quarta-feira, 30 de janeiro de 2019
Em defesa da Venezuela: Maifestação em São Paulo contra o golpe econtra os provocadores fascistas
Relato (com fotos) da Corrente Comunista Revolucionária-CCR (seção brasileira da CCRI), 29 de janeiro de 2019, https://www.thecommunists.net
Ativistas da Corrente Comunista Revolucionária participaram de uma manifestação antifascista e antiimperialista em frente à embaixada venezuelana em São Paulo.
Essa manifestação foi dirigida contra a atual tentativa de golpe na Venezuela, bem como contra a ameaça de forças fascistas de fazer uma manifestação em frente à embaixada na mesma hora e local.
Essa manifestação da esquerda foi organizada principalmente pelo Partido da Causa Operária- PCO).
* Venezuela: contra o golpe e contra a agressão dos EUA e da UE!
* Não às sanções imperialistas contra a Venezuela!
* Nenhum apoio político político o governo bonapartista de Maduro! Não apoio ao imperialismo russo e chinês!
* Pelas mobilizações populares e independentes dos trabalhadores!
* Pela criação dos conselhos populares e milícias dostrabalhadores ! Por um governo popular e dos trabalhadores!
Nós recomendamos ao leitores para a Declaração da Corrente Comunista Revolucionária Internacional ():
Todo o apoio ao povo venezuelano contra o imperialismo e as forças direitistas!
Por um governo independente e popular dos trabalhadores!
https://www.thecommunists.net/worldwide/latin-america/support-to-venezuelan-people-against-imperialism-and-right-wing-forces/
https://www.thecommunists.net/home/español/todo-el-apoyo-al-pueblo-venezolano-contra-el-imperialismo/https://www.thecommunists.net/home/español/todo-el-apoyo-al-pueblo-venezolano-contra-el-imperialismo
https://www.thecommunists.net/home/português/todo-o-apoio-ao-povo-venezuelano-contra-o-imperialismo/
https://www.thecommunists.net/home/français/tout-le-soutien-au-peuple-venezuélien-contre-l-imperialisme-et-les-forces-de-droite/
terça-feira, 29 de janeiro de 2019
BRASIL: O PRIMEIRO EXILADO POLÍTICO
Declaração da Corrente Comunista Revolucionária-CCR, 29 de janeiro de 2019,
Jean Wyllys é professor, jornalista e político brasileiro. Ele foi notável como sendo o segundo membro abertamente gay do Brasil no parlamento brasileiro. Por seu trabalho, The Guardian comparou Wyllis ao político norte-americano pró-LGBT Harvey Milk. Wyllys foi reeleito para um terceiro mandato como vice na eleição de 2018. No entanto, em 24 de janeiro de 2019, poucos dias antes da posse do 56º Congresso, Wyllys divulgou uma nota do exterior afirmando que ele não assumirá seu cargo como deputado federal em fevereiro e que ele também não retornará ao Brasil devido a alegadas ameaças de morte.
A decisão de Wyllys de deixar o Brasil já existia há algum tempo. Mas o que tornou a decisão inevitável foi a denúncia de que o filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro, Flavio Bolsonaro, tinha como assessores no seu gabinete como deputado estadual a mãe e a esposa do ex-policial Adriano da Nóbrega sob investigação por comandar grupos milicianos no estado do Rio de Janeiro. Nóbrega foi expulso da polícia e agora é um fugitivo. Nobrega também é suspeito de ser o autor do assassinato de Marielle Franco. Em resumo, há fortes evidências de que Bolsonaro e seus filhos vêm ganhando eleições nos últimos 30 anos com o apoio dessas milícias. As mesmas milícias acusadas do assassinato de Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes em março de 2018.
As milícias policiais brasileiras, no Rio de Janeiro e em outras cidades brasileiras, são grupos paramilitares clandestinos formados por atuais e ex-policiais que realizam atividades de vigilância e de crime organizado. Em algumas favelas do Rio, as milícias apoiadas pela polícia expulsaram os narcotraficantes, apenas para montar suas próprias proteções, extorquindo os moradores e taxando os serviços básicos. Essas milícias têm suas raízes nos esquadrões da morte da ditadura militar brasileira. Por causa de seus laços estreitos com a força policial, as milícias também desfrutam do apoio de certos políticos dos partidos de direita.
As conexões da família de Bolsonaro com essas milícias, elas não são novidades. Em dezembro de 2008, Bolsonaro elogiou as ações das milícias no Rio. Ele criticou a investigação da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, que verificou as atividades dos grupos paramilitares. A comissão pediu a denúncia de policiais, bombeiros e políticos que governavam favelas. A investigação mostrou que eles estavam lucrando com a cobrança de taxas, a oferta de serviços clandestinos e a venda de apoio político.
Foi nesse contexto tenebroso que Jean Wyllys percebeu que não havia mais condições de permanecer no Brasil. Abaixo publicamos parte de seu depoimento que explica sua decisão.
“No ano passado, as coisas pioraram. O assassinato da minha companheira e amiga pessoal Marielle Franco, conselheira do nosso partido no Rio de Janeiro, teve um impacto profundo em todos nós. Entendemos que não era brincadeira, que as ameaças eram sérias, que não podemos subestimar. Sentimos a dor profunda da perda de uma pessoa que amamos e que fazia parte de nossas vidas.
Assistimos ao espetáculo sujo das fake news, a mesma que me calunia, difama o nome de Marielle, acusando-a de ter relações com o narcotráfico. Vimos um candidato do partido de Bolsonaro (PSL) sendo saudado por uma multidão em uma manifestação fascista quando ele orgulhosamente exibiu uma placa rasgada com o nome de Marielle. Vimos este candidato ser o deputado estadual mais votado e o homem que o acompanhou nesta celebração macabra foi eleito governador (Wilson Witzel).
As ameaças aumentaram novamente, chegando até a minha família. Eu comecei a ter que sair em um carro blindado, com segurança armada. Eu vivi por meses como se estivesse em uma prisão particular sem cometer nenhum crime. Eu não podia ir a lugar nenhum sem os seguranças, nem mesmo fazer compras na mercearia ou visitar um amigo. Não saí do Brasil porque queria, fui obrigado.
