sábado, 5 de dezembro de 2015

Não ao impeachment! Não ao chamado de novas eleições!

Não ao impeachment! Não ao chamado de novas eleições!
Todos os trabalhadores e todos os oprimidos ocupar as ruas do Brasil  contra a ameaça do golpe de Estado! A luta contra o golpe deve ser em conjunto com a  luta de classes contra os ataques de austeridade do governo!
Tudo o que nós da CCR-RCIT vínhamos denunciando em nossos artigos desde meados de 2014 que   estava em andamento um processo de golpe de Estado se confirmou. Algo que já vinha se desenvolvendo mesmo antes das eleições presidenciais em outubro 2014 se confirmaram após a vitória apertada da Frente Popular (PT-PMD).
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, informou na última quarta-feira, 2 de novembro, que autorizou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele deu andamento ao requerimento formulado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior. O pedido de Bicudo – um renegado fundador do PT – foi entregue a Cunha em 21 de outubro desse ano. No requerimento, além de outras acusações estão a de o governo Roussef incluir as chamadas “pedaladas fiscais” no governo em 2015, como é chamada a prática de atrasar repasses a bancos públicos a fim de cumprir as metas parciais da previsão orçamentária. A manobra fiscal foi reprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Há que se notar que tal prática já havia sido feita pelos governos anteriores, inclusive do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso-PSDB e ainda praticado por governadores estaduais e municipais.
Na representação, os autores do pedido de afastamento também alegaram que a chefe do Executivo descumpriu a Lei de Responsabilidade Fiscal ao ter editado decretos liberando crédito extraordinário, em 2015, sem o aval do Congresso Nacional. Eduardo Cunha destacou ainda que “Dilma agiu, ao liberar o dinheiro, como se a situação financeira do país fosse de superávit (mais receita que despesa), sendo que depois enviou projeto pedindo para reduzir a meta fiscal”.
A presidente Dilma negou, em pronunciamento que tenha cometido atos ilícitos em sua gestão e afirmou que recebeu com indignação a decisão do Presidente da Câmara e ainda afirmou:
"Hoje eu recebi com indignação a decisão do senhor presidente da Câmara dos Deputados de processar pedido de impeachment contra mandato democraticamente conferido a mim pelo povo brasileiro". "São inconsistentes e improcedentes as razões que fundamentam esse pedido. Não existe nenhum ato ilícito praticado por mim, não paira contra mim nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público".
Para ser aprovado, o parecer dependerá do apoio de, pelo menos, dois terços dos 513 deputados (342 votos). Se os parlamentares decidirem pela abertura do processo de impeachment, Dilma será obrigada a se afastar do cargo por 180 dias, e o processo seguirá para julgamento do Senado.
Como vão resistir ao golpe as direções dos movimentos de massa
A direção da Federação Única dos Petroleiros (FUP), junto com a direção da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e ativistas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) lideram as articulações com movimentos sociais de todo País em defesa do mandato  da presidenta Dilma Rousseff.
Somos contra o pedido de impeachment aceito pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha”, declarou, quase como um slogan da campanha pró-Dilma, o diretor de Comunicação da FUP, Francisco José de Oliveira, o Chico Zé. “Não estamos parados, não! Vamos partir para cima. Vamos chamar todo mundo a participar: movimentos sociais, estudantes” em mais uma das inúmeras reuniões que realiza contra a aceitação do pedido de impeachment.
Outra reunião de articulação estava marcada no dia seguinte na sede da CUT no Rio de Janeiro, às 11h, para fechar um pacote de atividades nos próximos dias com centrais e sindicalistas. A primeira  manifestaçãojá foi definida para a terça-feira, dia 8 de dezembro. A CUT já conseguiu disponibilizar uma frota de 60 ônibus para mobilidade dos manifestantes. A estratégia é convocar a participação de manifestantes da Bahia, Minas Gerais e estados em volta.
Os sem-terra e os estudantes também se manifestaram com apoio a Dilma e às manifestações em seu favor. O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, se comprometeu a mobilizar movimentos populares para ir às ruas em defesa do mandato da presidenta. “Certamente, os movimentos populares irão fazer suas avaliações e, nos próximos dias, nos articularemos para programarmos mobilizações e impedirmos, nas ruas, qualquer tentativa de ferir nossa nascente democracia”.
O partido de Causa Operária (PCO) reafirma em seu website que “é preciso levar a luta para o terreno das massas, do povo trabalhador, da maioria do País que não tem como ganhar da direita por meio do voto no Congresso Nacional, mas que pode impedir o golpe nas ruas, mobilizada e organizada para resistir à ofensiva golpista.

