ELEIÇÕES SINPEEM 2014- uma análise
As eleições do Sinpeem
neste ano de 2014 foram marcadas fortemente pela fraude anunciada. A categoria
conta com mais de 80 mil educadores entre professores, gestores e quadro
operacional. Desse total pelo menos 20 mil estiveram nas maiores assembleias
realizadas durante a greve deste ano, a qual durou 43 dias. Desses uma grande
parte gente jovem, recém chegada à rede que não tem os mesmos direitos dos mais
antigos. Isso devido à falta de isonomia implantada desde o governo Marta,
passando por Serra, Kassab e finalmente Haddad.
Mas o resultado dessa
eleição não reflete de maneira nenhuma a categoria dos professores do município
de São Paulo. Apenas 5.963 educadores compareceram às urnas fixas. Qual o
motivo?
Basicamente por dois
motivos: 1 - O acordo tácito entre a gestão Haddad- Callegari e a direção do
Sinpeem (chapa 01) em não liberar o ponto para um comparecimento massivo da
categoria. No ano de 2011, nas últimas eleições foram quase 40 mil votantes.
Nesse ano foram 5.963 votantes. O2- A direção do sindicato, em acordo com a
chapa 02, não colocou urnas suficiente nas áreas/bairros do conjunto das
oposições. Um fato que à primeira vista pode parecer prejudicial à todas às
chapas, beneficiou às duas chapas que fazem parte da direção do sindicato.
As duas chapas da
direção (01 e 02), sim porque na verdade não são oposição, dependem uma da
outra pelo processo de demonização. Um acusa o outro de “radicalismo” e o outro
acusa o um de “falta de democracia”. Na verdade ambos estão corretos. Claudio
Fonseca e sua direção não são de forma alguma democráticos na condução do
sindicato. Grande Parte das pessoas que vão à assembleia já perceberam isso.
Porém, de forma alguma a chapa 02, que também é direção, pode ser considerada
radical. Ela se contenta em denunciar a Claudio Fonseca como autoritário, mas
ao analisarmos essas mesmas correntes (PSTU-PSOL) quando dirigem outros
sindicatos, ou fazem parte da direção na proporcionalidade, são iguais a
Claudio Fonseca e sua diretoria. Tem os mesmos métodos burocráticos, haja
vista, só para citar dois exemplos, o sindicato dos metalúrgicos de São José
dos Campos-SP dirigido pelo PSTU e os bancários de São Paulo dirigido em
conjunto pelo PT-e PSOL. Na verdade seria trocar seis por meia dúzia, como diz
um ditado popular. Para não ir muito
longe, a greve de 2012, em que o presidente quase foi linchado por ter
terminado a greve à revelia da assembleia, contou com membros da atual “Unidade
da Oposição” para o desmonte do movimento. Primeiro que não foi Claudio Fonseca
sozinho que defendeu o fim da greve, basta puxar da memória o membro da atual
chapa 02 que assim o fez. E semanas depois, na reunião de Representantes de
Escola-Res, quando parecia que o presidente seria massacrado junto com sua diretoria pelos eventos do
final da greve, eis que o presidente declara que “não entendia as críticas,
pois quem recomendou pelo final da greve foram membros da oposição”, e
imediatamente sacou o celular o torpedo recebido na véspera da fatídica assembleia em que o principal membro da oposição, hoje
no governo Haddad, dizia com palavras bem simples “Claudio, temos que acabar
com essa greve!”. Ao se ver citado o seu nome, esse dirigente da “oposição”
lamentou que uma mensagem de SMS enviada em nível “pessoal, fosse assim
divulgada”. Ou seja, o problema se resumia a que o acordo deveria ser secreto.
Tudo isso está gravado em áudio e vídeo a quem se dispuser perguntar e
pesquisar com a direção do sinpeem. Eis o tipo de “Oposição” que por falta de
memória e conhecimento da categoria disputa com Claudio Fonseca, mas faz
acordos, ao mesmo tempo que é interessante vende-lo como demônio. Só uma fraude
tão grotesca, que alijasse completamente a base lutadora da categoria do
direito de decidir os rumos de seu sindicato, poderia manter estes traidores no
poder.
A grande maioria dos
que foram votar são aposentados. Os que estão na ativa, ou acumulam cargo, ou
além disso, estavam muito longes dos locais de votação. A juventude, essa
juventude mais radicalizada, que participa ativamente das assembleias também
não compareceu, pelo mesmo motivo dos outros, não tinha como chegar ao local a
tempo. Conclusão: Essa eleição foi uma fraude do começo ao fim. Não representa
os anseios da categoria. Essa direção eleita, tanto chapa 01 como chapa 02, não
tem representatividade. Mas essa “vitória”, da forma fraudulenta que foi
construída, não foi somente para determinar a derrota até mesmo de correntes
tradicionais na categoria como a chapa 03 (cutista), mas de dar a oportunidade
de tripudiar sobre os “derrotados”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário