Argentina: Reportagem em vídeo sobre a luta dos professores no Instituto del Profesorado 103 em Buenos Aires
segunda-feira, 27 de junho de 2022
quarta-feira, 22 de junho de 2022
Instituto 103 em Lomas, manifestações pelo direito de estudar sem ser assassinado
Nossa camarada Gabriela Capurro, uma das principais camaradas da seção argentina da CCRI/RCIT, quase perdeu sua vida depois de membros de quadrilhas armadas terem atacado as instalações da escola em que ela trabalha. Eles atiraram nela e, se ela não tivesse reagido tão rápido, ela teria perdido sua vida. Temos muito prazer em informá-lo que ela não foi ferida e que os atacantes foram expulsos da escola por ativistas estudantis.
Nossos camaradas estão organizando um protesto contra os situação com os alunos e professores da escola de seu distrito. Abaixo, o relatório em espanhol de nossos camaradas na página principal do site da corrente. Você também pode assistir aos vídeos das reportagens.
https://convergenciadecombate.blogspot.com/2022/06/instituto-103-de-lomas-marchan-por-el.html
https://convergenciadecombate.blogspot.com/2022/06/hoy-marchamos-en-defensa-de-la-vida-de.html
Instituto 103 em Lomas, manifestações pelo direito de estudar sem ser assassinado
https://convergenciadecombate.blogspot.com/2022/06/instituto-103-de-lomas-marchan-por-el.html
Ontem à tarde, uma gangue de foras-da-lei entrou nas instalações do Instituto del Profesorado 103, localizado em Villa Urbana, a poucos metros de Puente La Noria. Um desses delinqüentes apontou seu revólver para Gabriela Capurro, membro do centro estudantil, que lhe salvou a vida por ter falhado o disparo.
Há alguns dias, dezenas de estudantes do instituto haviam feito uma passeata de protesto da escola para a estrada de coleta de Caminho Negro para exigir a normalização do fornecimento de eletricidade e para denunciar a situação de insegurança que sofrem diariamente. Ontem, se a arma do agressor não tivesse falhado, esta realidade, que visa principalmente a classe trabalhadora e os pobres, teria causado outra vítima.
Dezenas de colegas de classe que estavam no intervalo de aula se defenderam corajosamente, conseguindo expulsar os valentões. Nos diálogos que se seguiram, vários jovens que estudavam na escola de formação de professores tiraram uma conclusão, que foi expressa em vários diálogos no pátio e nas salas de aula: "se não tivéssemos agido como agimos, eles teriam voltado outro dia com mais arrogância para nos roubar a todos...".
Hoje às 17h, o comunicado educativo de 103 marchará até Puente La Noria, para denunciar a situação dramática que estão vivendo. Esta mobilização será por um direito humano básico: a DEFESA DE SUAS VIDAS. Por esta razão, todos devem estar presentes, em Gabriel Miró 2450, a dois quarteirões do colecionador e a seis quarteirões de Puente La Noria.
sexta-feira, 17 de junho de 2022
Brasil: Punição aos assassinos de Bruno Pereira e Dom Philips!
Abaixo a política de Bolsonaro de destruição da Amazônia!
Declaração da Corrente Comunista Revolucionária -CCR, seção brasileira da CCRI/RCIT, 15.6.2022, http://elmundosocialista.blogspot.com
Após dez dias de buscas pelo indigenista especialista em selva Amazônica Bruno Pereira e pelo jornalista do The Guardian, o britânico Dom Philips, um dos principais suspeitos pelo desaparecimento, Amarildo Oliveira da Costa, confessou ter participado do assassinato da dupla. A informação foi passada por fontes da Polícia Federal à imprensa nesta quarta-feira (15).
O website CNN Brasil dá um informe de que Amarildo confessou aos policiais que uma outra pessoa foi a responsável por atirar em Pereira e Phillips. O suspeito disse ainda que sua participação foi apenas no momento em que ajudou a enterrar os dois. Aos agentes, Amarildo também contou que os corpos foram esquartejados e incinerados.
Também nesta quarta, uma testemunha-chave do caso já havia afirmado à Polícia Federal que o jornalista e o indigenista haviam sido mortos. Em depoimento durante a madrugada, essa mesma testemunha descreveu aos policiais o local onde os corpos teriam sido deixados.
Na terça-feira (14) a Polícia Federal prendeu Oseney da Costa Oliveira, por supostamente estar envolvido no caso. Ele é irmão de Amarildo da Costa de Oliveira.
Este ato de barbárie, é mais um crime perpetrado neste governo do presidente Bolsonaro. É um governo comprometido com a destruição da Amazônia, com o extermínio dos povos originários e o avanço dos grandes proprietários do agronegócio, das madeireiras e das mineradoras sobre a floresta e as reservas indígenas. Em poucos anos de governo Bolsonaro não mediu esforços para desmantelar e sucatear todo e qualquer órgão de proteção ambiental ou indígena, e perseguir quem qualquer um que se se coloca contra essa política. O próprio Bruno Pereira foi demitido sumariamente da função governamental de Coordenação Geral de Indígenas Isolados após comandar uma ação bem sucedida contra o garimpo ilegal.