O ex-presidente Lula da Silva

Dizendo-se indignado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff foi um gesto de "insanidade" do presidente da Câmara dos Deputados e   que estaria colocando interesses pessoais acima dos do país.

A oportunista posição do PSTU em favor do golpe dizendo: “Fora Todos”!
O site oficial do PSTU no dia seguinte diz: “O PSTU vem defendendo já há algum tempo a necessidade de os trabalhadores se organizarem e irem às ruas para dar um basta ao governo da Dilma, mas também fora Cunha, fora Aécio Neves, fora MichelTemer e fora esse Congresso”. E ainda acrescenta que “ Dilma mentiu nas eleições, dizendo que não atacaria os trabalhadores”. Além disso O PSTU faz a proposta de convocar novas eleições gerais no país, para presidência da República, senadores, deputados federais e governadores.


Nossa posição quanto aos governos de Frente Popular de Lula e Dilma Roussef
O Partido dos trabalhadores e seus governos típicos de Frente Popular fizeram  suas políticas de ataques aos trabalhadores na forma de arrocho salarial, privatizações de aeroportos e rodovias, superávits primários para pagamento aos abutres credores internacionais, subsídios ao latifúndio destruidor da Amazônia, subsídios aos poderosos órgãos de imprensa, desvios milionários de verbas em aliança com setores da burguesia, etc. O partido com o objetivo de  conseguir a sua “governabilidade” não só corrompeu como se corrompeu. Uma tragédia prevista  há muitos anos desde a eleição de Lula da Silva em 2002.
A CCR-Seção nacional do RCIT esclarece então que não damos nenhum apoio político aos governos do PT (Lula e Dilma). Porém, defendemos sim contra o golpe, assim como os revolucionários fizeram quando defenderam o governo eleito na Espanha durante a guerra civil espanhola (1936-1939) contra as tropas fascistas de Francisco Franco, sem, no entanto, se comprometer com esse mesmo governo.
Porém, a partir do ponto de vista do imperialismo ocidental (EUA-EU-Japão) e da burguesia financeira e latifundiária desse país, o PT tem um defeito insuperável: sua origem social a partir dos movimentos de massa e das lutas do final da ditadura militar entre final dos anos 70 e início dos 80. Essa origem é imperdoável mesmo tendo se vendido e praticado muitas ataques aos trabalhadores, principalmente o funcionalismo público, como por  exemplo a Reforma de Previdência de Lula da Silva em 2003.

O papel de Russia e China imperialistas
O motivo mais importante do porque o imperialismo ocidental quer o afastamento de Dilma e do Partido dos Trabalhadores é pela razão de que os  governos do PT (Lula e Dilma) fortaleceram os laços com Rússia e China, as novas potências imperialistas que estão em profunda rivalidade militar e econômica com o imperialismo tradicional ocidental. Haja vista os acontecimentos de Ucrânia e Síria.
O PT faz parte dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), uma aliança que visa dar visibilidade a seu crescente poder econômico em uma maior influência geopolítica mundial, algo que também incomoda o imperialismo ocidental.
A origem social do PT o obrigou a fazer concessões aos pobres na forma de políticas de ataques à miséria, as bolsas-família e outros subsídios tirando vários milhares da extrema pobreza nas periferias e nas regiões Norte e Nordeste e assim evitando as migrações em massa para a rica região que eram comuns até os anos 90.
E um ponto dos mais importantes: O Partido dos Trabalhadores ainda não privatizou totalmente as bacias do Pré-sal que valem bilhões de dólares, também não privatizou a Petrobrás, assim como não privatizou os estatais Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, além de que, sob pressão de sua base de milhões de trabalhadores filiados a sua central sindical CUT, o PT não apoia o projeto de terceirização total do conjunto dos trabalhadores brasileiros. Os imperialismos ocidentais e Russos-Chineses adorariam investir num país em que os trabalhadores, através da terceirização, se tornariam semi-escravos, sem os mínimos direitos trabalhistas.
É tudo isso que explica o processo golpista em curso que poderá levar ao impeachment do governo Dilma Roussef e o concomitante processo de desmoralização do PT e do provável forte candidato em 2018 Lula da Silva.
A ideia de que defender que o processo golpista e o impeachment é necessário por que existe uma “grande a corrupção” só explica por duas coisas: 1) Uma profunda ingenuidade política alimentada pelos meios de comunicação; 02) Um profundo oportunismo político de grupos tanto à direita como à pseudo-esquerda pequeno-burguesa. Como expusemos acima, as coisas não são tão simples. São os interesses do imperialismo ocidental, comandados pelo imperialismo estadunidense, que explicam um processo tão complexo.
Os movimentos sociais e dos trabalhadores devem tomar as ruas com duas tarefas: 1) Lutar contra todas as medidas de ataques aos trabalhadores do governo de Frente Popular de Dilma Roussef e de sua equipe econômica tais como a alta dos juros, as reformas das pensões, as mudanças no seguro-desemprego, a criminalização dos movimentos sociais com a nova lei sobre terrorismo, o arrocho salarial, etc. 2) Lutar contra o golpe orquestrado pelos setores mais conservadores e reacionários que ressurgiram nos últimos anos desde o fim da ditadura militar em 1985.
É necessário que os revolucionários devem trabalhar para a construção de organizações independentes do Governo de Frente Popular, construir um novo partido de trabalhadores cuja estratégia seja a luta por um governo em aliança com os trabalhadores do campo e das cidades baseado nos conselhos e milícias populares.
Nós do CCR seção nacional do RCIT defendemos:
* Não ao impeachment! Não ao chamado de novas eleições!
* Às ruas todas os trabalhadores e oprimidos contra a ameaça de um golpe de Estado! Pela luta de classes contra os ataques de austeridade do governo!
- Pela a criação de comitês de luta nas fábricas, nos bairros, nas favelas, nas periferias e nos sindicatos em defesa urgente dos nossos direitos e contra qualquer movimento golpista!