Todos os meus movimentos eram restritos, limitados, guardados. Cheguei a viver pela metade, tornei-me escravo dos padrões de segurança necessários para proteger minha vida, enquanto aumentavam as ameaças e a difamação. Nos últimos dias, soubemos pela imprensa que o filho do presidente empregou em seu escritório a esposa e mãe do criminoso fugitivo que, segundo a polícia, é suspeito de liderar o grupo de assassinos que matou Marielle. Não posso ter certeza neste contexto, nem posso garantir a segurança das pessoas que trabalharam todos esses anos comigo, a quem agradeço imensamente por tudo.
Não saí do Brasil porque queria, fui obrigado. O país mergulhou em um pesadelo fascista pelo qual nossa permanência no país coloca nossas vidas em risco. Eu não quero ser um mártir. Eu não quero ser assassinado como Marielle.
O ex-presidente uruguaio, Pepe Mujica, quando soube da situação, me disse: "Rapaz, cuide-se! Mártires não são heróis". Eu não quero ser um mártir. Eu não quero ser assassinado como Marielle. Eu escolho ficar vivo, também para continuar lutando. Desistir do mandato e do país foi uma decisão difícil, dolorosa e triste. Eu desisti para proteger minha vida e recuperar minha liberdade para ir e vir, minha humanidade. Espero que essa decisão que tive que fazer abra os olhos de muitas pessoas, que o mundo veja a tragédia que está acontecendo no Brasil, um país que já estava feliz, esperançoso e orgulhoso de si mesmo, e hoje está submerso no ódio, mentiras e fascismo.
Não vou desistir de lutar, mesmo que seja de algum outro lugar, sem cargo oficial, de outras formas. Estou muito grato pela solidariedade recebida e espero que possamos recuperar e recuperar o nosso país deste estado de barbárie.
Não vou desistir de lutar, mesmo que seja de algum outro lugar, sem cargo oficial, de outras formas. Estou muito grato pela solidariedade recebida e espero que possamos nos recuperar e recuperar nosso país deste estado de barbárie. ”
Jean Wyllys
domingo, 27 de janeiro de 2019
Todo o apoio ao povo venezuelano contra o imperialismo e as forças direitistas! Por um governo independente e popular e dos trabalhadores!
Declaração da Corrente Comunista Revolucionária Internacional (CCRI), 26 de janeiro de 2019, www.thecommunists.net
English Version: https://www.thecommunists.net/worldwide/latin-america/support-to-venezuelan-people-against-imperialism-and-right-wing-forces/
versión en español: https://www.thecommunists.net/home/espa%C3%B1ol/todo-el-apoyo-al-pueblo-venezolano-contra-el-imperialismo/
French version: https://www.thecommunists.net/home/fran%C3%A7ais/tout-le-soutien-au-peuple-venezu%C3%A9lien-contre-l-imperialisme-et-les-forces-de-droite/
English Version: https://www.thecommunists.net/worldwide/latin-america/support-to-venezuelan-people-against-imperialism-and-right-wing-forces/
versión en español: https://www.thecommunists.net/home/espa%C3%B1ol/todo-el-apoyo-al-pueblo-venezolano-contra-el-imperialismo/
French version: https://www.thecommunists.net/home/fran%C3%A7ais/tout-le-soutien-au-peuple-venezu%C3%A9lien-contre-l-imperialisme-et-les-forces-de-droite/
Em 10 de janeiro deste ano, Nicolás Maduro iniciou seu segundo mandato como presidente da Venezuela. Os EUA, juntamente com a “Organização dos Estados Americanos” (OEA) e o chamado “Grupo de Lima”, decidiram (com exceção do México) não “reconhecer a legitimidade” do segundo mandato de Maduro. Eles exigem novas eleições e também reconhecem o atual presidente da Assembléia Nacional da Venezuela, Juan Gerardo Guaidó, como "presidente temporário".
Essa dualidade de poderes tem o potencial de abrir caminho para uma guerra civil e, conseqüentemente, uma intervenção militar do imperialismo norte-americano e respectivamente, seus aliados regionais sob o comando da OEA. A história testemunha as atrocidades do imperialismo norte-americano quando pratica, juntamente com seus fantoches aliados, intervenções militares "em nome da paz" ou "restabelecimento da democracia". O atual bater tambores da administração Trump tem o apoio dos governos do Brasil e da Colômbia e outros governos de direita na América Latina. O recém-eleito presidente do Brasil, o ultra-reacionário Jair Bolsonaro, é um aliado incondicional do governo Trump e a participação das tropas brasileiras neste provável conflito é uma possibilidade realista.
É evidente que o imperialismo americano e europeu não está de todo interessado em estabelecer o que eles chamam de democracia em qualquer país latino-americano; nem a China e a Rússia. O que está em jogo é o interesse na grande riqueza das vastas reservas de petróleo e gás natural da Venezuela, que representam 80% das exportações do país. Além disso, os EUA e a China - as duas Grandes Potências imperialistas mais fortes - estão se disputando pela hegemonia política e econômica tanto na América Latina como também globalmente.
No início de dezembro, o presidente Nicolás Maduro, percebendo o perigo iminente de uma intervenção militar estrangeira, encontrou-se com o presidente russo, Vladimir Putin. A imprensa internacional informou que essa reunião não estava anteriormente na agenda desses dois países. Nesta reunião estratégica, Putin condenou "qualquer tentativa de mudar a situação na Venezuela pela força" e expressou apoio ao seu homólogo venezuelano. Além de concordar com novos acordos econômicos, Putin enviou dois bombardeiros estratégicos russos de longo alcance para um aeroporto venezuelano. Eles são bombardeiros supersônicos Tupolev Tu-160, capazes de transportar mísseis nucleares de curto alcance. Os bombardeiros foram acompanhados por uma aeronave de transporte AN-124 e um jato de passageiros Il-62, 100 pilotos e outros oficiais russos.
Isso demonstra que a América Latina está se tornando cada vez mais uma arena de jogos da rivalidade entre as Grandes Potências imperialistas - as tradicionais (como os EUA e a União Europeia-UE), assim como as novas (China e Rússia).
A Corrente Comunista Revolucionária Internacional (CCRI) considera o regime de Maduro como um governo burguês, populista de esquerda que é um aliado próximo do imperialismo chinês. Atende aos interesses da burguesia "bolivariana", isto é, da burocracia capitalista de Estado e dos setores capitalistas (a chamada "Boliburguesia"). Ao contrário de sua autoproclamação como seno o “socialismo do século XXI”, o regime de Chávez, na verdade, criou um forte setor capitalista de estado em torno da petrolífera estatal PDVSA. Isto fornece ao regime a base material tanto para apoiar intervenções capitalistas de estado na economia como para financiar certos programas de bem-estar social (as chamadas "Misiones").