O governo Bolsonaro faz pose de ser um político nacionalista, mas todo o seu governo foi atuante em incentivar e aumentar as privatizações do patrimônio nacional (por exemplo a Petrobras e a Eletrobras) assim como própria Amazônia ao imperialismo, como na recente demonstração de absoluto servilismo oferecendo a floresta ao bilionário estadunidense Elon Musk.
Bolsonaro mais uma vez mostrou todo o seu desprezo aos povos indígenas e a quem luta em sua defesa. Horas após o desaparecimento de Bruno e Dom, culpou as próprias vítimas afirmando que os dois estavam numa “aventura não recomendável”. Demonstrando total sintonia com o que pensa o presidente, seu vice, o General Hamilton Mourão, também responsabilizou o indigenista e o jornalista ao afirmar à imprensa que “eles entraram numa região perigosa sem avisar efetivamente as autoridades competentes”. Porém, a Fundação Nacional do Índio-FUNAI já estava devidamente informada da presença do indigenista na região.
O governo Bolsonaro é responsável direto por este crime. Desde o início do seu governo ele vem incentivando o desmatamento e o garimpo ilegal na região, dando certeza de impunidade aos criminosos. A tragédia do assassinato de Pereira e Philips não é um caso um caso isolado, é parte de seu projeto autoritário de perseguição, tortura e extermínio de ativistas e adversários.
Chega de destruição da floresta Amazônica!
Punição exemplar aos assassinos de Pereira e Philips!
Fora Bolsonaro e Mourão, já!
segunda-feira, 13 de junho de 2022
Eleições na França: a Europa e o mundo se voltam para a esquerda
por Claudio Colombo
Version en espanol:
https://convergenciadecombate.blogspot.com/2022/06/elecciones-en-francia-europa-y-el-mundo.html?m=1
De acordo com nossos cálculos, a Nupes (Nova União Popular Ecológica e Social é uma coligação política de esquerda de França liderada por Jean-Luc Melénchon) está muito ligeiramente à frente com 26,10%, comparado a 25,81% da coligação Juntos!, enquanto o site do Ministério do Interior dá para à Juntos! ligeiramente à frente com 25,75%, comparado a 25,66% para Nupes. (Le Monde, França, 13 de junho).
O resultado é um paradoxo surpreendente em um país que elegeu duas vezes um presidente centro-liberal (Emmanuel Macron em 2017 e 2022), consagrou duas vezes um candidato da extrema direita, Marine Le Pen... (Página 12, 13 de junho).
Além do fato de que a aliança liderada por Melenchon - comunistas, socialistas, "verdes" e outros setores - não tem nada de revolucionário, sua vitória na primeira rodada indica a existência de uma virada à esquerda no movimento de massas, que na América Latina vem se manifestando com as vitórias de Boric no Chile, Petro na Colômbia, Castillo no Peru, Arce na Bolívia.
Em breve, nas eleições brasileiras de outubro, veremos outro exemplo desta tendência, com milhões de votos para o candidato do PT Lula, que provavelmente retornará ao governo pela terceira vez. Desde nossa corrente não chamamos a votar em nenhum desses personagens, pois estamos convencidos de que eles são a "perna esquerda" do sistema capitalista!
No entanto, seus avanços eleitorais estão anunciando de forma distorcida o início de uma nova onda de recrudescimento operário e popular, uma tendência global que está prestes a se tornar revolucionária, porque os trabalhadores e os povos, que já estão levantando a guarda, estão se preparando para travar uma lutatremenda - como já está acontecendo no Sri Lanka e em outras regiões - contra os planos capitalistas, que se tornarão cada vez mais duros.
Tudo isso será combinado, além disso, com o surgimento, desenvolvimento e consolidação de líderes e organizações de extrema direita - de diversas formas - que desempenharão um papel fundamental neste período de grande polarização política e militar. Em última análise, haverá um confronto cada vez mais direto entre a Revolução e a Contra-Revolução.
Neste contexto, a tarefa da esquerda revolucionária é traçar linhas com estas novas variantes do populismo, que não propõem nada diferente do que as opções mais "de direita" ou fascistas propõem. No final, todos eles querem que os trabalhadores e os pobres paguem pelos pratos quebrados da crise burguesa.
Aqueles de nós que agitam as bandeiras do socialismo devem se postular corajosamente como uma opção pronta para não se comprometer com nenhum desses setores, que se pintam de "vermelho" para conter e desviar as rebeliões que se aproximam. A luta feroz contra todas essas variantes será, a partir de agora, a única maneira de nos prepararmos para colaborar com o triunfo da Revolução Socialista.
quinta-feira, 9 de junho de 2022
Por uma Luta contra as Grandes Potências do Oriente e do Ocidente em uma Base Internacionalista e Anti-Imperialista!