quinta-feira, 19 de novembro de 2015

AS GRANDES POTÊNCIAS TÊM O OBJETIVO DE LIQUIDAR A REVOLUÇÃO SÍRIA!


 

Mobilizar pela Solidariedade Internacional com a Luta de Liberação Síria contra Ditadura de Assad! Parar os ataques Aéreos dos EUA, Rússia e França!

Não ao Terrorismo do Estado Islâmico!

 

18/11/2015

Declaração da Corrente Comunista Revolucionária Internacional (RCIT)

 

1. A Revolução Síria enfrenta atualmente sua maior ameaça. As Grandes Potências – em especial os EUA, Rússia e França- estão conspirando para liquidar a Revolução síria. Obama, Putin e Hollande desejam alcançar esse objetivo com a ajuda do bárbaro aparato estatal construído durante décadas de ditadura pelo clã Assad assim como pela integração de alguns elementos corrupto entre os setores de oposição síria.  Este é o objetivo das negociações que atualmente ocorrem em Viena, no encontro do G-20 e da visita de Hollande a Moscou. A Corrente Comunista revolucionaria Internacional alerta que se eles tiverem sucesso nisso, será o maior golpe Revolução Árabe em geral e à Revolução síria em particular.

2. Enquanto não conhecemos os resultados definitivos das negociações entre as Grandes Potências, existe indicação de dados que mostram que os governantes estão seriamente avançando em um plano de acordo concreto para pacificar a Revolução Síria. Eles entraram em acordo em intervir de forma na Síria e coordenar seus ataques. Eles igualmente concordam com um "período de transição" a durar por alguns meses (o tempo exato está em discussão e varia entre 06 e 18 meses) até que eleições parlamentares ocorram. Há diferenças não resolvidas com relação ao próprio futuro do ditador Bashar al-Assad o qual foi um lacaio de Rússia nos últimos anos – após décadas de colaboração dele e de seu pai com o imperialismo estadunidense. (Guerra do Golfo1991, programas de tortura da CIA, etc.) No entanto, existe um acordo entre as Grandes Potências em manter a maior parte do aparato Baathista – uma casta do exército, do serviço secreto e oficiais administrativo treinados nas décadas de ditadura brutal. Há "discussões construtivas" entre as grandes potências sobre a federalização da Síria ao longo de linhas religiosas e étnicas que poderiam levar a novas expulsões em massa e assassinatos de pessoas "erradas" que vivem nos distritos (como aconteceu na Índia e no Paquistão 1948). Finalmente, Rússia e Estados Unidos elaboraram listas de "grupos terroristas" na Síria, que - de acordo com a agência de notícias - "são em grande parte coincidentes". Isto significa que as Grandes Potências concordam que, enquanto alguns grupos de oposição "moderada" poderiam ser arrastados para o "processo de transição política", a maior parte importante dos rebeldes sírios deve ser excluída e caçados como "terroristas".