Além disso, o governo do PSUV sempre fez pactos e concessões com o setor empresarial e é caracterizado pela corrupção que corrói o aparato burocrático do Estado e que resultou no enriquecimento dos altos funcionários públicos, líderes sindicais e altos comandantes militares. Além disso, o regime de Maduro implementa uma política de austeridade e repressão contra a classe trabalhadora e as massas populares (desvalorização, hiperinflação, cortes sociais, demissões em massa, etc.). Como resultado, grande parte da população sofre de uma situação crítica de escassez, desemprego e pobreza. Isso levou muitos a migrar ou tomar as ruas em busca de uma solução para sua situação desesperadora. Há também um número crescente de protestos contra as medidas de ajuste, greves defensivas e tentativas dos trabalhadores de se libertarem do corporativismo estatal.
Os privilégios, a corrupção e a repressão do regime bolivariano alienaram muitas pessoas e abriram as portas para as manipulações dos partidos de direita, ligados aos EUA e outros governos reacionários. Neste contexto, nós nos opomos fortemente e condenamos qualquer golpe e qualquer intervenção militar estrangeira, mas sem dar qualquer confiança política ou apoio ao regime de Maduro. No caso de uma intervenção militar estrangeira, a classe trabalhadora na América Latina e em todo o mundo deve se unir em defesa da Venezuela e pela derrota dos agressores imperialistas e seus aliados locais!
Ao mesmo tempo, os trabalhadores, camponeses, estudantes e massas populares devem exigir do governo de Maduro que não use o exército contra os protestos nas ruas. Em vez disso, os socialistas devem exigir o armamento geral do povo trabalhador para atacar a elite de direita que está conspirando para a intervenção militar estrangeira. A classe trabalhadora e as massas populares devem se mobilizar para a expropriação dessas elites e para a supressão de seus meios de comunicação de massa.
É urgente que a classe trabalhadora e as massas populares, mobilizando-se contra as provocações de direita e imperialistas, se preparem para uma solução independente da crise política na Venezuela. É importante convocar a convocação de assembleias locais e regionais para organizar a luta, para a construção de comitês de ação e milícias populares e trabalhadores em cada local de trabalho, bairro e escola contra o golpe. Além disso, é necessário unir todas essas organizações em um Congresso Nacional de delegados, onde os trabalhadores, camponeses e massas populares possam decidir sobre um programa independente para resolver a crise política.
A Corrente Comunista Revolucionária Internacional-CCRI defende uma estratégia revolucionária que aponte pela derrota do golpe e da intervenção imperialista e que, ao mesmo tempo, possa mobilizar para o cancelamento da dívida externa, para a realocação de recursos para a educação, saúde, emprego e segurança social, para um programa urgente para aumentar os salários indexados à inflação, para a independência política e a democracia dentro dos sindicatos, pela liberdade para todos os presos políticos da classe trabalhadora, etc.
A CCRI afirma que o regime burguês e populista de esquerda de Maduro deve ser substituído por um autêntico governo popular e operário. Tal governo pressionaria pela nacionalização dos principais setores da indústria, dos bancos, do comércio exterior e dos serviços, sob o controle dos trabalhadores e dos comitês populares. Expropriaria os monopólios nacionais e estrangeiros, eliminaria os privilégios e os negócios corruptos da burocracia e dos comandos militares e estabeleceria uma democracia proletária direta baseada em conselhos, comitês e assembléias da classe trabalhadora e massas populares, para dar os primeiros passos para avançar em direção a um regime socialista real.
Secretariado Internacional
A CCRI publicou uma série de livretos, declarações e artigos sobre a Venezuela que podem ser lidos na subseção sobre a América Latina neste site: https://www.thecommunists.net/worldwide/latin-america/. Nossas últimas declarações são:
Solidariedade com os imigrantes venezuelanos! 21 de agosto de 2018, https://www.thecommunists.net/home/portugu%C3%AAs/solidariedade-aos-imigrantes-venezuelanos/
¡UNIDOS CONTRA EL INTERVENCIONISMO IMPERIALISTA NA VENEZUELA! Defensor da Venezuela contra as políticas orçamentárias, econômicas e de intervenção militar do presidente da EEUU, Trump, 07.09.2017, https://www.thecommunists.net/home/espa%C3%B1ol/intervencionismo-imperialista-en-venezuela/ Venezuela: ¡Ni la Asamblea Constituyente antidemocrática de Maduro, ni el Parlamento reaccionario! Os trabalhadores e os setores de saúde venezuelanos com poder! Agosto de 2017, https://www.thecommunists.net/home/espa%C3%B1ol/asamblea-constituyente-antidemocratica-de-maduro/
TESIS SOBRE A SITUAÇÃO ACTUAL DE VENEZUELA. POR UNA ORGANIZACIÓN INDEPENDIENTE DE LOS TRABAJADORES Y POBRES QUE DERRIBEN UMA REACÇÃO PARA O MADURO !, 11 julio, 2017, https://www.thecommunists.net/home/espa%C3%B1ol/tesis-venezuela/
sábado, 19 de janeiro de 2019
Evo Morales Entrega de Bandeja a Cabeça de Batistti ao Governo da Itália
Declaração da Corrente Comunista Revolucionária-CCR, 19 de janeiro de 2019,
English version bellow
O Presidente da Bolívia Evo Morales entregou de bandeja a cabeça do ex-militante de esquerda Cesare Battisti ao governo ultra reacionário de Matteo Salvini da Itália. Battisti foi sumariamente extraditado pelo governo da Bolívia sem qualquer possibilidade de direito a defesa ou mesmo de expor seus motivos, seu pedido de asilo político foi ignorado completamente. Poucas horas após ter sido detido pela polícia boliviana, o ativista italiano foi colocado em um avião e enviado para cumprir a prisão perpétua. Sob todos os aspectos sua extradição foi um ato arbitrário do governo de Evo Morales.
Cesare Battisti é um italiano ex-membro do Proletários Armados pelo Comunismo, um grupo militante de extrema-esquerda durante o período conhecido como Anos de Chumbo do final dos anos 1960 até o fim da década de 1980 na Itália. Foi condenado à prisão perpétua. Para sair de sua terra natal, ele fugiu para a França e depois para o México antes de se estabelecer no Brasil em 2002. Com a vitória de do ultra-reacionário Jair Bolsonaro como presidente do Brasil a Suprema Corte revogou a decisão do governo Lula de conceder a Batistti o asilo político, e decretar a sua prisão imediata.
