domingo, 15 de novembro de 2015

Ocupar todas as escolas ameaçadas de fechamento como forma resistência aos ataques do governo do Estado contra os profissionais da educação e contra a população.




A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou  no final de outubro que 94 escolas seriam fechadas por causa de um processo de reorganização da rede estadual. O governo de Geraldo Alckmin (PSDB) diz que a medida tem objetivo de segmentar as escolas em três grupos (anos iniciais e finais do ensino fundamental e ensino médio), conforme o ciclo escolar. A estimativa é que 311 mil alunos tenham de mudar de escola no ano que vem.
Segundo a Apeoesp, 1.464 escolas estaduais, em 162 municípios, serão atingidas diretamente pela “reorganização”. É preciso ficar claro que se trata de um número enganoso, pois  o fechamento de uma escola ou sua “reestruturação” irá repercutir nas demais escolas da região, com o aumento do número de estudantes nas classes, com alterações na vida de professores e funcionários centenas demissões de professores e funcionáios.
No último sábado, dia 14 de novembro, em centenas de escolas do Estado de São Paulo, os pais de alunos foram convocados para serem informados oficialmente das mudanças que o governo Geraldo Alckmin deseja fazer no próximo ano, fechando escolas, turnos ou ciclos e transferindo os alunos compulsoriamente para outras unidades escolares, sem que os pais pudessem se posicionar diante de tais medidas.
No sentido de impedir um debate da comunidade escolar sobre golpe os professores e funcionários foram praticamente proibidos de participarem das reuniões.
Na  sexta-feira (13), o juiz Luis Felipe Ferrari Bedendi, da 5ª Vara de Fazenda Pública – voltou atrás de sua própria decisão anterior e resolveu suspender a ordem de retirada dos alunos das escolas ocupadas, até agora são 15,  contra a “reorganização.
Somente a mobilização de pais, alunos e profissionais da educação (professores e funcionários do quadro de apoio) ocupando todas as escolas ameaçadas poderá impedir esse furioso ataque do governador contra a educação pública.

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