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Declaração de Relações Fraternais entre a Tendência Socialista (Rússia) e a Corrente Comunista Revolucionária Internacional (CCRI/RCIT), 8 de junho de 2022
1. Após um curto, mas intenso período de discussão, a Tendência Socialista (TS) - uma organização socialista revolucionária na Rússia - e a Corrente Comunista Revolucionária Internacional (CCRI/RCIT) decidiram estabelecer relações fraternais.
2. Estamos fazendo essa relação com base no acordo sobre a questão-chave da atual situação mundial: a Guerra da Ucrânia e a crescente rivalidade entre as Grandes Potências imperialistas. Apresentamos nossos acordos de longo alcance em uma declaração conjunta publicada recentemente ("Defender o povo ucraniano contra a invasão de Putin! Abaixo o Imperialismo Russo e da OTAN! ", veja os links abaixo). Além disso, ambas as organizações elaboraram suas opiniões internacionalistas e anti-imperialistas sobre a Guerra da Ucrânia em vários documentos públicos (veja os links abaixo).
3. Estamos estabelecendo relações fraternas também porque reconhecemos a urgência de que organizações verdadeiramente revolucionárias unam forças em uma situação mundial tão turbulenta, caracterizada por guerras, desenvolvimentos revolucionários e contra-revolucionários. Em tal situação, os socialistas revolucionários têm uma enorme responsabilidade não apenas por causa de tarefas tão grandes da luta de classes, mas também por causa da dramática crise da liderança da classe trabalhadora.
4. De fato, a atual Guerra da Ucrânia e a crescente rivalidade entre as Grandes Potências imperialistas demonstraram mais uma vez o fracasso de grandes setores da esquerda reformista, estalinista, populista e "trotskista" em atuarverdadeiramente como vanguarda política e ideológica da classe trabalhadora. Importantes partidos estalinistas (por exemplo, KPRF, KRPR, OKP na Rússia), assim como partidos bolivarianos na América Latina, estão a defender uma posição social-imperialista pró-russa não disfarçada. Outros estalinistas (por exemplo, a KKE grega e partidos afiliados a ela), reformistas populistas (por exemplo, a "Internacional Progressista" de Bernie Sanders, Yanis Varoufakis e o ex-presidente Lula), bem como alguns "trotskistas" (como o Cliffitista SWP/IST, Alan Woods da TMI, Peter Taaffe's da CWI, ISA, PTS/FT, PO/CRCI, etc.) defendem formalmente uma posição "neutra" - denunciando tanto a invasão de Putin quanto a resistência da defesa de guerra ucraniana. Com efeito, como disse certa vez Trotsky, em uma guerra entre um país imperialista e um país semicolonial, uma posição "neutra" equivale a apoiar o imperialismo”. Também nos opomos fortemente àqueles setores oportunistas (por exemplo, setores do ex-Stalinista "Partido da Esquerda Européia", o Mandelista "Quarta Internacional" e o RSD na Rússia, etc.) que combinam sua defesa do povo ucraniano com um apoio sem princípios às sanções imperialistas das potências ocidentais contra a Rússia.
5. De fato, os estreitos laços entre TS a CCRI é, entre outros fatores, resultado da luta dos camaradas russos contra a posição reacionária de abstenção do SWP britânico na Guerra da Ucrânia. Os camaradas da TS foram filiados ao SWP/IST por cerca de um ano até recentemente. Entretanto, eles se opuseram à posição "neutra" do SWP desde o início e, após não terem conseguido obter uma audiência com a liderança do SWP, eles decidiram se separar desta organização no início de junho.
6. Estabelecemos relações fraternas a fim de iniciar um processo de discussão e colaboração sistemático e próximo. Tal fórum deve nos permitir esclarecer as diferentes avaliações e posições existentes, assim como ganhar experiência e confiança na colaboração prática conjunta. Através de tal processo esperamos ser capazes de estabelecer a base para a fusão de nossas forças no próximo período.
Tendência Socialista (Rússia); http://socialisttendency.com
Corrente Comunista Revolucionária Internacional (Argentina, México, Brasil, Coréia do Sul, Paquistão, Cachemira,
Sri Lanka, Iêmen, Israel / Palestina ocupada, Rússia, Nigéria, Quênia,
Grã-Bretanha, Alemanha e Áustria); www.thecommunists.net
Declaração conjunta de TS e CCRI/RCIT: Defender o povo ucraniano contra a invasão de Putin! Abaixo o Imperialismo Russo e da OTAN!
https://www.thecommunists.net/rcit/joint-statement-with-ct-russia-on-ukraine-war-4-6-2022/ e
Para outros documentos da CT veja: https://telegra.ph/Obrashchenie-k-internacionalu-06-03 e https://telegra.ph/Otkrytoe-pismo-RCIT-i-vsem-revolyucionnym-socialistam-05-24-4
Para uma compilação dos documentos da RCIT, veja:
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