A facilidade e a rapidez da extradição decretada por Morales causa uma grande suspeita sobre os reais motivos do governo boliviano – um governo de esquerda – ter feito esse grande favor à extrema direita do seu próprio país, assim como à extrema direita brasileira e italiana. Tudo isso no mesmo momento em que a América Latina testemunha um crescimento de governos conservadores e neoliberais. A atitude de Morales ao entregar Batistti a seus algozes revela uma vergonhosa capitulação, sob a qual podem estar relacionados os acordos políticos e econômicos da Bolívia com os governos de direita da América Latina e com o imperialismo americano.
O que pode-se explicar também é Morales acredita que, fazendo essas concessões aos governos de direita da região, como por exemplo o vizinho Brasil de Bolsonaro, terá uma trégua ou será poupado de qualquer golpe de estado pelo imperialismo ou de seus fantoches locais.
A decisão de extraditar Battisti foi um forte golpe contra toda a esquerda da América Latina e contra os que lutam contra o imperialismo. A própria base social de Morales, a militância de seu partido (o MAS – Movimento ao Socialismo), e diversos setores da esquerda boliviana criticaram veementemente tal decisão abrindo uma crise dentro da esquerda daquele país.
Foi ao mesmo tempo uma traição de Morales aos movimentos sociais e um presente dado por seu governo a Bolsonaro e a toda a extrema-direita mundial. Essa decisão demonstra aos setores mais avançados do movimento operário e popular que esse tipo governo de esquerda nacionalista do tipo de Evo Morales não não quer e nem tem condições levar seriamente a um enfrentamento decidido contra os setores de direita e o imperialismo, devido a suas próprias limitações por buscar sempre a conciliação, ao invés de romper qualquer laço com a burguesia. Morales praticamente capitulou ao governo Bolsonaro e ao imperialismo americano e europeu.
A Corrente Comunista Revolucionária-CCR defende a unidade de ação com os Comitês contra o Golpe, pela Liberdade de Lula, e pelo retorno dos direitos democráticos, assim estar nas ruas junto com os movimentos sociais e as lutas dos movimentos de massa. Somos categóricos em reafirmar que única defesa que o povo brasileiro tem contra o regime militarizado ultra-reacionário que já está em vigor é nossa luta e organização independentes. O que é necessário é a formação imediata de uma ampla frente unida de todas as organizações de massas da classe trabalhadora e oprimida (CUT, PT, MST, MTST, etc.) para organizar uma resistência de massas contra o governo Bolsonaro e seus ataques reacionários. Tal resistência deve incluir manifestações de massa e greves. Em última análise, é urgente preparar uma greve geral política para derrubar Bolsonaro!
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Evo Morales Handed the Head of Cesari Batistti On the Plate to Matteo Salvini
Statement of the Corrente Comunista Revolucionária-CCR (Brazilian section of the RCIT), 19 January 2019, http://www.elmundosocialista.blogspot.com
Bolivian President Evo Morales handed over the head of former left-wing activist Cesare Battisti to the ultra-reactionary government of Matteo Salvini of Italy. Battisti was summarily extradited by the Bolivian government without any possibility of a right of defense or even to state his reasons. His request for political asylum was completely ignored. A few hours after being detained by the Bolivian police, the former Italian activist was put on a plane and sent to serve a life sentence. In all respects his extradition was an arbitrary act of the government of Evo Morales.
Cesare Battisti is an Italian former member of the Armed Proletarians for Communism, a militant far-left group active during the period from the late 1960s to the late 1980s in Italy. He was sentenced to life imprisonment. In order to escape prison, he fled to France and then to Mexico before settling in Brazil in 2002. After the victory of ultra-reactionary Jair Bolsonaro as president of Brazil, the Supreme Court revoked the decision of the Lula da Silva government to grant Batistti the political asylum, and ordered his immediate arrest.
The ease and rapidity of extradition raises a great deal of suspicion about the real motives of the Bolivian government – a supposed leftist government - to have done this great favor to the far-right of their own country, as well as to the extreme right of Brazil and Italy. All this takes place at a time when Latin America witnesses a growth of conservative and neoliberal governments. Morales's attitude in giving Batistti to his executioners reveals a shameful capitulation, under which the political and economic agreements of Bolivia with the right-wing governments of Latin America and with American imperialism may be related.
What can also be explained is that Morales believes that by making these concessions to the right-wing governments of the region, such as neighboring Brazil under Bolsonaro, he will have a truce or be spared by any coup d’état by imperialism or his local puppets.
The decision to extradite Battisti was a strong blow against the Latin American left and against those who fight against imperialism. Morales' own social base, his party's militancy (MAS) and several sectors of the Bolivian left, vehemently criticized such a decision by opening a crisis within the left of that country.
It was at the same time a betrayal of Morales to social movements and a gift given by his government to Bolsonaro and the entire extreme right of the world. This decision demonstrates to the more advanced sectors of the workers' and popular movements that this type of nationalist leftist government like of Evo Morales does not want and can not seriously lead to a serious confrontation against the sectors of the right and imperialism due to their own limitations for always seeking reconciliation, rather than breaking any ties with the bourgeoisie. Morales practically capitulated to the Bolsonaro government and to American and European imperialism.
The Corrente Comunista Revolucionária-CCR defends the unity of action with the committees against the coup d’état which took place in Brazil, for Lula's da Silva freedom, and for the return of democratic rights. In this spirit we will continue being on the streets along with the social movements and struggles of mass movements. We are categorical in reaffirming that the only defense that the Brazilian people have against the militarized ultra-reactionary regime is our independent struggle and organization. What is needed is the immediate formation of a broad united front of all mass organizations of the working and oppressed classes (CUT, PT, MST, MTST, etc.) to organize a mass resistance against the Bolsonaro government and its reactionary attacks. Such resistance must include mass demonstrations and strikes. Ultimately, it is urgent to prepare a general political strike to overthrow Bolsonaro!
English version bellow
O Presidente da Bolívia Evo Morales entregou de bandeja a cabeça do ex-militante de esquerda Cesare Battisti ao governo ultra reacionário de Matteo Salvini da Itália. Battisti foi sumariamente extraditado pelo governo da Bolívia sem qualquer possibilidade de direito a defesa ou mesmo de expor seus motivos, seu pedido de asilo político foi ignorado completamente. Poucas horas após ter sido detido pela polícia boliviana, o ativista italiano foi colocado em um avião e enviado para cumprir a prisão perpétua. Sob todos os aspectos sua extradição foi um ato arbitrário do governo de Evo Morales.