 

3. Qual é o pano de fundo deste novo desenvolvimento? Em primeiro lugar, os desenvolvimentos dos acontecimentos nos últimos meses têm testemunhado um enfraquecimento do regime de Assad, que levou o regime à beira do colapso. A grandiosa intervenção militar da Rússia, juntamente com mais tropas iranianas tenta agora modificar este declínio ao redor. Em segundo lugar, as grandes potências ocidentais - cujas esperanças no passado falharam no sentido de que eles poderiam colocar um lacaio na casta superior do aparelho de Estado baathista que não servisse principalmente aos interesses russos, mas aos interesses ocidentais - estão agora dispostos a colaborar com Putin neste esforço. Eles têm que tirar do balanço que suas táticas passadas na guerra civil síria não lhes trouxeram uma força sólida de apoiantes nem nas fileiras dos rebeldes nem entre o regime. O melhor que eles puderam fazer foi o alistar as forças curdas - incluindo o pequeno-burguês nacionalista do YDG / PKK – (em português Partido dos Trabalhadores do Curdistão) como tropas terrestres na guerra contra Daesh / (em português Estado Islâmico-EI) . Em terceiro lugar, as ondas de refugiados que vão para a Europa têm impulsionado os governos da União Européia-UE a pacificar a guerra civil síria, colaborando com o regime de Assad. Vamos observar brevemente que a UE ignorou completamente a "crise" de refugiados, enquanto os refugiados sírios estavam restritos ao Líbano, Turquia e outros países vizinhos!

4. Finalmente, o desejo das Grande Potências em colaborar na liquidação da revolução síria certamente foi acelerado pelos dois ataques terroristas bem sucedidos por parte do reacionário Salafista-Takfiri Daesh /Estado Islâmico-EI - contra um avião russo no Egito, bem como o ataque em Paris. Ambos os ataques foram dirigidos contra civis comuns e serviram á classe dominante como um pretexto bem-vindo para justificar suas guerras imperialistas. Isto demonstra mais uma vez o caráter reacionário da organização Daesh /EI. Notamos de passagem que 49 organizações de rebeldes sírios - incluindo Jaish al-Islam e Ahrar al-Sham - denunciaram o ataque Paris.

 

5. O perigo para o futuro da Revolução Síria é acelerado pelo fato de que a própria revolução enfrenta uma crise terrível de liderança. Os rebeldes estão divididos, uma parte de líderes tem sido corrompido e as forças mais fortes são islamitas, incluindo os grupos sectários e salafistas. Este é o resultado do fato de que a classe trabalhadora não foi capaz de desenvolver sua própria liderança durante as décadas de ditadura sob o clã Assad, bem como pela a colaboração vergonhosa dos dois partidos “comunistas” sírios com o regime de Assad. Soma-se a isso a traição da revolução síria pelas forças mais fortes da chamada internacional de "esquerda". Os governos bolivarianos burgueses capitalistas de estado na Venezuela, na Bolívia e no Equador, o Partido da Esquerda Europeia, etc, dos Partido Comunistas da Índia - eles todos, ou apoiaram abertamente o sangrento regime de Assad sangrenta e saudaram a agressão imperialista por parte da Rússia ou tomaram uma posição neutra. Finalmente, o setor de "esquerda" do grupo curdoYPG / PKK também não apoiou a Revolução durante anos e agora não só legitimamente está a defender o povo curdo contra Daesh / EI, mas por outro lado também está a colaborar com o imperialismo norte-americano. Não é de surpreender que sejam os islamitas como as únicas forças significativas que apoiam a revolução a conseguiu ganhar o apoio das massas!

6. O RCIT considera a aparente união das grandes potências como um grande perigo não só para a revolução síria, mas também para a revolução árabe como um todo. Isto é particularmente verdadeiro se somarmos a isso as recentes derrotas da revolução iemenita contra a invasão liderada Arábia e a repressão contínua do povo egípcio pela ditadura militar sangrenta do general Sisi. No entanto, a derrota da Revolução Árabe está longe de ser dada como certa. Há uma série de tendências contrárias: i) a força dos rebeldes sírios e sua oposição a qualquer acordo que incluiria o aparelho do Estado comandado por Assad, ii) a semi-Intifada do heroico povo palestino e iii) a contínua e firme luta de massas do povo do Iêmen e do Egito contra as forças reacionárias.

