the channels available to it. There is much time that they do not proceeded this way.
An army battalion in São Paulo, was put on standby if the protests and against Lula resulted in violence, and the military and  if civil police lost control of the situation.

Geraldo Alckmin Right-wing PSDB govern of the Satate) was not the only governor warned that it could count on the army's help if asked or if the President of the Republic would authorize.
Members of the Army High Command telephoned the governors of the states most likely probably  to conflict between political activists and warned of the need to maintain social peace.

The list of authorities (governs) reached by the generals by telephone calls was wider. And it included government ministers and party leaders of almost all parties. But from Workers Party -PT's  has been left out.
The tension between the generals was unleashed when political militants attacked on the building where Lula da Silva lives in São Bernardo. And it reached its peak with the speech  of Rui Falcão, president of PT.
While Lula was interrogated at the police station of the Federal Police at Congonhas airport, Falcão was  preaching the PT   militants and supporters the necessity going to the streets and holding noisy demonstrations.
It was a tough speech, although pronounced in mild tone that characterizes the Falcão lines. Immediately, the multiple instances of the party began to mobilize in obedience to the new command.
Until then, PT machine seemed inactive, puzzled. On Twitter, for example, have more in use referred to Lula in prison. In the following hours, the most popular terms have become "coup" and "on the streets".
The generals are afraid with the combination of political and economic crises and what can derive from it. They demandd  insistently to his interlocutors  of the civil(governs) the means to find a way out.
They do not suggest the solution A, B or C. Respecting the Constitution, and dont given any support to any sides – Concerning the possibility of Dilma’s impeachment or new elections. But  they ask  for hurry ( to the solution).
Unfeasible, but also for their democratic convictions,  they dismiss coup intentions. Just  they do not want to see called to intervene on behalf of the Guarantee Law and Order as provided in the Constitution.
 -----------------------------------------------------------------------------------------
 http://www.thecommunists.net/home/portugu%C3%AAs/nao-ao-impeachment/
 http://www.thecommunists.net/home/portugu%C3%AAs/contra-golpe-fascista/

Nenhum comentário:

Postar um comentário