Cesare Battisti é um italiano ex-membro do Proletários Armados pelo Comunismo, um grupo militante de extrema-esquerda durante o período conhecido como Anos de Chumbo do final dos anos 1960 até o fim da década de 1980 na Itália. Foi condenado à prisão perpétua. Para sair de sua terra natal, ele fugiu para a França e depois para o México antes de se estabelecer no Brasil em 2002. Com a vitória de do ultra-reacionário Jair Bolsonaro como presidente do Brasil a Suprema Corte revogou a decisão do governo Lula de conceder a Batistti o asilo político, e decretar a sua prisão imediata.
A facilidade e a rapidez da extradição decretada por Morales causa uma grande suspeita sobre os reais motivos do governo boliviano – um governo de esquerda – ter feito esse grande favor à extrema direita do seu próprio país, assim como à extrema direita brasileira e italiana. Tudo isso no mesmo momento em que a América Latina testemunha um crescimento de governos conservadores e neoliberais. A atitude de Morales ao entregar Batistti a seus algozes revela uma vergonhosa capitulação, sob a qual podem estar relacionados os acordos políticos e econômicos da Bolívia com os governos de direita da América Latina e com o imperialismo americano.
O que pode-se explicar também é Morales acredita que, fazendo essas concessões aos governos de direita da região, como por exemplo o vizinho Brasil de Bolsonaro, terá uma trégua ou será poupado de qualquer golpe de estado pelo imperialismo ou de seus fantoches locais.
A decisão de extraditar Battisti foi um forte golpe contra toda a esquerda da América Latina e contra os que lutam contra o imperialismo. A própria base social de Morales, a militância de seu partido (o MAS – Movimento ao Socialismo), e diversos setores da esquerda boliviana criticaram veementemente tal decisão abrindo uma crise dentro da esquerda daquele país.
Foi ao mesmo tempo uma traição de Morales aos movimentos sociais e um presente dado por seu governo a Bolsonaro e a toda a extrema-direita mundial. Essa decisão demonstra aos setores mais avançados do movimento operário e popular que esse tipo governo de esquerda nacionalista do tipo de Evo Morales não não quer e nem tem condições levar seriamente a um enfrentamento decidido contra os setores de direita e o imperialismo, devido a suas próprias limitações por buscar sempre a conciliação, ao invés de romper qualquer laço com a burguesia. Morales praticamente capitulou ao governo Bolsonaro e ao imperialismo americano e europeu.
A Corrente Comunista Revolucionária-CCR defende a unidade de ação com os Comitês contra o Golpe, pela Liberdade de Lula, e pelo retorno dos direitos democráticos, assim estar nas ruas junto com os movimentos sociais e as lutas dos movimentos de massa. Somos categóricos em reafirmar que única defesa que o povo brasileiro tem contra o regime militarizado ultra-reacionário que já está em vigor é nossa luta e organização independentes. O que é necessário é a formação imediata de uma ampla frente unida de todas as organizações de massas da classe trabalhadora e oprimida (CUT, PT, MST, MTST, etc.) para organizar uma resistência de massas contra o governo Bolsonaro e seus ataques reacionários. Tal resistência deve incluir manifestações de massa e greves. Em última análise, é urgente preparar uma greve geral política para derrubar Bolsonaro!
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Evo Morales Handed the Head of Cesari Batistti On the Plate to Matteo Salvini
Statement of the Corrente Comunista Revolucionária-CCR (Brazilian section of the RCIT), 19 January 2019, http://www.elmundosocialista.blogspot.com
Bolivian President Evo Morales handed over the head of former left-wing activist Cesare Battisti to the ultra-reactionary government of Matteo Salvini of Italy. Battisti was summarily extradited by the Bolivian government without any possibility of a right of defense or even to state his reasons. His request for political asylum was completely ignored. A few hours after being detained by the Bolivian police, the former Italian activist was put on a plane and sent to serve a life sentence. In all respects his extradition was an arbitrary act of the government of Evo Morales.
Cesare Battisti is an Italian former member of the Armed Proletarians for Communism, a militant far-left group active during the period from the late 1960s to the late 1980s in Italy. He was sentenced to life imprisonment. In order to escape prison, he fled to France and then to Mexico before settling in Brazil in 2002. After the victory of ultra-reactionary Jair Bolsonaro as president of Brazil, the Supreme Court revoked the decision of the Lula da Silva government to grant Batistti the political asylum, and ordered his immediate arrest.
The ease and rapidity of extradition raises a great deal of suspicion about the real motives of the Bolivian government – a supposed leftist government - to have done this great favor to the far-right of their own country, as well as to the extreme right of Brazil and Italy. All this takes place at a time when Latin America witnesses a growth of conservative and neoliberal governments. Morales's attitude in giving Batistti to his executioners reveals a shameful capitulation, under which the political and economic agreements of Bolivia with the right-wing governments of Latin America and with American imperialism may be related.
What can also be explained is that Morales believes that by making these concessions to the right-wing governments of the region, such as neighboring Brazil under Bolsonaro, he will have a truce or be spared by any coup d’état by imperialism or his local puppets.
The decision to extradite Battisti was a strong blow against the Latin American left and against those who fight against imperialism. Morales' own social base, his party's militancy (MAS) and several sectors of the Bolivian left, vehemently criticized such a decision by opening a crisis within the left of that country.
It was at the same time a betrayal of Morales to social movements and a gift given by his government to Bolsonaro and the entire extreme right of the world. This decision demonstrates to the more advanced sectors of the workers' and popular movements that this type of nationalist leftist government like of Evo Morales does not want and can not seriously lead to a serious confrontation against the sectors of the right and imperialism due to their own limitations for always seeking reconciliation, rather than breaking any ties with the bourgeoisie. Morales practically capitulated to the Bolsonaro government and to American and European imperialism.
The Corrente Comunista Revolucionária-CCR defends the unity of action with the committees against the coup d’état which took place in Brazil, for Lula's da Silva freedom, and for the return of democratic rights. In this spirit we will continue being on the streets along with the social movements and struggles of mass movements. We are categorical in reaffirming that the only defense that the Brazilian people have against the militarized ultra-reactionary regime is our independent struggle and organization. What is needed is the immediate formation of a broad united front of all mass organizations of the working and oppressed classes (CUT, PT, MST, MTST, etc.) to organize a mass resistance against the Bolsonaro government and its reactionary attacks. Such resistance must include mass demonstrations and strikes. Ultimately, it is urgent to prepare a general political strike to overthrow Bolsonaro!
sexta-feira, 18 de janeiro de 2019
Carta Aberta: Grandes Tarefas Exigem Grandes Iniciativas!