 

7. Os desenvolvimentos recentes também demonstraram uma vez mais quanto ridícula é a tese de vários esquerdistas pró-stalinistas é que a Rússia não é uma Grande Potência imperialista. Hoje a Rússia é o estado que realiza a intervenção militar mais forte. A Rússia empreende a maioria dos ataques aéreos e é capaz de usar as forças do regime sírio, bem como tropas iranianas como suas tropas terrestres. Os EUA e a UE - apesar de sua rivalidade com Moscou - foram forçados a se acomodar ao fato de aceitarem Putin como um parceiro para a liquidação da Revolução Síria. Depois de parar Obama em setembro de 2013 de um ataque militar na Síria, e após a anexação da Criméia e de fato a região de Donbass, em 2014 na Ucrânia, o imperialismo russo voltou a demonstrar sua força ao intervir maciçamente militarmente na Síria forçando as Grandes Potências ocidentais a colaborar com ele. Aqueles que não conseguem reconhecer o caráter imperialista da Rússia (e da China) estão perdidos em confusão em um mundo que está cada vez mais caracterizado pela rivalidade das diferentes Grandes Potências - principalmente EUA, UE, Rússia, China e Japão. Eles inevitável mente acabarão nas margens ou mesmo do lado errado das barricadas nas principais questões da luta de classes internacional.

7. Los acontecimientos recientes también han demostrado una vez más cómo risible es la tesis de varios pro-estalinistas izquierdistas que Rusia no es un Gran Poder imperialista. Actualmente Rusia es el estado que ha llevado a cabo la intervención militar más grave en Siria. Mientras que Rusia se ejecuta en su mayoría los ataques aéreos, lo hace durante el uso de las fuerzas del régimen sirio y unidades iraníes que sus tropas terrestres. Los EE.UU. y la UE - a pesar de su rivalidad con Moscú - hemos aceptado el hecho de que se verán obligados a aceptar a Putin como un socio en la liquidación de la Revolución Siria. Después de parar Obama de lanzar un ataque militar en Siria en septiembre de 2013, y luego la anexión de Crimea y la región de Donbass en 2014, el imperialismo ruso ha vuelto a demostrar su vigor por su actual intervención militar masiva en Siria y su obligando a las grandes potencias occidentales para colaborar con ello. Los que no reconocen la naturaleza imperialista de Rusia (y China) se han perdido irremediablemente en la confusión en un mundo que se caracteriza cada vez más por la rivalidad de los diferentes grandes potencias - principalmente los EE.UU., la UE, Rusia, China y Japón. El ciego termina inevitablemente en el banquillo o incluso en el lado equivocado de las barricadas en las principales cuestiones de la lucha de clases internacional.9. Quais são as principais tarefas para os socialistas agora? O RCIT considera urgente que os operários e os camponeses se organizem de forma independente de todas as forças burguesas e pequeno-burguesas - isso inclui Exército Livre da Síria- ELS (em inglês FSA) secular (ou seja,não religioso), bem como as facções islamitas. Os Socialistas e Democratas devem apoiar todos os esforços para construir conselhos de  trabalhadores e camponeses, assim como milícias populares. Os Socialistas tanto na Síria como em âmbito internacional deveriam se reunir para apoiar a revolução síria e a luta dos rebeldes contra Assad, bem como contra o  reacionário Salafista-Takfiri Daesh-Estado Islâmico. O RCIT apoia a resistência dos rebeldes tanto contra todos os imperialistas, os russos, bem como os imperialistas EUA e França. Ao mesmo tempo, os socialistas têm que lutar contra a agenda política da liderança dos rebeldes e tomar medidas para construir um autêntico partido operário revolucionário.

 

10. Além disso, é fundamental aumentar a solidariedade internacional com a Revolução Síria, o que inclui uma luta incondicional contra a conspiração Grandes Potências bem contra os reformistas, os apoiadores estalinistas e bolivarianos ao regime de Assad. Nós também criticamos fortemente esses esquerdistas que limitam o seu apoio para a revolução síria a alguns pequenos círculos de intelectuais democratas pequeno-burgueses (na sua maioria residentes no estrangeiro) que se encaixam no esquema do "progressista" da esquerda ocidental. É um fato lamentável que a revolução síria esteja atualmente a ser dirigida por forças islâmicas pequeno-burguesas. No entanto, este tem sido frequentemente o caso - nós apenas lembramos a esses esquerdistas para o fato de que a revolta heroica das tribos do Rif liderados pelo islamita Abd el-Krim na década de 1920. Da mesma forma, a luta pela independência argelina conduzida pelo FLN levou a uma série de massacre contra colonos franceses e civis argelinos. (Para não falar da defesa da União Soviética apesar do fato de que a ditadura stalinista massacrou milhões de trabalhadores!) Da mesma forma a revolução espanhola em 1936-39 foi liderada pelos reformistas e estalinistas que defendiam a propriedade privada dos capitalistas e massivamente assassinaram revolucionários operários e camponeses. O RCIT não deixa de apoiar a justa luta das centenas de milhares de rebeldes sírios contra o regime de Assad, bem como não deixa de ser contra as potências imperialistas em função de suas lideranças islâmicas. Apenas covardes pequeno-burgueses, dependendo da "opinião pública" no Ocidente e na Rússia abandonam a luta revolucionária (ou uma greve) por causa de uma liderança errada!

