domingo, 20 de julho de 2014

ELEIÇÕES SINPEEM 2014- uma análise



ELEIÇÕES SINPEEM 2014- uma análise
As eleições do Sinpeem neste ano de 2014 foram marcadas fortemente pela fraude anunciada. A categoria conta com mais de 80 mil educadores entre professores, gestores e quadro operacional. Desse total pelo menos 20 mil estiveram nas maiores assembleias realizadas durante a greve deste ano, a qual durou 43 dias. Desses uma grande parte gente jovem, recém chegada à rede que não tem os mesmos direitos dos mais antigos. Isso devido à falta de isonomia implantada desde o governo Marta, passando por Serra, Kassab e finalmente Haddad.
Mas o resultado dessa eleição não reflete de maneira nenhuma a categoria dos professores do município de São Paulo. Apenas 5.963 educadores compareceram às urnas fixas. Qual o motivo?
Basicamente por dois motivos: 1 - O acordo tácito entre a gestão Haddad- Callegari e a direção do Sinpeem (chapa 01) em não liberar o ponto para um comparecimento massivo da categoria. No ano de 2011, nas últimas eleições foram quase 40 mil votantes. Nesse ano foram 5.963 votantes. O2- A direção do sindicato, em acordo com a chapa 02, não colocou urnas suficiente nas áreas/bairros do conjunto das oposições. Um fato que à primeira vista pode parecer prejudicial à todas às chapas, beneficiou às duas chapas que fazem parte da direção do sindicato.
As duas chapas da direção (01 e 02), sim porque na verdade não são oposição, dependem uma da outra pelo processo de demonização. Um acusa o outro de “radicalismo” e o outro acusa o um de “falta de democracia”. Na verdade ambos estão corretos. Claudio Fonseca e sua direção não são de forma alguma democráticos na condução do sindicato. Grande Parte das pessoas que vão à assembleia já perceberam isso. Porém, de forma alguma a chapa 02, que também é direção, pode ser considerada radical. Ela se contenta em denunciar a Claudio Fonseca como autoritário, mas ao analisarmos essas mesmas correntes (PSTU-PSOL) quando dirigem outros sindicatos, ou fazem parte da direção na proporcionalidade, são iguais a Claudio Fonseca e sua diretoria. Tem os mesmos métodos burocráticos, haja vista, só para citar dois exemplos, o sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos-SP dirigido pelo PSTU e os bancários de São Paulo dirigido em conjunto pelo PT-e PSOL. Na verdade seria trocar seis por meia dúzia, como diz um ditado popular.  Para não ir muito longe, a greve de 2012, em que o presidente quase foi linchado por ter terminado a greve à revelia da assembleia, contou com membros da atual “Unidade da Oposição” para o desmonte do movimento. Primeiro que não foi Claudio Fonseca sozinho que defendeu o fim da greve, basta puxar da memória o membro da atual chapa 02 que assim o fez. E semanas depois, na reunião de Representantes de Escola-Res, quando parecia que o presidente seria massacrado  junto com sua diretoria pelos eventos do final da greve, eis que o presidente declara que “não entendia as críticas, pois quem recomendou pelo final da greve foram membros da oposição”, e imediatamente sacou o celular o torpedo recebido na véspera da fatídica assembleia  em que o principal membro da oposição, hoje no governo Haddad, dizia com palavras bem simples “Claudio, temos que acabar com essa greve!”. Ao se ver citado o seu nome, esse dirigente da “oposição” lamentou que uma mensagem de SMS enviada em nível “pessoal, fosse assim divulgada”. Ou seja, o problema se resumia a que o acordo deveria ser secreto. Tudo isso está gravado em áudio e vídeo a quem se dispuser perguntar e pesquisar com a direção do sinpeem. Eis o tipo de “Oposição” que por falta de memória e conhecimento da categoria disputa com Claudio Fonseca, mas faz acordos, ao mesmo tempo que é interessante vende-lo como demônio. Só uma fraude tão grotesca, que alijasse completamente a base lutadora da categoria do direito de decidir os rumos de seu sindicato, poderia manter estes traidores no poder.
A grande maioria dos que foram votar são aposentados. Os que estão na ativa, ou acumulam cargo, ou além disso, estavam muito longes dos locais de votação. A juventude, essa juventude mais radicalizada, que participa ativamente das assembleias também não compareceu, pelo mesmo motivo dos outros, não tinha como chegar ao local a tempo. Conclusão: Essa eleição foi uma fraude do começo ao fim. Não representa os anseios da categoria. Essa direção eleita, tanto chapa 01 como chapa 02, não tem representatividade. Mas essa “vitória”, da forma fraudulenta que foi construída, não foi somente para determinar a derrota até mesmo de correntes tradicionais na categoria como a chapa 03 (cutista), mas de dar a oportunidade de tripudiar sobre os “derrotados”.

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