Um Chamado a Todas as Organizações Revolucionárias e Ativistas para Cumprir a Nossa Responsabilidade neste Momento Histórico!
Carta Aberta do Secretariado Internacional da Corrente Comunista Revolucionária Internacional (CCRI), 7 de janeiro de 2019,https://www.thecommunists.net/ Camaradas, irmãos e irmãs!
Estamos vivendo tempos históricos. Todos os que estão com olhos abertos podem ver que a ordem mundial imperialista está em grave turbulência. Estamos indo em direção a uma política erupção do vulcânica.
Os mercados de ações estão em pânico, refletindo o medo dos capitalistas de outra iminente Grande Recessão, que será ainda pior desta vez do que em 2008/09.
As tensões entre as Grandes Potências imperialistas estão rapidamente se acelerando, como indicam a iminente Guerra Global Comercial, assim como as tensões no Mar da China Meridional, na fronteira russo-ucraniana, a nova disputa imperialista pela África, etc.
A decisão do presidente Trump de retirar um número substancial de tropas norte-americanas do Oriente Médio e sua admissão de que os EUA não podem continuar a ser “o policial do mundo” refletem o fim oficial da dominação absoluta da antiga superpotência.Somente um cego político consegue ignorar que o futuro será decisivamente moldado pela rivalidade entre as Grandes Potências imperialistas - os EUA, a China, a UE, a Rússia e o Japão.
Ao mesmo tempo, estamos no começo de uma nova onda global de lutas de libertação dos trabalhadores e oprimidos. O atual levante popular no Sudão, a contínua luta de libertação do heróico povo sírio contra a tirania de Assad, os protestos em massa na Tunísia,no Líbano, Jordânia e Irã, o firme povo palestino resistindo ao opressor sionista, o poderoso movimento “Coletes Amarelos” na França, que está inspirando movimentos semelhantes em todo o mundo (até em Taiwan!), os protestos dos cidadãos de baixa renda na Hungria, a insurreição popular na Nicarágua, ... todos esses são sinais poderosos de que estamos enfrentando uma enorme reviravolta na luta de classes internacional!
Camaradas, irmãos e irmãs! Ninguém deveria se surpreender com esses eventos. Essa é uma confirmação completa dos prognósticos que os marxistas desenvolveram repetidamente nos últimos anos. Temos apontado há vários anos que as leis do movimento dos antagonismos de classes no presente período histórico devem inevitavelmente resultar em tal desenvolvimento dessa reviravolta.
A Corrente Comunista Revolucionária Internacional (CCRI) afirma diretamente que todos e cada um de nós temos uma grande responsabilidade nesse período! Temos visto inúmeras heróicas lutas de massas nos últimos anos. Lembrem-se da Revolução Árabe desde 2011, que deu tantos mártires! Lembrem-se dos movimentos de massa na América Latina lutando pela justiça social! Lembrem-se dos mineiros sul-africanos lutando contra a super-exploração! Lembrem-se dos trabalhadores indianos e camponeses pobres que lançaram várias greves gerais com o maior número de participantes na história! E estes são apenas alguns exemplos!
Mas todas essas lutas impressionantes sofreram grandes reveses e terríveis derrotas! Por quê? Porque os trabalhadores e oprimidos não tiveram uma autêntica liderança revolucionária! Porque eles foram desorientados por várias forças burguesas, pequeno-burguesas, reformistas e centristas! Porque os trabalhadores e oprimidos são enganados por partidos que falam de “libertação” ou mesmo “socialismo”, mas que, em seus atos, estão traiçoeiramente servindo a uma ou outra Grande Potência imperialista ou que estão procurando um caminho rápido para entrar no poder do sistema capitalista!
Camaradas, irmãos e irmãs! Chegou a hora de tirar conclusões e agir! Grandes tarefas exigem grandes Iniciativas! Não esperem pelos outros, não esperem por “situações favoráveis” no futuro! Tudo isso não passa de uma versão pretensamente “socialista” de resignação ao seu destino. Tal superstição é indigna de autênticos revolucionários! Todos e cada um de nós estamod obrigado a exercer nossa responsabilidade agora!
É nossa responsabilidade libertar o trabalhador e oprimido de tais forças corruptas e falidas! É nossa responsabilidadefornecer às massas uma liderança que compreenda a dinâmica da situação mundial e possa tirar as consequentes conclusões disso! É nossa responsabilidade organizar os melhores e mais dedicados combatentes com base em um programa de luta e unir todos em uma organização internacional conjunta! É nossa responsabilidade construir um Partido Mundial Revolucionário que possa substituir os falidos stalinistas, os bolivarianos, os reformistas e os pseudo-trotskistas! Esta é a única maneira de ajudar a vanguarda dos trabalhadores e oprimida a encontrar o caminho correto da luta pela libertação!
Camaradas, irmãos e irmãs! Para cumprir as grandes tarefas que temos pela frente, precisamos superar a rotina, a centralidade nacionalista e a complacência! Nós devemos unir forças agora para avançar construindo um Partido Mundial Revolucionário com seções em cada país! Tal partido deve basear-se num programa de luta para o período vindouro, um programa que combina toda e qualquer luta com o objetivo estratégico - com vistas à revolução socialista mundial!
Nos últimos anos e meio, a CCRI intensificou seus esforços para expandir e aprofundar sua colaboração com outras forças revolucionárias. Hoje temos seções, ativistas e organizações fraternas em 18 países em todo o mundo. No ano passado, lançamos declarações conjuntas sobre eventos mundiais cruciais. (Vera por exemplos, declaraçao de primeiro de maio: https://www.thecommunists.net/home/portugu%C3%AAs/primeiro-de-maio-de-2018-declaracao/, o belicismo no Oriente Médio: https://www.thecommunists.net/worldwide/africa-and-middle-east/joint-statement-warmongering-in-the-middle-east/; Guerra Global de Comércio: Não à Xenofobia das Grandes Potências no Ocidente e no Oriente:https://www.thecommunists.net/home/portugu%C3%AAs/. Nossos camaradas estão espalhando as idéias do socialismo revolucionário e participando ativamente das lutas de classes (veja, por exemplo, vários relatórios sobre nossas atividades em uma subpágina especial do site da CCRI, https://www.thecommunists.net/rcit/activities-on-the-ground
Estamos conscientes de que estas são apenas conquistas modestas em comparação com as grandes tarefas futuras. Mas é um começo e nos ajuda a estar melhor preparados para a tumultuosa situação mundial que temos pela frente! É urgente que unamos forças - pela colaboração prática,pela discussão e esclarecimento de possíveis diferenças, etc. - a fim de avançarmos juntos e construirmos uma unidade revolucionária.