 

13. O RCIT mais uma vez apela aos socialistas a combinar a solidariedade internacionalista com a Revolução Síria com o apoio contínuo à luta palestina de libertação contra o Estado sionista, à resistência popular contra a ditadura egípcia, e à guerra de libertação iemenita contra a invasão estrangeira pela gangue de Al -Saud. Ao mesmo tempo, os socialistas na Europa devem participar do movimento de solidariedade em favor dos refugiado e lutar por uma perspectiva internacionalista da classe trabalhadora.

14. O mais importante, os revolucionários devem se unir com base em um programa internacional que inclui solidariedade com a Revolução Árabe, a luta pela revolução permanente e pelo poder da classe trabalhadora, e tanto contra o imperialismo ocidental como o imperialismo oriental. O RCIT chama revolucionários ao redor do mundo a se juntarem a nós na luta por um novo partido mundial da revolução socialista!

15. A RCIT conclama aos socialistas autênticos, a todos os trabalhadores e aos pobres e oprimidos a lutar junto conosco para:

* À vitória na Revolução Síria! Abaixo a Ditadura de Assad!

* Não à  conspiração grandes potências contra a revolução síria!

* Derrota da Intervenção militar da Rússia, dos EUA e da França!

* Nenhuma intervenção militar da Grã-Bretanha na Síria! Forçar o Partido Trabalhista se opor e mobilizar para os protestos nas ruas!

* Não ao sectarismo reacionário! Abaixo o Salafi-Takfiri Daash (Estado Islâmico)!

* Por milícias e Conselhos Operários e camponeses! Por um governo operário aliada aos camponeses com base em conselhos e as milícias locais!

* Pela solidariedade internacional com os rebeldes sírios e pelo movimento popular! Por uma campanha das organizações de massas da classe trabalhadora e para facilitar a ajuda militar oprimidos para o movimento rebelde!

* Para a solidariedade internacional do movimento operário aos companheiros no Egito!

* Abaixo o sionista Estado de Apartheid Estado! Solidariedade com a luta de libertação palestina! Por uma Palestina livre, Vermelha desde o rio até o mar!

* Defender o Iêmen contra a gangue de agressores de al-Saud!

* Revitalizar e espalhar a revolução árabe que começou no final de 2010! Por uma Federação Socialista do Oriente Médio!

* Solidariedade com os refugiados que vão para a Europa! Abrir as Fronteiras! Por mobilizações de massa contra o crescente racismo tendo como alvos os imigrantes e os refugiados muçulmanos!

* Não ao aumento da repressão estatal na Europa! Cancelar o estado de emergência em França! Nenhumas restrições aos direitos democráticos!

* Avançar na construção de partidos revolucionários no Egito, na Síria e internacionalmente! Pela revolucionária Quinta Internacional dos Trabalhadores!

 

Secretariado Internacional da RCIT

 

 

Para as nossas mais recentes analises sobre a Síria veja:

 


 

Para nossas analises sobre a Revolução Árabe veja:


For other RCIT documents and articles on Syria see ( em inglês):


 

domingo, 15 de novembro de 2015

Ocupar todas as escolas ameaçadas de fechamento como forma resistência aos ataques do governo do Estado contra os profissionais da educação e contra a população.




A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou  no final de outubro que 94 escolas seriam fechadas por causa de um processo de reorganização da rede estadual. O governo de Geraldo Alckmin (PSDB) diz que a medida tem objetivo de segmentar as escolas em três grupos (anos iniciais e finais do ensino fundamental e ensino médio), conforme o ciclo escolar. A estimativa é que 311 mil alunos tenham de mudar de escola no ano que vem.
Segundo a Apeoesp, 1.464 escolas estaduais, em 162 municípios, serão atingidas diretamente pela “reorganização”. É preciso ficar claro que se trata de um número enganoso, pois  o fechamento de uma escola ou sua “reestruturação” irá repercutir nas demais escolas da região, com o aumento do número de estudantes nas classes, com alterações na vida de professores e funcionários centenas demissões de professores e funcionáios.
No último sábado, dia 14 de novembro, em centenas de escolas do Estado de São Paulo, os pais de alunos foram convocados para serem informados oficialmente das mudanças que o governo Geraldo Alckmin deseja fazer no próximo ano, fechando escolas, turnos ou ciclos e transferindo os alunos compulsoriamente para outras unidades escolares, sem que os pais pudessem se posicionar diante de tais medidas.
No sentido de impedir um debate da comunidade escolar sobre golpe os professores e funcionários foram praticamente proibidos de participarem das reuniões.
Na  sexta-feira (13), o juiz Luis Felipe Ferrari Bedendi, da 5ª Vara de Fazenda Pública – voltou atrás de sua própria decisão anterior e resolveu suspender a ordem de retirada dos alunos das escolas ocupadas, até agora são 15,  contra a “reorganização.
Somente a mobilização de pais, alunos e profissionais da educação (professores e funcionários do quadro de apoio) ocupando todas as escolas ameaçadas poderá impedir esse furioso ataque do governador contra a educação pública.