Camaradas, irmãos e irmãs! Não temos tempo a perder! Os próximos meses e anos inevitavelmente provocarão gigantescas batalhas e erupções do vulcão político! É urgente que revolucionários em todo o mundo alcancem um nível mais alto de unidade. Abaixo, nós reeditamos uma versão ligeiramente atualizada dos seis pontos do CCRI para uma plataforma de unidade revolucionária hoje, que publicamos em fevereiro de 2018. Esta é a nossa proposta para um programa conjunto de luta no período atual. No entanto, estamos abertos a discutir quaisquer alterações ou plataformas alternativas. Nós chamamos todas as organizações revolucionárias e ativistas de todo o mundo para entrar em contato conosco e elaborar em conjunto planos para uma colaboração internacional mais próxima! Se você tem propostas e sugestões para campanhas internacionais conjuntas em solidariedade com as lutas de libertação, será bem vindo o seu contato conosco! Por favor, informe-nos sobre as suas campanhas, as suas ideias e iniciativas para uma unidade revolucionária! Planejamos organizar uma conferência internacional do Skype para todos aqueles que concordarem com esse trabalho conjunto.
Camaradas, irmãos e irmãs! Grandes tarefas exigem grandes iniciativas! Vamos juntos enfrentar as grandes tarefas do ano de 2019! Vamos juntar forças para marchar em frente!
Unidade - Luta - Vitória!
* * * * *
Seis pontos para uma Plataforma de Unidade Revolucionária nos Dias de Hoje
Uma proposta da Corrente Comunista Revolucionária Internacional (CCRI)
Vivemos em um mundo de aceleradas contradições e viradas repentinas. À medida que o capitalismo está em decomposição, os ladrões capitalistas tentam aumentar suas riquezas atacando agressivamente a classe trabalhadora e os oprimidos, destruindo cada vez mais o meio ambiente e, ao mesmo tempo, agravando sua rivalidade uns contra os outros. A sobrevivência da humanidade está em perigo com a mudança climática descontrolada e a rivalidade acelerada entre as grandes potências que criam o perigo de uma III Guerra Mundial imperialista. É por isso que dizemos que a alternativa é "Socialismo ou Idade da Pedra!"
Essa situação dramática transforma a organizada luta pelo socialismo mais necessária do que nunca. Isso significa que a classe trabalhadora e os oprimidos têm que possuir um partido dedicado à luta internacional por um futuro socialista!
Na nossa opinião, é altamente urgente que os revolucionários de todo o mundo comecem imediatamente a colaborar para lançar as bases para uma unificação de princípios, de modo que levemos à frente o processo de criação de um novo Partido Mundial Revolucionário com forças mais fortes. O ponto de partida para a criação de tal partido deve ser um acordo sobre as questões mais importantes da luta de classes global. A Corrente Comunista Revolucionária Internacional (CCRI) considera as seguintes questões como pontos chaves programáticas na atual fase política:
1) Reconhecimento da Acelerada Rivalidade entre as Grandes Potências Imperialistas - EUA, UE, Japão, Rússia e China
Só é possível compreender a dinâmica do período atual da crise capitalista e tomar uma posição correta se reconhecermos o caráter imperialista não só dos EUA, da UE e do Japão, mas também das novas potências emergentes, a Rússia e a China. Só sobre tal base é possível chegar ao único programa correto e anti-imperialista sobre esta questão - o internacionalismo proletário e o derrotismo revolucionário, ou seja, a perspectiva de uma luta consistente da classe trabalhadora independente e contra todas as potências imperialistas. Isso significa que os revolucionários se recusam a prestar apoio a qualquer Grande Potência nos conflitos inter-imperialistas usando o slogan "O principal inimigo está em casa!"
Uma abordagem semelhante é necessária quando a Índia entra em conflito com a China imperialista, uma vez que a Índia - um poder regional não imperialista - atua sob tais circunstâncias como um fantoche do imperialismo norte-americano.
Aqueles que não reconhecem o caráter reacionário e imperialista dessas grandes potências inevitávelmente não conseguirão adotar uma linha antiimperialista, ou seja, marxista, consistente e acabarão conscientemente ou inconscientemente, apoiando um ou outro campo imperialista como um "mal menor ".
2) Luta Consistente contra o Imperialismo e pela Libertação dos Povos Oprimidos
Os revolucionários defendem a derrota dos estados imperialistas e seus fantoches em qualquer conflito contra forças que representam povos oprimidos e pela a vitória militar deste último, sem, ao mesmo tempo, dar qualquer apoiopolítico à liderança não-revolucionária dos oprimidos (por exemplo, islâmicos pequeno-burgueses, nacionalistas). Isso é verdade tanto em conflitos domésticos (por exemplo, contra uma nação oprimida como o povo checheno na Rússia ou o Turquestan Turkestanis / Uyghurs na China), assim como em guerras no exterior (por exemplo, Coréia do Norte, Afeganistão, Síria, Mali, Somália). Tal abordagem não só é válida nos países do hemisfério Sul, mas também nos casos de opressão nacional e discriminação dentro dos antigos estados imperialistas (por exemplo, negros e nativos americanos em luta nos EUA, pela independência Catalunha contra o imperialista estado espanhol).
Da mesma forma, os revolucionários têm que lutar por fronteiras abertas nos países imperialistas e pela plena igualdade para as minorias nacionais e para os imigrantes (por exemplo, direitos de cidadania, linguagem, salários iguais).
Além disso, os revolucionários devem se recusar a prestar apoio a um campo imperialista contra outro em qualquer conflito (por exemplo, Brexit vs. EU, Clinton vs. Trump).
Aqueles que falham em não apoiar as lutas populares contra a opressão, usando suas lideranças ruins como uma desculpa, abandonam a luta de classes como ocorrem concretamente hoje e, portanto, abandonam o campo da classe trabalhadora e dos oprimidos.