O Ataque Terrorista em Paris é o resultado do terror imperialista no Oriente Médio!




Parar o belicismo da França e das outras Potências Imperialistas! Não à Mobilização do Exército dentro da França! Defender os povos muçulmanos contra os ódios Chauvinistas e contra a Repressão Estatal!
Declaração da Corrente Comunista Revolucionária Internacional (em inglês RCIT), 2015/11/14, www.thecommunists.net

1.            Na sexta-feira à noite, 13 de novembro, os terroristas - muito provavelmente membros da Daesh (o denominado Estado Islâmico) - cometeu seis ataques coordenados em Paris, que mataram 128 pessoas e feriram cerca de 200 outros. A maioria das vítimas morreu no local de shows Bataclan na capital francesa durante uma apresentação de uma banda de metal rock após forças de polícia especial invadirem o salão onde os terroristas tinham tomado como reféns o público presente. Além disso, os ataques foram também realizados em três restaurantes e um centro comercial. O presidente da França, François Hollande, declarou estado de emergência e enviados 1.500 soldados adicionais, em Paris. O transporte público foi interrompido e as pessoas foram instruídas a ficar em casa.
2.            A Corrente Comunista Revolucionária Internacional (em inglês RCIT) condena este ataque como sendo absolutamente reacionária. Não era dirigido contra um alvo militar, nem mesmo um alvo simbólico como o racista jornal Charlie Hebdo. Foi praticado diretamente contra jovens e a comum classe trabalhadora. Enviamos nossas mais sinceras condolências aos amigos e familiares das vítimas. O ataque demonstra uma vez mais o caráter particularmente reacionária das organizações salafistas-takfiri como Estado Islâmico, o que os diferencia de outros islamitas reacionários (porque organizações como o Estado Islâmico estão lutando principalmente contra os oprimidos e nossa classe operária, e não contra o imperialismo ou contra os regimes reacionários).
3.            O ataque também é completamente reacionário, porque servirá para a classe dominante justificar e intensificar sua ofensiva reacionária contra os povos oprimidos do Oriente Médio, bem como em nível nacional contra a classe trabalhadora em geral e os migrantes muçulmanos em particular. O Presidente Hollande, o provocador de guerra disfarçado em social-democrata, vai usar esse ataque como pretexto para enviar ainda mais aviões e navios de guerra ao Oriente Médio para bombardear o povo sírio e o povo iraquiano. A classe dominante, liderada pela mídia de direita, vai agitar o ódio chauvinista contra a numerosa minoria muçulmana de migrantes na França, e justificar uma intensificação da já enorme repressão estatal.
4.            A verdade é que a maioria de ataques recentes como estes em Paris são o resultado direto do crescente terror das Grandes Potências imperialista e de seus lacaios locais no Oriente Médio, combinado com a intensificação da opressão dos migrantes na Europa. As grandes potências - incluindo a França - já ocuparam e aterrorizaram o povo afegão por quase uma década e meia. Então, depois de ter deixado à míngua primeiro o povo iraquiano com uma guerra cruel de sanções que durou mais de uma década após 1991, os imperialistas sumariamente destruíram seu país durante a guerra de 2003 e da ocupação que se seguiu. Atualmente, as potências ocidentais e a Rússia imperialista estão trabalhando lado a lado para bombardear e colocar em submissão a resistência na Síria e ajudar o regime do serial killer Assad. O Imperialismo francês tem sido particularmente cruel em sua ofensiva militar. Ele não só participa da ofensiva imperialista na Síria e no Iraque, como também invadiu Mali e enviou tropas para reprimir a minoria muçulmana na República Centro-Africana. Além disso, Israel imperialista está intensificando a fome e expulsão do povo palestino em Gaza e na Cisjordânia. Enquanto no Iêmen, o bando reacionário de Al-Saud e seus aliados locais - apoiado pelas grandes potências ocidentais - estão travando uma guerra vicioso da agressão contra o povo do Iêmen. Além disso, a França e o imperialismo ocidental não tiveram nenhum problema com a Rússia durante massacre de até 200 mil pessoas do heroico povo da Chechena.