3) Continuação da Luta Revolucionária no Oriente Médio e Norte da África contra as Ditaduras Reacionárias, o Imperialismo e o Sionismo
As revoltas populares em massa na Palestina, Tunísia, Irã, Síria, Egito, Iémen, Sudão e outros países têm sido o mais importante e progressista desenvolvimento de luta de classes até agora desde o início do novo período histórico em 2008. Verdade, devido à falta de uma liderança revolucionária, as massas sofreram uma série de terríveis derrotas - como o golpe de Estado do general al-Sisi no Egito, em julho de 2013, ou a matança contínua do povo sírio nas mãos de Bashar Assad e seus patrocinadores estrangeiros. No entanto, o processo revolucionário continua. Isso se reflete na resistência popular em curso na Palestina, Síria, Iêmen, Egito, etc., além de se espalhar para novos países como Tunísia, Irã, Sudão e Marrocos. O movimento de massa palestino e internacional provocado pela decisão de Trump de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel abre um novo capítulo da luta revolucionária contra as Potências Imperialistas e contra o Estado do Apartheid sionista (Israel) e pela criação de um único estado palestino desde o rio até o mar (uma "Palestina Vermelha e Livre"). As revoltas populares espontâneas na Tunísia e no Irã contra o regime capitalista mostram que a onda revolucionária no Oriente Médio pode ser renovadas e se espalhar para países não-árabes. As autênticas forças revolucionárias devem dar apoio incondicional a essas lutas populares contra as ditaduras e as forças reacionárias, sem dar qualquer apoio político às suas lideranças não revolucionárias (por exemplo, islâmicos e nacionalistas pequenos e burgueses).
Aqueles "socialistas" que não conseguiram apoiar a Revolução Árabe desde 2011 ou aqueles que declararam a revolução como já terminada e derrotada, se mostram socialistas e democratas apenas em palavras, mas não em ações.
Os revolucionários se opõem a qualquer guerra reacionária entre os poderes regionais (por exemplo, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Irã, Egito, Sudão, Etiópia, etc.). Os revolucionários determinarão suas táticas revolucionárias em qualquer guerra, analisando o caráter concreto da guerra e seus antecedentes políticos, bem como o papel das potências imperialistas (em particular os EUA, Rússia e China) nessas guerras.
4) Luta Revolucionária Contra os Ataques Reacionários aos Direitos Democráticos
Os revolucionários só poderão servir os interesses da classe trabalhadora e dos oprimidos, se eles forem capazes de reconhecer o inimigo de classe e se mobilizar contra eles. Assim, eles devem lutar constantemente contra todas as ditaduras reacionárias e pseudodemocracias corruptas e autoritárias (por exemplo, Síria, Togo, Quênia, República Democrática do Congo, Zimbábue), contra todas as formas de opressão nacional e racial (por exemplo, povos indígenas na América Latina, Rohingya in Myanmar, escravos africanos na Líbia), contra todos os golpes de Estado (por exemplo, Egito 2013, Tailândia 2014, Brasil 2016) e contra todos os ataques autoritários (por exemplo, estado de emergência na França desde 2015).
Todos aqueles que não conseguem reconhecer e lutar contra esses ataques reacionários, mas pelo contrário os apoiam ou assumem uma posição neutra, são traidores da classe trabalhadora. Entre eles e nós existe uma linha de sangue!
5) Aplicação da Tática da frente Única em Todas as Lutas de Massa
Os revolucionários se opõem a todas as formas de sectarismo que rejeitam a participação nas lutas de massa sob o pretexto de que suas lideranças não são revolucionárias. Em vez disso, eles aplicam a tática da frente única nas lutas dos trabalhadores e camponeses liderados por forças reformistas ou populistas (por exemplo, sindicatos, organizações de massa dos camponeses e pobres urbanos, e também partidos políticos como PT, CUT, MST no Brasil; CGT, CTA, FIT na Argentina, islamitas no Egito, rebeldes na Síria, EFF na África do Sul (do inglês-Lutadores da Liberdade Econômica), SYRIZA na Grécia antes de 2015, PODEMOS, nacionalistas bascos e catalães no Estado espanhol). Essa orientação deve ser combinada com uma luta consistente contra todas as formas de frente popular e populismo pequeno-burguês, e pelo rompimento dos trabalhadores e camponeses dessas lideranças não-revolucionárias e pela formação de um independente e revolucionário partido dos trabalhadores.
Aqueles que não conseguem aplicar a tática da frente única em tais lutas de massa, tornam abstrata o apoio a essas lutas transformando-o em uma declaração sem qualquer significado concreto.
6) Começar a Construir um Partido Revolucionário Mundial Agora!
A luta por repelir a ofensiva reacionária da classe dominante e pela libertação da classe trabalhadora e dos oprimidos só poderá ter sucesso se for combinada com a luta pela revolução socialista. Isso significa nada menos que a tomada do poder pela classe trabalhadora e os oprimidos e a derrubada da classe capitalista e a expropriação dos meios de produção para que a estrada para o socialismo seja aberta. A história nos ensina que todas as lutas das massas para a libertação acabarão em fracasso se não forem lideradas por um partido revolucionário. Tal partido deve organizar os lutadores mais politizados e dedicados da classe trabalhadora e dos oprimidos, deve ser livre de qualquer degeneração burocrática; e deve existir como um partido internacional para evitar os perigos da centralização nacional.
Por isso, chamamos a todas as organizações e ativistas que honestamente se esforçam para a criação de um novo Partido Revolucionário Mundial para unir forças com base nesses pontos chaves programáticas. Concretamente, a CCRI propõe que os revolucionários constituam um Comitê de Contato Conjunto para preparar e organizar politicamente uma Conferência Internacional que discutirá etapas concretas para promover a formação de um Partido Revolucionário Mundial. A CCRI está comprometida com discussões sérias e com a colaboração mais próxima possível com todas as forças que compartilham tal perspectiva.
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A Corrente Comunista Revolucionária Internacional tem seções e ativistas na Nigéria, Zâmbia, Quênia, Paquistão, Sri Lanka, Iêmen, Israel / Palestina Ocupada, Brasil, México, Grã-Bretanha, Alemanha e Áustria. Além disso, a CCRI mantém relações fraternas com organizações no Quênia, Nigéria, República Democrática do Congo, Rússia e Turquia.
https://www.thecommunists.net/rcit/open-letter-great-tasks-demand-great-initiative/
https://www.thecommunists.net/home/espa%C3%B1ol/grandes-tareas-demandan-grandes-iniciativas/
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