5.            A combinação de implacável terror imperialista estatal e das atuais ditaduras arqui-reacionária aliadas com uma ou mais das grandes potências resultaram em uma onda sem precedentes de terror contra as massas populares no Oriente Médio. O regime de Assad - um aliado-chave da Rússia imperialista e um colaborador de longa data do imperialismo ocidental - por si só é responsável por pelo menos 300 mil mortos na Síria. Pelo menos 450 mil iraquianos morreram como consequência da guerra dos EUA e sua posterior ocupação desse país. A maioria do povo palestino é forçado a viver como refugiados e / ou sob o terror da máquina de guerra sionista (Estado de Israel). Os imperialistas criaram um regime de terror patrocinado pelo estado em todo o Oriente Médio, e o terror, em consequência, volta na cara dos imperialistas como um resultado direto do terror de Estado muito mais violento. Portanto, não será nenhuma surpresa se ataques terroristas semelhantes, como o mais recente em Paris tiver lugar em outros países imperialistas também.
6.            O Estado Islâmico (Daesh / EI) é um produto de anos e anos de agressão imperialista. O fracasso de várias lideranças pequeno-burguesas nacionalistas e islâmicas resultou na criação de uma organização tão desprezível e reacionária. No entanto, repetimos, não é tarefa dos imperialismos combaterem o Estado Islâmico, não só porque ele só vai fortalecê-los, mas porque as massas do povo sunitas no Oriente Médio tiveram de aprender nos últimos anos que, na prática, o domínio imperialista significa terror aberto contra eles. Os EUA, a França e a Rússia estão cinicamente usando essa guerra contra Estado Islâmico como um pretexto para estender sua influência e seus interesses comerciais no Oriente Médio. Não, lutar contra o Estado Islâmico-EI é a tarefa dos próprios operários e camponeses organizados em milícias populares, e apenas as forças do progresso podem ser vitoriosas e alcançar o interesse da nossa classe.
7.            O RCIT enfatiza, mais uma vez, que a atual tarefa dos socialistas é opor-se às mobilizações pró-imperialistas - tanto internamente como no exterior - da França, assim como das outras grandes potências. Os socialistas não devem participar nas mobilizações patrióticas, pró-imperialistas de que o governo Hollande certamente será agora organizador. Em vez disso, deveriam-se organizar manifestações de rua independentes que condenem o ataque terrorista e ao mesmo tempo contra a política racista e militarista do governo Hollande.
8.            Os socialistas devem defender os imigrantes muçulmanos e mobilizar contra a guerra imperialista do governo Hollande, assim como os dos EUA, do Reino Unido, de Israel e da Rússia. Socialistas devem indicar claramente que o inimigo principal não são os jihadistas reacionários, mas o governo Hollande e as grandes potências. Eles são responsáveis ​​pela morte de mais pessoas, e carregam em suas costas muitos crimes e mais malignos. É urgente que os socialistas façam um esforço sério para ganhar o movimento dos trabalhadores ao longo de uma campanha resoluta em solidariedade com as lutas de libertação no Oriente Médio, bem como com os refugiados, e contra a guerra imperialista. Obviamente, essa campanha tem de incluir uma denúncia afiada contra todas as forças reformistas e centristas que não tomam uma posição anti-imperialista e internacionalista consistente.
9.            Por fim, salientamos a necessidade da construção de novos partidos revolucionários - na França e em todo o mundo. Somente esses partidos podem fornecer a liderança revolucionária como a única alternativa aos islamitas reacionários, assim como alternativa aos reformistas. Sem esses partidos revolucionários estando unidos em uma única, nova Internacional revolucionária, a classe trabalhadora na França e os povos oprimidos do Oriente Médio não podem esperar ter sucesso na luta eficaz contra seus inimigos. Somente tais partidos - como parte da Quinta Internacional dos Trabalhadores - podem lutar por um programa consistente de igualdade para os imigrantes e para a derrota do imperialismo no Oriente Médio. Apenas um partido mundial revolucionário pode ter sucesso na luta pela revolução socialista internacional.

Morte ao imperialismo! Abaixo Estado Islâmico-EI! Vingar os assassinatos lutando contra o imperialismo e todas as suas formas de opressão!

Secretariado Internacional da RCIT

Sobre nossas posições com relação ao ataque à Charlie Hebdo em Janeiro de 2015 veja: